RESUMEN
ABSTRACT Objective: The benefit of atropine in pediatric tracheal intubation is not well established. The objective of this study was to evaluate the effect of atropine on the incidence of hypoxemia and bradycardia during tracheal intubations in the pediatric emergency department. Methods: This is a single-center observational study in a tertiary pediatric emergency department. Data were collected on all tracheal intubations in patients from 31 days to incomplete 20 years old, performed between January 2016 and September 2020. Procedures were divided into two groups according to the use or not of atropine as a premedication during intubation. Records with missing data, patients with cardiorespiratory arrest, cyanotic congenital heart diseases, and those with chronic lung diseases with baseline hypoxemia were excluded. The primary outcome was hypoxemia (peripheral oxygen saturation ≤88%), while the secondary outcomes were bradycardia (decrease in heart rate >20% between the maximum and minimum values) and critical bradycardia (heart rate <60 bpm) during intubation procedure. Results: A total of 151 tracheal intubations were identified during the study period, of which 126 were eligible. Of those, 77% had complex, chronic underlying diseases. Atropine was administered to 43 (34.1%) patients and was associated with greater odds of hypoxemia in univariable analysis (OR: 2.62; 95%CI 1.15-6.16; p=0.027) but not in multivariable analysis (OR: 2.07; 95%CI 0.42-10.32; p=0.37). Critical bradycardia occurred in only three patients, being two in the atropine group (p=0.26). Bradycardia was analyzed in only 42 procedures. Atropine use was associated with higher odds of bradycardia in multivariable analysis (OR: 11.00; 95%CI 1.3-92.8; p=0.028). Conclusions: Atropine as a premedication in tracheal intubation did not prevent the occurrence of hypoxemia or bradycardia during intubation procedures in pediatric emergency.
RESUMO Objetivo: Avaliar o efeito da atropina na incidência de hipoxemia e bradicardia durante a intubação orotraqueal no departamento de emergência pediátrica. Métodos: Estudo observacional, realizado em departamento de emergência pediátrica terciário em que foram analisados os registros de intubações orotraqueais de pacientes com 31 dias a 20 anos incompletos, entre janeiro de 2016 e setembro de 2020. Os procedimentos foram divididos em dois grupos de acordo com o uso ou não da atropina como pré-medicação durante a intubação. Foram excluídos os procedimentos com falhas no preenchimento dos dados, pacientes com parada cardiorrespiratória, cardiopatias congênitas cianóticas, e aqueles com pneumopatias crônicas com hipoxemia basal. O desfecho primário foi hipoxemia (saturação periférica de oxigênio ≤88%), enquanto os desfechos secundários foram bradicardia (queda >20% entre a frequência cardíaca máxima e mínima) e bradicardia crítica (frequência cardíaca <60 bpm) durante o procedimento de intubação Resultados: Foram identificados 151 procedimentos de intubação orotraqueal, sendo 126 elegíveis para o estudo. Desses, 77% tinham doenças subjacentes complexas e crônicas. A atropina foi administrada em 43 (34,1%) pacientes e foi associada a maiores chances de hipoxemia na análise univariada (OR: 2,62; IC95% 1,15-6,16; p=0,027), porém, não na análise multivariada (OR: 2,073; IC95% 0,416-10,32; p=0,373). A bradicardia crítica ocorreu em apenas três pacientes, sendo dois no grupo atropina (p=0,268). A bradicardia foi analisada em apenas 42 procedimentos. O uso de atropina foi associado a maior probabilidade de bradicardia (OR: 11,00; IC95% 1,3-92,8; p=0,028) na análise multivariável. Conclusões: Atropina como pré-medicação na intubação orotraqueal não evitou a ocorrência de hipoxemia ou bradicardia durante os procedimentos de intubação na emergência pediátrica.