RESUMEN
Este livro defende que, um dos mais complicados aspectos da sociedade contemporânea é, o advento da cotidianidade e nela o de uma vida cotidiana de desencontros entre o homem e sua obra. A duplicidade, a dissimulação, os ocultamentos, a difundida necessidade de teatralizar não só os grandes gestos dos momentos solenes da vida, mas também os gestos pequenos de todo dia, mergulham o homem moderno num reiterado desencontro com sua obra histórica, na angústia de uma História que já não parece fluir senão como farsa. Para o autor deste livro, é nos meandros do repetitivo, do ordinário e banal da vida social que podem ser encontrados os enigmas que pedem uma ação transformadora e libertadora e apontam as saídas possíveis do labirinto em que perde-se sempre de novo, todos os dias. São essas as dificuldades do pessimismo que o autor deste livro propõe à reflexão crítica.