RESUMEN
Este artigo discute os sentidos que leitores potenciais de jornais e revistas produzem para relações quantitativas apresentadas graficamente em textos da mídia impressa. Nosso foco é o processo de semiotização próprio à produção de sentidos em um contexto extra-escolar, que ilustramos através da análise de entrevistas com uma adolescente de 16 anos. A partir de uma leitura crítico-metodológica das proposições de L. Wittgenstein em Investigações Filosóficas, propomos a noção de trânsito lingüístico entre certa "gramática da escola" e os jogos de linguagem experienciados pelo sujeito no entendimento de gráficos, enquanto componente central do referido processo. O artigo visa contribuir para o debate acerca do uso que se faz de informações sobre quantidades na vida diária fora da escola, assim como para o desenvolvimento de uma perspectiva cognitiva acerca de questões relacionadas com a produção de sentidos.
This article discusses the meanings that potential readers of newspapers and magazines produce for quantitative relations presented as graphs in texts of the printed media. Our focus is the semiotic process proper to the production of meanings in an out-of-school context, which we illustrate through the analysis of interviews with a 16-year-old girl. Starting with a critical-methodological reading of Wittgenstein's Philosophical Investigations, we suggest the notion of the linguistic transit between a certain "school grammar" and the language games which are experienced by the subject in his or her understanding of graphs, as a central component of such a process. The article aims at contributing to the debate on the use of quantitative information in everyday life out-of-school, as well as for the development of a cognitive view on issues related to the production of meanings.