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Arq. gastroenterol ; Arq. gastroenterol;59(3): 375-382, July-Sept. 2022. tab
Artículo en Inglés | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403507

RESUMEN

ABSTRACT Background: The conventional treatment of inflammatory bowel disease (IBD) is based on drug therapy, but different studies have shown a progressive increase in the use of complementary and alternative medicine (CAM). The most used CAM comprises of acupuncture, traditional Chinese medicine, Ayurvedic medicine, homeopathy, and herbal medicine, as well as more modern practices, including aromatherapy and reflexology. Data from CAM use in Brazil has previously been scarce and there are no studies among Brazilian patients with IBD. Objective: The aim of the study was to evaluate the frequency of, and factors associated with the use of CAM among IBD patients in Brazil, in addition to estimating the satisfaction with CAM use. Methods: A cross-sectional study was performed in adult IBD outpatients from two Southeastern Brazilian referral centers, with a total a sample of 227 individuals. A semi-structured questionnaire was used containing CAM products - tea, probiotics, omega 3 or glutamine, homeopathy, and herbal therapy, and factors associated with CAM use and patient satisfaction. We used descriptive statistics, association tests (P<0.05) and logistic regression for statistical analyses. Results: In total, 126 patients with Crohn's disease and 101 with ulcerative colitis were included. The mean age was 41.19±14.49 years and 57.27% were female. The time since diagnosis was 10.58±7.5 years, and most patients were in clinical remission. Twenty-nine patients (12.8%) reported having used CAM for IBD treatment, such as tea (5.29%), probiotics (5.29%), omega-3 or glutamine (1.76%), homeopathy (0.88%), and herbal therapies (0.44%). Despite the low frequency, patients were satisfied (>50%). There was no difference between CAM use in Crohn's disease as compared to ulcerative colitis patients (P=0.1171). The factors associated with the use of CAM were regular or poor quality of life (odds ratio 2.084; 95% confidence interval 1.147-3.786, P=0.0159) and a shorter time since diagnosis (odds ratio 0.956; 95% confidence interval 0.918-0.995; P=0.0260). Conclusion: The prevalence of CAM use was low, but satisfactory among Brazilian IBD patients. The application of CAM has been associated with poor quality of life and shorter disease duration compared to patients with no use of CAM.


RESUMO Contexto: O tratamento convencional da doença inflamatória intestinal (DII) é baseado na terapia medicamentosa, mas diferentes estudos têm mostrado aumento progressivo do uso de medicina complementar e alternativa (MCA) na abordagem dos pacientes. As modalidades de MCA mais usadas compreendem: acupuntura, medicina tradicional chinesa, medicina ayurvédica, homeopatia e fitoterapia, bem como práticas mais modernas, como aromaterapia e reflexologia. Os dados do uso de MCA no Brasil são escassos e não há estudos entre pacientes brasileiros com DII. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a frequência e os fatores associados com o uso de MCA entre pacientes com DII, além de estimar a satisfação com o uso de MCA. Métodos: Foi realizado estudo transversal em pacientes adultos ambulatoriais com DII oriundos de dois centros de referência no sudeste do Brasil, com amostra de 227 indivíduos. Foi aplicado questionário semiestruturado contendo produtos como - chá, probióticos, ômega 3 ou glutamina, homeopatia e fitoterapia, além de fatores associados ao uso de MCA e a satisfação do paciente. Utilizamos estatística descritiva, testes de associação (P<0,05) e regressão logística para análise estatística. Resultados: No total, 126 pacientes com doença de Crohn e 101 com retocolite ulcerativa foram incluídos. A média de idade foi 41,19±14,49 anos e 57,27% eram do sexo feminino. O tempo desde o diagnóstico foi de 10,58±7,5 anos, e a maioria dos pacientes estava em remissão clínica. Vinte e nove pacientes (12,8%) relataram ter usado MCA para o tratamento de DII, como chá (5,29%), probióticos (5,29%), ômega-3 ou glutamina (1,76%), homeopatia (0,88%) e fitoterápicos (0,44%). Apesar da baixa frequência, os pacientes ficaram satisfeitos com o uso (>50%). Não houve diferença entre o uso de MCA entre os pacientes com doença de Crohn em comparação com pacientes com retocolite ulcerativa (P=0,1171). Os fatores associados com o uso de MCA foram qualidade de vida regular ou ruim (Odds ratio 2,084; intervalo de confiança de 95% 1,147-3,786, P=0,0159) e menor tempo desde o diagnóstico (Odds ratio 0,956; intervalo de confiança de 95% 0,918-0,995; P=0,0260). Conclusão: A prevalência do uso de MCA foi baixa, mas satisfatória entre os pacientes com DII. O uso de MCA tem sido associada a baixa qualidade de vida e menor duração da doença.

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