Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Añadir filtros








Intervalo de año
1.
Estud. av ; 23(67): 279-296, 2009.
Artículo en Portugués | LILACS, BVPS | ID: biblio-1546764

RESUMEN

Neste artigo, procuro analisar a retórica de Casa grande & senzala fora da moldura dualista na qual a obra costuma ser avaliada. Para isso, demonstro como partes da obra, díspares nos seus princípios constitutivos (por exemplo, trechos memorialistas, análises antropológicas), articulam-se para propor ao leitor de então um pacto da memória, no qual eram relembradas liricamente as experiências do Brasil rural, ao mesmo tempo que eram refutadas por meio de retórica científica os estereótipos racistas produzidos pelo mesmo Brasil rural. De um lado, procura-se aproveitar essa dimensão afetiva da vida privada, enquanto, de outro, descartam-se os preconceitos produzidos por aquele mesmo mundo. Há um decantamento da memória, uma dialética sutil entre lembrança e esquecimento. A análise, portanto, indica que a memória em Casa grande & senzala vai muito além da mera dicção nostálgica, à qual a obra está associada. Finalmente, argumento que a importância de se discutir tal pacto de memória é dupla: pois, ao mesmo tempo que auxilia a compreensão dos elementos formadores do discurso da democracia racial, ajuda a desconstruí-lo e ressignificá-lo.


In this article, I analyze the rhetoric deployed in Casa grande & senzala, without resorting to the dualistic framework in which the work has been studied. I will demonstrate how parts of this essay, very different in their constitutive principles (e.g., nostalgic excerpts, anthropological analysis), are articulated in order to propose a memory pact with the reader. In this pact, the experiences of rural Brazil are remembered lyrically, whereas rural Brazilian racial stereotypes are refuted scientifically. On the one hand, there is an attempt to rescue the affective dimension of patriarchal private life, while on the other hand, the book tries to discard many racial prejudices produced by that same world. Freyre's work sets forth a memory decantation, a subtle dialectics between remembering and forgetting. My argument thereby suggests that memory in Casa-Grande & Senzala must be taken into account as something much more complex than mere nostalgic lamentation. I finally argue that the importance of understanding of this memory pact is twofold: it helps both to identify the constitutive features of racial democracy discourse and to deconstruct that same discourse.


Asunto(s)
Memoria , Relaciones Raciales , Brasil
SELECCIÓN DE REFERENCIAS
DETALLE DE LA BÚSQUEDA