Longevidade: desafio no terceiro milênio / Longevity - Challenge in the Third Millennium

O objetivo deste artigo é fazer um levantamento da literatura sobre as condições socioeconômicas da população idosa e sobre os aspectos relacionados à atenção à saúde deste estrato etário, decorrentes do aumento da longevidade. Tendo em vista esse objetivo procurou-se caracterizar o impacto demográfico do envelhecimento populacional, acarretando crescimento acentuado da longevidade e suas conseqüências sobre as condições socioeconômicas e sobre as variáveis que as compõem. O que se pôde observar nos dados constantes da literatura pesquisada é que as transições demográficas e epidemiológicas não têm sido acompanhadas de transformações socioeconômicas compatíveis com as conseqüências advindas do aumento da expectativa média de vida. Assim, o Brasil, apesar de ter uma das economias mais fortes do mundo, apresenta uma das piores distribuições de renda, sendo esta uma das maiores responsáveis pela pobreza que atinge uma parcela considerável da população idosa. Em relação ao sexo feminino, o que se observou é que as mulheres, apesar de participarem do mercado de trabalho, recebem em média, apenas 63 por cento dos salários dos homens. Os dados mostram também que a solidão, decorrente do maior tempo de sobrevida, a pobreza e a maior incidência de doenças nas fases avançadas da vida, constituem a tríade que justifica a expressão "feminização" da velhice. Outros aspectos abordados foram: os problemas relacionados ao crescente aumento da urbanização, observado nas últimas décadas, as dificuldades não raramente observadas na relação intergeracional e as propostas contidas na Políticas Nacional de Saúde do Idoso.

Biologia e teorias do envelhecimento / Biology and theories of aging

O fenótipo do envelhecimento, que é representado por marcadores típicos, como perda de peso, redução de massa corpórea magra, cabelos grisalhos, pele enrugada, etc., é o reflexo de um somatório de alterações somáticas que, mais rápida ou mais lentamente, estarão presentes em todos os idosos. Tais manifestações, embora bem evidentes e facilmente observáveis, não têm hoje esclarecidos os mecanismos envolvidos em sua gênese, apesar do envelhecimento biológico ser um fenômeno universal e comum a praticamente todos os seres vivos animais

Metodologia científica em Gerontologia / Scientific metodology in Gerontology

Pretende tornar mais amena a leitura de artigos originais publicados em revistas nacionais e internacionais, e reverter a cultura existente entre nos de que a estatistica, por ter base em conhecimentos matematicos, e inacessivel a maioria dos pesquisadores. Objetiva familiarizar o leitor com a metodologia cientifica, principalmente com os metodos estatisticos mais frequentemente utilizados; alertar para as dificuldades inerentes a selecao de pacientes idosos para pesquisa; torna-lo mais critico com suas proprias pesquisas e com as de outros; em ultima analise, tecer algumas consideracoes sobre as peculiaridades metodologicas da investigacao cientifica em Gerontologia

Finitude: hospital-fronteira / Finitely: border-hospice

Os profissionais de saúde que têm sob seus cuidados a pessoa idosa em fase terminal de sua existência, convivem dia-a-dia com o sofrimento e a possibilidade de morte iminente. Este fato é mais evidente hoje que ontem, quando se sabe que a morte, nos últimos 50 anos, vem sofrendo um rápido processo de institucionalização

Gerontologia

Aborda o risco de efeitos adversos sobre o estado nutricional de idosos e o seu aumento à medida que o número de drogas utilizadas se eleva

Manifestaçöes cardíacas do hipertireoidismo no idoso / Cardiac manifestations of hyperthyroidism in the elderly

Analisar as manifestaçöes cardiocirculatórias do hipertireoidismo em idosos. Vinte e quatro portadores de hipertireoidismo com idades variando de 60 a 87 (média 73,5) anos, 18 do sexo feminino. A análise cardiocirculatória foi realizada através dos exames clínico, eletrocardiográfico, radiológico, fonomecanocardiográfico e ecocardiográfico. Manifestaçöes cardiocirculatórias foram observadas em 17 (70,9%) idosos, nove (37,5%) com insuficiência cardíaca. Alteraçöes eletrocardiográficas foram evidenciadas em 20 (83,8%) casos, predominando as taquiarritmias (62,5%) fibrilaçäo atrial crônica em oito (33,3%) e taquicardia sinusal em cinco (20,8%). Analisando-se separadamente os pacientes com e sem doença cardiocirculatória associada, näo se observaram diferenças estatisticamente significativas nos vários parâmetros eletrocardiográficos estudados. A freqüêmcia de cardiomegalia foi estatisticamente mais elevada nos hipertireoideos, tanto portadores (64,7%) como näo portadores (57,1%) de afecçöes cardiocirculatórias associadas, em relaçäo aos idosos normais (23,9%). O desempenho ventricular esquerdo avaliado em 14 pacientes, através do quociente sistólico mostrou-se normal ou elevado em 12 (85,7%). O percentual de encurtamento da fibra (delta D%) foi maior que 30% em todos os casos em que foi determinado. Nenhum paciente apresentou ao ecocardiograma alteraçöes sugestivas de cardiomiopatia hipertrófica simétrica ou assimétrica e de prolapso mitra. O hipertireoidismo no idoso determina ...