RESUMEN
Foi realizada uma pesquisa na regiäo de Campinas, S-, Brasil, sobre a presença de Escherichia coli enterotoxigência (ETEC), rotavírus e clostridium perfringens enterotoxigênico em fezes diarréicas de crianças com até 2 anos de idade. Dos 132 especimes fecais examinados quanto a presença de ETEC 27 (20,45%) foram positivos. Destes foram isoladas 41 amostras de ETEC, das quais 40 produziram apenas a enterotoxina termolábil (LT) detectada pelo teste de imuno-hemólise radial modificado. Entre as 1983 amostras de fezes examinadas para rotavírus, 29 (15,84%) foram positivas pelas técnicas de eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) e ensaio imunoenzimático (EIE), sendo que destas, 15 (51,7%) foram provenientes de materiais coletados nos meses de inverno. Todas as amostras pertenciam ao grupo A e, através da técnica de PAGE, pode-se observar que o tipo eletroforético mais freqüente (9 amostras) foi designado Ib, IIc, IIIb, IVa, de acordo com a classificaçäo por nós adotada. Apenas 113 amostras de fezes foram examinadas para a presença de C. perfringens enterotoxigênico. Para a detecçäo da enterotoxina nos sobrenadantes das culturas foram utilizadas as técnicas de hemaglutinaçäo passiva reversa e inoculaçäo intravenosa em camundongos, sendo encontradas 12(10,62%) amostras enterotoxigências. Diante destes resultados é chamada a atençäo sobre o valor apenas relativo de uma coprocultura convencional para fins de diagnóstico, ressaltando-se a importância da criaçäo de métodos simplificados que favoreçam a detecçäo e identificaçäo dos grupos de agentes enteropatogênicos estudados na presente pesquisa