RESUMEN
O estudo teve como objetivo investigar os fatores relacionados aos estágios de mudança de comportamento em saúde de adolescentes com Diabetes Tipo 1 usuários de um ambulatório de Diabetes. Pesquisa observacional, descritiva, transversal realizada em um ambulatório de pediatria de um hospital de referência do município de Fortaleza. Participaram do estudo adolescentes de 10 a 19 anos em acompanhamento há pelo menos 1 mês. Realizou-se entrevista individualizada mediante um instrumento, validado previamente a coleta, contemplando dados sóciodemográficos, clínicos, atividades de autocuidado em saúde e estágios de mudança do comportamento e suporte social. O estudo teve como suporte teórico o modelo transteórico. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 2.266777. Participaram da pesquisa 97 adolescentes, no qual a faixa etária prevalente foi dos 13 aos 15 anos. A média de tempo de diagnóstico de diabetes foi de mais de 1,1 a 3 anos, com renda 1501 a 2500 reais.. Quanto aos aspectos de saúde, quase 80% dos participantes já tinham histórico de internação prévia. Menos da metade dos adolescentes frequentavam grupos de educação em diabetes. A média de valor de hemoglobina glicada foi de 7,22%. Sobre a monitorização glicêmica, a grande maioria relatou faze-la de 4 a 7 dias na semana, dados semelhantes quando questionados sobre a aplicação de insulina. No que concerne os estágios de mudança do comportamento (EMC), houve predomínio, com mais de 50% dos adolescentes, na fase de manutenção, com exceção do autocuidado atividade física, no qual essa fase correspondeu a 37%. Quando correlacionado os dados sóciodemográficos com os EMC para identificar quais os fatores que poderiam influenciá-los, obteve-se que para o autocuidado alimentação saudável os fatores que apresentaram significância estatística foram a faixa etária, o tempo de diagnóstico e a renda familiar, fatores também significativos para o autocuidado atividade física, porém para este foi acrescido o fator anos de estudo. Já com relação a monitorização glicêmica, os fatores foram a faixa etária, tempo de diagnóstico e anos de estudo, os mesmos para a insulinoterapia com exceção da renda. Quando correlacionado o valor de hemoglobina glicada (HB1Ac) com as atividades de autocuidado e os estágios de mudança do comportamento do modelo transteórico, obteve-se que os jovens que disseram ter uma alimentação saudável apresentaram menores índices de HB1Ac do que aqueles que disseram não ter a prática de alimentação saudável, resultado semelhante para quem pratica atividade física que apresentam taxas de glicada menores. Com relação ao suporte social, para todas as atividades de autocuidado, os resultados demonstram que os adolescentes em fase de manutenção apresenta os maiores médias de apoio familiar e de amigos. O estudo revelou que são vários os fatores que podem interferir na mudança de comportamento do indivíduo para um determinado autocuidado, com isso ressalta-se a importância da personalização das intervenções educativas com o objetivo de alcançar a maior efetividade na sensibilização para a mudança de comportamento ou estratégias mais eficazes para a manutenção desse comportamento. (AU)
Asunto(s)
Autocuidado , Conducta , Enfermería , Salud del Adolescente , Diabetes Mellitus Tipo 1RESUMEN
Avaliar o conhecimento sobre o diabetes em crianças e adolescentes e as dificuldades acerca da doença.Métodos: estudo quantitativo, com 40 pacientes de 6 a 17 anos que foram submetidos a um questionário,baseado nos comportamentos de autocuidado propostos pela American Association of Diabetes Educators. Resultados: a faixa etária média foi de 11,6 anos, com predominância do sexo feminino (57,5%), maioria cursando ensino fundamental (80,0%), nomeando os pais como principais cuidadores (72,5%). No que diz respeito ao conhecimento acerca da doença, o item com maior percentual de erros foi acerca da fisiopatologia do diabetes mellitus tipo 1. Sobre as dificuldades relacionadas ao tratamento, obtiveram maior frequência:controle da alimentação e aplicação da insulina. Conclusão: o estudo revelou elevado percentual de acertos entre os participantes, sugerindo conhecimento sobre a doença. Apesar disso, estes referiram ser o controle da alimentação e a insulinoterapia as principais dificuldades relacionadas ao tratamento.
Objective: to evaluate the knowledge on diabetes in children and adolescents and the difficulties regarding the disease. Methods: a quantitative study with forty patients from 6 to 17 years older who were subjected on a questionnaire based on self-care behaviors proposed by the American Association of Diabetes Educators. Results: the average age was 11.6 years with predominance of the female gender (57.5%), most attending grade school (80.0%), naming the parents as primary caregivers (72.5%). Regarding the knowledge about the disease, the item with the highest percentage of errors was about the pathophysiology of Diabetes Mellitus type 1. On the difficulties related to the treatment, food control and application of insulin had higher frequency. Conclusion: the study revealed a high percentage of correct answers among the participants, suggesting knowledge about the disease. Nevertheless, they reported food control and insulin therapy as the main difficulties related to treatment.