RESUMEN
O presente artigo discorre sobre a constelação de um "complexo do fracasso" em sua interface com o tema arquetípico da morte no processo analítico. Por meio de um recorte de caso clínico, problematiza algumas dificuldades encontradas no manejo transferencial do processo psicoterapêutico de uma paciente diagnosticada como borderline, em especial os sentimentos contratransferenciais de frustração, abandono e raiva relacionados à impotência da analista diante do fim da análise. Tendo por referência textos de James Hillman e Rafael López-Pedraza, buscam-se elementos para discutir o estatuto da díade "fracasso-sucesso" nas bases epistemológicas da psicologia, de modo que reveja os limites dados a tais categorias no campo da psicoterapia e amplie os sentidos possíveis para as vivências de fracasso analítico.
This article is about the constellation of the failure complex intertwined with the archetypal theme of death in the analytical process. Through a clinical case, this article deals with some difficulties found in the transference process in psychotherapy with a borderline patient especially the countertransference feelings of frustration, abandonment and anger related to the impotence of the analyst at the end of the session (analysis). Based on James Hillman and Rafael López-Pedraza, the author searches for elements to discuss the failure-success dyad within the epistemological grounds of psychology, so that it allows to review the limits given to such categories at the psychotherapy field and enlarge some possible meanings to the analytical failure experiences.
El presente artículo discurre sobre la constelación de un "complejo del fracasso" en su interfaz con el tema arquetípico de la muerte en el proceso analítico. Por medio de un recorte de caso clínico, problematiza algunas dificultades encontradas en el manejo transferible del proceso psicoterapéutico de una paciente diagnosticada como borderline, en especial los sentimientos contratransferenciales de frustración, abandono y rabia relacionados con la impotencia de la analista ante el final del análisis. Teniendo por referencia textos de James Hillman (1981) y Rafael López-Pedraza (1997), se buscan elementos para discutir el estatuto de la díada "fracaso-éxito" en las bases epistemológicas de la psicología, de modo que revise los límites dados a tales categorías en el campo de la psicoterapia y amplíe los sentidos posibles para las vivencias de fracaso analítico.
Asunto(s)
Trastorno de Personalidad LimítrofeRESUMEN
O artigo reflete criticamente sobre as bases identitárias da arteterapia, um campo de estudos relativamente novo, de modo a promover uma aproximação mais bem qualificada dessa abordagem terapêutica no contexto geral das psicoterapias. Um dos principais aspectos problematizados refere-se justamente ao modo como ela é nomeada, pois a expressão "arteterapia" remete a limites e aproximações entre duas áreas muito amplas do conhecimento humano, a arte e a psicologia. Estabelece uma ligação direta entre as bases teóricas e metodológicas da psicologia analítica e a arteterapia, afirmando que, possivelmente, nenhuma outra clínica psicoterapêutica lance mão (literalmente) de tantos e tão diversificados recursos expressivos quanto a clínica junguiana. Apesar do embasamento teórico e metodológico encontrado na psicologia analítica para a arteterapia, a autora aborda os efeitos dessa práxis que ainda se encontra em desenvolvimento, discriminando a experiência artística da experiência terapêutica, e questiona se o que o arteterapeuta propõe a seus pacientes num ateliê ou consultório pode ser chamado de "arte", quando se trata mais especificamente de um conjunto de técnicas expressivas dedicadas a explorar o mundo anímico, emocional do paciente. Finaliza com a proposta de uma renomeação da arteterapia para "terapia do fazer", uma vez que parte da premissa de que, ainda que algumas produções plásticas dos pacientes guardem algum apelo estético, não se pode dizer que a produção da maior parte dos pacientes em arteterapia seja propriamente artística.
This article proposes a critical reflection on the identity basis of art therapy, a relatively new field of study, aiming to encourage more qualified dialogue in general context of psychotherapies. One of the main discussions is the designation as the expression "art therapy" refers to boundaries between two wide areas of human knowledge: arts and psychology. It establishes a direct connection between theoretical and methodological basis of analytical psychology and art therapy claiming that probably no other psychotherapeutic clinic resorts to so many diversified expressive recourses as the jungian clinic does. In spite of the theoretical and methodological background observed in analytical psychology for art therapy, the author approches the effects of this praxis - still in development - discriminating artistic and therapeutic experiences and questioning if that the art therapist proposes to their patients in their studio or office may be called "arts" - when it refers more specifically to a set of expressive techniques that explores the patient's animic and emotional world. The author concludes with a proposal for renaming art therapy to "the therapy of doing" considering that we cannot say the production of most patients in art therapy is properly artistic even if some plastic productions keep an aesthetic appeal.
