RESUMEN
Foram revisados todos os prontuários de 205 crianças, com 211 fraturas da diáfise do fêmur, tratadas entre 1982 e 1995. Na avaliaçäo final foram considerados apenas os casos tratados conservadoramente que tiveram avaliaçÒo radiográfica completa, o grau de encurtamento medido por escanometria e o desvio rotacional avaliado clinicamente. Sessenta e quatro pacientes com 66 fraturas foram incluídos neste protocolo. O sexo masculino foi o mais acometido. Predominou a faixa etária dos dois aos oito anos, sendo que a causa mais freqüente foi o atropelamento. O traço de fratura mais comum foi o transversal na regiäo mediodiafisária. O tratamento consistiu de traçäo cutânea e aparelho gessado. Todos os casos consolidaram em torno de dois meses e houve grande capacidade de remodelaçäo dos desvios, embora pequeno desvio residual em varo e antecurvato tenha persistido, mas sem expressäo clínica. O desvio rotacional residual também foi pequeno e sem manifestaçäo clínica. A discrepância de comprimento dos membros inferiores logo após a consolidaçäo foi, em média, de 10mm e, na última avaliaçäo, de 3,0mm. Apenas dois casos ficaram com discrepância que necessitou de compensaçäo. Em conclusäo, a fratura da diáfise do fêmur na criança, quando tratada conservadoramente, tende a evoluir sem complicaçöes e fornecer bons resultados.