Encefalite do Nilo Ocidental, nossa próxima epidemia? / Encephalitis of ocidental Nilo, disease outbreaks?

Neste trabalho, foram revistas as características clínicas e epidemilógicas das infecções pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO), destacando modo de transmissão, reservatórios e vetores, bem como a distribuição geográfica de aves reservatórias e suas rotas de migração no continentre americano, de forma a embasar a discussão das possibilidades de introdução do vírus no Brasil e a preposição de estratégias de vigilância adequadas à nossa realidade. A revisão foi realizada pela consulta à base de dados MEDLINE, no período 1991-2002, complementada pela utilização dos textos encontrados atrravés de mecanismos de busca da página dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (home page na internet: cdc.gov.). Foram também consultados livros-texto de rconhecimento internacional, nas disciplinas pertinentes ao desenvolvimento do estudo. OVNO é um arbovírus transmitido pela picada de mosquitos infectados. o vírus infecta principalmente aves, homens e eqüinos. No homem, pode produzir desde quadros oligossomáticos até casos graves e fatais de encefalite

Trypanosoma do subgênero Herpetosoma Doflein, 1901 em Proechimys iheringi Thomas, 1911 capturados no Estado de São Paulo, Brasil / Trypanosoma of subgenus Herpetosoma Doflein, 1901 in Proechimys iheringi Thomas, 1911 captured alive in Säo Paulo, Säo Paulo State, Brazil

Examinando o sangue de roedores silvestres capturados vivos em estação de campo mantida pelo Instituto Adolfo Lutz, para fins de vigilância epidemiológica, em Casa Grande, município de Salesópolis, no Estado de São Paulo, verificou-se a presença de tripanossomos do subgênero Herpetosoma em quatro exemplares de Proechimys iheringi. Esses flagelados mostraram tamanho médio de 21,7 p,m e índice nuclear médio equivalente a 1,9. As tentativas de cultivo deste protozoário em meios de NNN, LIT e Ducrey, resultaram negativas; todavia, quando se semeou o tripanossomídeo em meio de Ducrey, modificado pela adição de 2% de sangue de Proechimys iheringi, obteve-se intensa proliferação de formas epimastigotas. As inoculações experimentais em Mus musculus, Akodon sp., Oryzomys sp. e Cricetus auratus resultaram negativas; entretanto, quando se procedeu à inoculação em Proechimue iheringi, nascido em laboratório, a inoculação resultou positiva com parasitemia patente. Todas as tentativas de infectar triatomíneos mostraram-se negativas. Considerando aspectos relativos ao problema da especificidade do subgênero Herpetosoma em relação ao hospedeiro vertebrado e os valores biométricos encontrados nos exemplares examinados, admite-se que estes flagelados pertençam à espécie ainda não descrita (AU).