Determinantes de risco para doenças cardiovasculares em escolares / Determinants of risk of cardiovascular diseases in schoolchildren

OBJETIVO: Conhecer a ocorrência e associação de hipertensão arterial com algumas variáveis relacionadas ao estilo de vida. MÉTODOS: Estudo transversal, base populacional, amostra aleatória em indivíduos (7 a 14 anos) de escolas (rede pública e particular). Investigados o estado nutricional, pressão arterial e hábitos de vida (tabaco, álcool, atividade física e hábito alimentar). RESULTADOS: Dos 3.169 escolares avaliados, destacaram-se 5,0 por cento de hipertensão arterial e 6,2 por cento de pressão normal-alta. A categorização por sexo mostra 6,4 por cento meninos e 6,0 por cento meninas com pressão normal-alta e 4,3 por cento meninos e 5,7 por cento meninas com hipertensão arterial. O índice de massa corporal (IMC) identificou 16,0 por cento com excesso de peso, dos quais 4,9 por cento já obesos. Houve associação significante (p = 0,01) entre hipertensão arterial e excesso de peso. Dentre os investigados, 11,6 por cento não faziam aulas de educação física e 37,8 por cento eram sedentários no lazer. O tabagismo foi informado por vinte 0,6 por cento escolares, e a experimentação de bebida alcoólica por 32,7 por cento. Nenhuma dessas variáveis apresentou significância estatística em relação aos valores pressóricos e estado nutricional. CONCLUSÃO: Diante do encontro de escolares com valores médios de pressão arterial e IMC com freqüência acima da esperada, associado a hábitos de vida que tendem a favorecer o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, sugere-se a proposição de medidas de intervenção cujo foco seja o escolar, como elemento capaz de disseminar as informações no núcleo familiar. Essa possibilidade nos mobiliza para uma proposta de atuação nas escolas como parceiras na promoção da saúde.

Hipertenso diabético: diretrizes de atuações e suas dificuldades / Hypertensive diabetic patients: guidelines for conduct and their difficulties

OBJECTIVE: To assess the effect of blood pressure (BP) control and other cardiovascular risk factors in patients with diabetes mellitus in a referral service for the treatment of hypertension. METHODS: A retrospective study where diabetic patients (at least 2 fasting glucose levels above 126 mg/dL, use of hypoglycemic agents or insulin, or both of these) were included. They were evaluated at the first appointment (M1) and at the last appointment (M2), regarding blood pressure, body mass index (BMI), use of hypertensive drugs, glycemia, total cholesterol (TC), creatinine, and potassium. RESULTS: Of 1,032 patients studied, 146 patients with a mean age of 61.6 years had diabetes, and 27 were men (18.5 percent). Mean follow-up was 5.5 years. BP values were 161.6 x 99.9 mmHg in M1 and 146.3 x 89.5 mmHg in M2. In M1, 10.4 percent of the patients did not use medications, 50.6 percent used just 1 drug, 30.8 percent used 2 drugs, and 8.2 percent used 3 or more drugs. In M2, these values were 10.9 percent, 39 percent, 39.7 percent, and 10.4 percent, respectively. Diuretics were the most commonly used medication, whereas angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACE inhibitors) were those drugs which presented greater increase when comparing M1 to M2 (24.6 percent and 41.7 percent, respectively). Only 17,1 percent reached the recommended goal (BP<130x85 mmhg). The other cardiovascular risk factors did not change significantly. CONCLUSION: Our data reinforce the necessity of a more aggressive approach in the treatment of these patients, despite the social and economic difficulties in adhering to treatment