RESUMEN
O conhecimento a respeito das características e do comportamento da doença de Hodgkin, no Brasil, näo está completamente estabelecido e há poucos estudos descritos na literatura internacional sobre a nossa realidade. O autor estudou 134 casos da doença de Hodgkin acima de 15 anos de idade, retrospectiva e exploratoriamente, envolvendo 76 do sexo masculino e 58 do feminino, de 1985 a 1994, atendidos em um único hospital universitário de referência, para uma regiäo de 6 milhöes de habitantes. Foram estudados os dados clínicos, laboratoriais, radiológicos, tomográficos, ultra-sonográficos, histopatológicos e evolutivos em todos os pacientes, ao diagnóstico e após o tratamento protocolar da istituiçäo. A doença de Hodgkin apresentou predomínio no sexo masculino (R=1,31); pico de incidência entre 21 e 30 anos; 2/3 dos casos abaixo dos 40 anos; e curva decrescente de incidência após os 30 anos. O tipo histológico mais freqüente foi a esclerose nodular (50,4 por cento), seguido pelos de celularidade mistra (34,6 por cento), depleçäo linfocitária (9 por cento) e predominância linfocitária (5,2 por cento). O tipo esclerose nodular-I prevaleceu sobre o tipo esclerose nodular-II (30,8 por cento e 19,6 por cento respectivamente). O tipo esclerose nodular foi singnificativamente mais freqüente nas mulheres e o tipo celularidade mista, nos homens...