RESUMEN
O processo de parto é um evento fisiológico fundamental na vida reprodutiva das mulheres. No entanto, o parto cirúrgico tem se tornado cada vez mais comum, tanto no Brasil como em outros países, resultando em preocupações com a medicalização excessiva do parto. O estudo visa fornecer informações abrangentes sobre o tema, considerando diferentes regiões geográficas do Brasil. Trata-se de estudo é ecológico e retrospectivo, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados dados de 2011 a 2021, com ênfase nas taxas de parto vaginal e cesariano, fatores sociodemográficos e obstétricos. Durante o período analisado, foram registrados 31.702.562 nascimentos no Brasil. Dos registros válidos, 43,9% foram partos vaginais e 56,1% foram cesarianos. Houve um aumento geral nas taxas de cesariana em todas as regiões brasileiras. A região Norte teve o maior percentual de partos vaginais (53,5%) e o menor de cesarianas (46,5%), enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de cesárea. O estudo revela um aumento nas taxas de cesariana ao longo da última década no Brasil, com diferenças regionais significativas. A prevalência de cesarianas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste levanta preocupações sobre a medicalização do parto. Essas informações podem subsidiar ações de melhoria da qualidade da assistência ao parto e nascimento, com o objetivo de reduzir intervenções desnecessárias e promover melhores desfechos materno-fetais.
The childbirth process is a fundamental physiological event in the reproductive life of women. However, surgical delivery has become increasingly common, both in Brazil and in other countries, resulting in concerns about the excessive medicalization of childbirth. The study aims to provide comprehensive information on the subject, considering different geographic regions of Brazil. This is an ecological and retrospective study, using data from the Information System on Live Births (SINASC) available at the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS). Data from 2011 to 2021 were analyzed, with emphasis on vaginal and cesarean delivery rates, sociodemographic and obstetric factors. During the analyzed period, 31,702,562 births were registered in Brazil. Of the valid records, 43.9% were vaginal deliveries and 56.1% were cesarean sections. There was a general increase in cesarean section rates in all Brazilian regions. The North region had the highest percentage of vaginal deliveries (53.5%) and the lowest of cesarean sections (46.5%), while the South, Southeast and Midwest regions had the highest cesarean rates. The study reveals an increase in cesarean rates over the last decade in Brazil, with significant regional differences. The prevalence of cesarean sections in the South, Southeast and Midwest regions raises concerns about the medicalization of childbirth. This information can support actions to improve the quality of delivery and birth care, with the aim of reducing unnecessary interventions and promoting better maternal-fetal outcomes.
El proceso del parto es un evento fisiológico fundamental en la vida reproductiva de la mujer. Sin embargo, el parto quirúrgico se ha vuelto cada vez más común, tanto en Brasil como en otros países, lo que genera preocupaciones sobre la excesiva medicalización del parto. El estudio tiene como objetivo proporcionar información completa sobre el tema, considerando diferentes regiones geográficas de Brasil. Se trata de un estudio ecológico y retrospectivo, utilizando datos del Sistema de Información de Nacidos Vivos (SINASC) disponible en el Departamento de Informática del Sistema Único de Salud (DATASUS). Se analizaron datos de 2011 a 2021, con énfasis en las tasas de parto vaginal y por cesárea, factores sociodemográficos y obstétricos. Durante el período analizado, se registraron 31.702.562 nacimientos en Brasil. De los registros válidos, 43,9% fueron partos vaginales y 56,1% cesáreas. Hubo un aumento general en las tasas de cesáreas en todas las regiones brasileñas. La región Norte tuvo el porcentaje más alto de partos vaginales (53,5%) y el más bajo de cesáreas (46,5%), mientras que las regiones Sur, Sudeste y Centro-Oeste presentaron las tasas más altas de cesáreas. El estudio revela un aumento en las tasas de cesáreas durante la última década en Brasil, con diferencias regionales significativas. La prevalencia de cesáreas en las regiones Sur, Sudeste y Centro-Oeste plantea preocupaciones sobre la medicalización del parto. Esta información puede apoyar acciones para mejorar la calidad de la atención del parto y nacimiento, con el objetivo de reducir las intervenciones innecesarias y promover mejores resultados materno-fetales.