RESUMEN
OBJETIVO: Resultados de muitos estudos sustentam a hipótese de que a serotonina (5-HT) está relacionada com a inibição do comportamento agressivo. Foram examinados os efeitos potenciais pró e anti-agressivos do agonista de receptores 5-HT2A/2C em regiões específicas do cérebro. MÉTODO: Ratas fêmeas Wistar no sétimo dia pós-parto receberam microinjeções do agonista seletivo de receptores 5-HT2A/2C, a-methyl-5-hydroxytryptamine maleate (0,2 a 1,0 µg/0,2 µl), no núcleo central da amígdala e núcleo pré-óptico medial. Para cada área estudada, as freqüências dos comportamentos: locomoção, investigação social, postura de ameaça, ataques (frontal e lateral) e ato de morder um intruso, foram comparadas entre os diferentes tratamentos por uma análise da variância, seguida quando apropriado do teste de Tukey. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a microinjeção do agonista seletivo a-methyl-5-hydroxytryptamine maleate no núcleo central da amígdala aumentou a agressividade materna, mas não foram encontrados efeitos estatisticamente significativos no comportamento agressivo após a microinjeção do agonista seletivo de receptores 5-HT2A/2C no núcleo pré-óptico medial nas diferentes diluições estudadas. CONCLUSÕES: Os dados atuais e prévios sobre os efeitos pró e anti-agressivos do agonista dos receptores 5-HT2a/2c quando microinjetado no núcleo pré-óptico medial, em comparação com a microinjeção no núcleo central da amígdala, no septo medial (MS) e substância cinzenta periaqueductal em ratas apontam para populações funcionalmente independentes de receptores na amígdala-septo-hipotálamo e substância cinzenta periaqueductal, que são responsáveis pelo controle do comportamento agressivo. É possível que os receptores 5-HT2a/2c da amígdala possam aumentar o comportamento agressivo das fêmeas lactantes, como resultado de mudanças decorrentes do estado emocional de medo.