RESUMEN
INTRODUCTION: Congenital malformations are major diseases observed at birth. They are the second most common cause of death in the neonatal population, the first one being prematurity. OBJECTIVE: To characterise the clinical outcome of newborns with gastroschisis (GS) in a neonatal intensive care unit. METHODS: A retrospective observational clinical study in 50 infants with GS using the association of intestinal abnormalities, impossibility of primary closure of the abdominal defect and reoperation necessity as classification criteria for the disease. The significance level was p < 0.05. RESULTS: The hospitalisation to primary surgery occurred with a median age of 2 hours. Fourteen percent of children were subjected to a primary silo interposition and 24% had associated intestinal malformation. Nineteen newborns (NB) required more than one surgery. The median length of stay was 33 days, higher in patients with complex GS (56 days). All NB recovered from urine output 48 hours after surgery and 40% had hyponatraemia and oligoanuria in this period. There was no difference between the natraemia and fasting time (p = 0.79). Weight gain was similar in both groups with total parenteral nutrition and became significantly higher in patients with simple GS after enteral feeding (p = 0.0046). These NB evolved 2.4 times less cholestasis. Late-onset sepsis occurred in 58% of patients and was related to the infection of the central venous catheter in 37.9% of cases. Mortality was higher in infants infected with complex GS and the overall mortality rate was 14%. CONCLUSION: Clinical characterisation of newborns with gastroschisis depends on the complexity and the knowledge and conduct of morbidities to reduce mortality.
INTRODUÇÃO: As malformações congênitas fazem parte das principais doenças observadas ao nascimento. Entre as causas de óbito no período neonatal as malformações foram a segunda causa, sendo ainda a primeira, a prematuridade. OBJETIVOS: Caracterizar a evolução clínica dos recém-nascidos (RN) com gastrosquise (GTQ) em uma unidade de terapia intensiva neonatal e descrever as morbidades renal, nutricional e infecciosa relacionados ao manejo clínico pós-natal na unidade de terapia intensiva neonatal MÉTODO: Foi realizado estudo observacional retrospectivo em 50 RN com GTQ, utilizando a associação de anormalidades intestinais, impossibilidade de fechamento primário do defeito abdominal e necesidade de reoperação como critérios de classificação para a doença. O nível de significância foi p < 0,05. RESULTADOS: A admissão hospitalar para cirurgia primária ocorreu com mediana de idade de 2 horas. O total de 14% das crianças foram submetidas a uma interposição de silo primária e 24% apresentaram malformação intestinal associada. Dezenove RN necessitaram mais de uma intervenção cirúrgica. A mediana do tempo de estadia foi de 33 dias, sendo maior nos pacientes com GTQ complexa (56 dias). Todos os RN recuperaram o débito urinário a partir de 48 horas do pós-operatório e 40% apresentaram hiponatremia e oligoanúria nesse período. Não houve diferença entre a natremia e o tempo de jejum (p = 0,79). O ganho ponderal foi similar em ambos os grupos com nutrição parenteral total e tornou-se significativamente maior nos pacientes com GTQ simples após a alimentação enteral (p = 0,0046). Esses RN evoluíram 2,4 vezes com menos colestase. Sepse tardia ocorreu em 58% dos pacientes e foi relacionada à infecção do CVC em 37,9% dos casos. A mortalidade foi maior nos RN infectados com GTQ complexa e a taxa global de mortalidade foi de 14%. CONCLUSÃO: A caracterização clínica dos RN com GTG depende da complexidade e do conhecimento e condução das morbidades para diminuir a mortalidade.