RESUMEN
Quinze pacientes portadores de cirrose hepática e hipertensao portal e HCV-RNA detectado no sangue circulante pela técnica da reaçao de polimerizaçao, receberam ribavirina 1 g/dia por um período de seis meses, em um estudo nao controlado. Dos pacientes inicialmente selecionados, dois apresentaram complicaçoes da doença de base e nao tiveram seus dados computados no final do estudo. Quatro pacientes apresentaram como complicaçao da terapia, queda dos níveis de hemoglobina superior a 20 por cento dos valores iniciais e em um paciente foi necessário reduzir a dose do medicamento. Praticamente todos pacientes apresentaram algum grau de reduçao dos níveis das aminotransferases, especialmente ao final do terceiro mês de tratamento quando foi observadas uma reduçao significante dos níveis de AST e ALT em relaçao ao início do estudo. Ao final do tratamento, quatro pacientes apresentaram resposta completa, com normalizaçao das aminoistranferases. Destes, apenas um paciente apresentou negativaçao do HCV-RNA, mais a interrupçao da droga foi seguida de pronta elevaçao das enzimas e positividade do HCV-RNA. Estes resultados indicam que apesar de bem tolerado e de induzir a uma reduçao transitória dos níveis das aminotransferases, o uso isolado de ribavirina nao parece ser capaz de erradicar a infecçao pelo vírus C em pacientes com cirrose hepática e hipertensao portal.