Asunto(s)
Arteterapia , Creatividad , Rol Profesional/psicología , Terapias de Arte Sensorial , Inconsciente en PsicologíaRESUMEN
O presente artigo aborda a autonomia do sujeito frente a decisões relativas à vida e à morte, problematizando as dificuldades encontradas pelo psicoterapeuta ao lidar com esse tema, que gera resistências e polêmicas na sociedade contemporânea.A autora discorre sobre o manejo do suicídio partindo de conceitos da psicologia analítica, notadamente de C. G.Jung e de autores pós-junguianos, que analisam a morte como experiência arquetípica ligada a necessidades iniciáticas de transformação dos aspectos da personalidade que se encontram cristalizados, e que se apresentam por meio de sintomas ligados à ideação suicida e a comportamentos autodestrutivos. Discute, também, a ambiguidade dos padrões sociais que comunicam ao adolescente e ao jovem tanto a mensagem de que é autônomo para decidir sobre certas necessidades,ao mesmo tempo em que veta sua liberdade a respeito de outros temas, como o sentido da vida e da morte. Questiona o paradigma que orienta a prática do profissional da área da saúde, quando este encontra-se identificado com os ideais da prática médica clássica, que toma para si a responsabilidade de decidir pelo paciente o que deve ser feito com suas pulsões,impedindo-o de ser ouvido como sujeito da experiência. Por fim, propõe uma abordagem ao suicídio que permita ao paciente estabelecer uma relação metaforizada com a morte a partir dos símbolos observados nas atitudes e fantasias inconscientes, com o objetivo de alcançar outros sentidos que se encontram impedidos tanto no discurso do paciente como de seus familiares, por estarem tomados pelo medo e/ou alívio vislumbrados pela morte concreta.
The present paper discusses the autonomy of subjects regarding decisions about life and death, debating the difficulties found by psychotherapists when dealing with this subject, which creates resistances and controversies in contemporary society. The author talks about dealing with suicide according to concepts of analytical psychology, especially C. G. Jung and some post-Jungian authors, which analyzes death as archetypal experience linked to initiatic necessities of transformation of crystallized aspects of personality, and that show up through symptoms connected with the suicidal conception and with self-destructive behaviors. It discusses also the ambiguity of social standards that conveys adolescents and young people both the message of their being autonomous to decide on certain necessities and hindrances to their freedomas regards other subjects, as happens with the sense of life and death. The paper questions the paradigm that guides the practice of health professionals when they identify with the ideals of the classic medical practice, which attributes toitself the responsibility to decide in the patients behalf what they must do with their drives, preventing them from beinglistened as the subjects of their own experience. Lastly, it proposes an approach of suicide allowing patients to establish ametaphorical rapport with death on the basis of symbols observed in unconscious attitudes and fantasies, in order to reachother senses censured both in patients discourse and that of their relatives, due to their being dominated by the fear and/or release concrete death allows them to feel.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Adolescente , Teoría Junguiana , Suicidio , Suicidio/psicologíaRESUMEN
O presente artigo discorre sobre a constelação de um complexo do fracasso em sua interface com o tema arquétipo da morte no processo analítico. Por meio de um recorte de caso clínico, problematiza algumas dificuldades encontradas no manejo transferencial do processo psicoterapêutico de uma paciente diagnosticada como borderline, em especial os sentimentos contratransferenciais de frustração, abandono e raiva relacionados à impotência da analista diante do fim da análise. Tendo por referência textos de James Hillman (1981) e Rafael López-Pedraza (1997), buscam-se elementos para discutir o estatuto da díade fracasso-sucesso nas bases epistemológicas da psicologia, de modo que reveja os limites dados a tais categorias no campo da psicoterapia e amplie os sentidos possíveis para as vivências de fracasso analítico.
This article about the constellation of the failure complex intertwined with the archetypal theme of death in the analytical process. Through an a clinical case, this article deals with some difficulties found in the transference process in psychotherapy with a borderline patient especially the countertransference feelings of frustration, abandonment and anger related to the impotence of the analyst at the end of the session (analysis). Based on James Hillman (1981) and Rafael López-Pedraza (1997, the author searches for elements to discuss the failure-success dyad within the epistemological bases of psychology, so that it allows to review the limits given to such categories at the psychotherapy field and enlarge some possible meanings to the analytical failure experiences.