RESUMEN
Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um modelo teórico que associa variáveis de natureza psicossocial, presentes no ambiente de trabalho, a sintomas de distúrbios osteomusculares, investigando possíveis relações de mediação e moderação. Uma amostra de 494 trabalhadores de um banco estatal preencheu um questionário que incluiu medidas dos aspectos psicossociais do ambiente de trabalho, reatividade ao estresse (exaustão emocional), estilos de coping e uma escala de freqüência de sintomas osteomusculares, além de questões sobre hábitos e estilo de vida. Os resultados mostraram que exaustão emocional foi o mais poderoso preditor de relato de sintomas, o que é um indício de que a reação ao estresse seja uma via pela qual os fatores psicossociais afetam a saúde osteomuscular
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Estrés Psicológico , Trastornos de Traumas Acumulados/psicología , Condiciones de TrabajoRESUMEN
Coping pode ser definido pela forma como as pessoas comumente reagem ao estresse. Estas reações estão relacionadas a fatores pessoais, demandas situacionais e recursos disponíveis (Lazarus & Folkman, 1984). Entretanto, medidas de coping geral raramente contemplam os fatores situacionais. A mensuração de coping no ambiente ocupacional deve considerar os recursos e estratégias disponíveis, permitir agilidade ao preenchimento e satisfazer critérios psicométricos usuais. O objetivo deste trabalho foi (1) traduzir e adaptar para a língua portuguesa uma escala de coping ocupacional; (2) investigar suas características psicométricas por meio de análise fatorial e por suas relações com medidas de suporte social, sobrecarga de trabalho e exaustão emocional. Trezentos e noventa e sete trabalhadores em ambiente de escritório (x = 37,9; dp = 9,7) responderam à escala traduzida e a medidas de suporte social, sobrecarga e exaustão emocional durante o expediente de trabalho. A análise fatorial mostrou a existência de três fatores que explicaram 29,6 por cento da variância total. Os resultados forneceram evidências de validade de critério e confiabilidade à escala de coping ocupacional traduzida.
Asunto(s)
Salud Laboral , Estrés Psicológico , Estrés FisiológicoRESUMEN
Objetivo: Validar a versäo brasileira do Nordic Musculoskeletal Questionnaire - NMQ (Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares - QNSO) e apresentar as relaçöes entre morbidade osteomuscular e variáveis demográficas, ocupacionais e relativas a hábitos. Métodos: A versäo brasileira do instrumento NMQ foi aplicada a uma amostra de 90 empregados em uma instituiçäo bancária estatal, em Brasília, em 1999. Foram realizadas análises descritivas da amostra e de associaçäo entre as variáveis. Os resultados foram comparados a dados relativos à história clínica de cada respondente. Realizou-se análise estatística de comparaçäo entre grupos (Test t) e de correlaçäo entre variáveis (Pearson). Resultados: Os resultados mostraram concordância entre o relato de sintomas no NMQ e a história clínica em 86 por cento dos casos. Foram cerificadas diferenças na prevalência de sintomas quanto ao gênero, à funçäo exercida e à prática de atividade física. As mulheres apresentaram maior média de severidade de sintomas em quase todas as regiöes anatômicas; os gerentes relataram maior severidade de sintomas em regiäo lombar do que escriturários; a prática de atividade física regular esteve associada à menor severidade de sintomas em membros superiores. Conclusöes: Os resultados mostram um bom índice de validade concorrente para a versäo brasileira do NMQ e recomendam sua utilizaçäo como medida de morbidade osteomuscular. Entretanto, o instrumento necessita de uma medida de severidade de sintomas e de alteraçöes na diagramaçäo e no conteúdo da escala para torná-la mais compreensível e menos suscetível a um excessivo número de respostas em branco