RESUMEN
Objetivo: Identificar os fatores que influenciam o tempo de consolidação óssea em dois métodos de tratamento para as fraturas diafisárias da tíbia: haste intramedular bloqueada não fresada e placa em ponte. Métodos: De um total de 170 fraturas tratadas no período compreendido entre 1997 e 2005, em 100 fraturas os autores utilizaram haste intramedular bloqueada e, em 70, placa em ponte. As fraturas foram classificadas segundo o método AO e divididas pela localização anatômica (proximal, média, distal e segmentada), exposição (fechadas e expostas, classificadas pelo método de Gustilo et al ), mecanismo do trauma (causas), tipo de placa utilizada (larga ou estreita) e o tabagismo. Resultados: Pela análise estatística de Mann-Whitney, ficou demonstrado que a técnica com haste intramedular bloqueada apresentou tempo de consolidação óssea maior quando comparada com a técnica de placa em ponte nos pacientes do gênero masculino com idade menor de 20 anos e para os tipos de fratura: exposta, proximal, segmentar, as do tipo C e fumantes. Ambas as técnicas utilizaram a estabilidade relativa como princípio de osteossíntese. Conclusão: As fraturas proximais, segmentares e as do tipo C apresentaram melhores resultados quando tratadas com a técnica de placa em ponte, provavelmente por essa oferecer maior estabilidade. Quando comparadas com as fraturas do tipo A e B e localização no terço médio e distal, a haste intramedular bloqueada apresentou tempo médio de consolidação semelhante ao da placa em ponte e mantém-se como o método de escolha por oferecer bom contato haste-osso e, conseqüentemente, maior estabilidade...