RESUMEN
Questöes relacionadas ao prognóstico das epilepsias e ao papel das drogas antiepilépticas (DAEs) continuam sendo tema de calorosas discussöes. Estudos populacionais recentes sugerem que uma boa parcela dos pacientes com epilepsia podem apresentar remissäo espontânea, um fato que é contrário à concepçäo da evoluçäo inexorável da epilepsia, caso o paciente näo recebesse tratamento precoce com DAEs. O uso de DAEs a curto prazo pode diminuir a morbidade e a mortalidade associadas a epilepsia, porém o seu papel a longo prazo permanece incerto. Pode parecer paradoxal a necessidade de desenvolvimento de novos fármacos, se o seu papel ainda näo está inteiramente esclarecido em pacientes com epilepsia recém diagnosticada. Entretanto, devido à toxicidade das DAEs atuais, e principalmente para os pacientes rotulados de "farmaco-resistentes", esta parece ser uma das poucas esperanças no controle das crises