RESUMEN
Resumen: El delirium es una entidad clínica caracterizada por una disfunción aguda en el estado de consciencia con alteraciones de la cognición, atención y curso fluctuante. Se trata de una enfermedad con alta prevalencia en pacientes críticamente enfermos con implicaciones pronósticas. La inflamación sistémica tiene un papel importante en la aparición del delirium y la disfunción cerebral aguda. El objetivo del estudio es buscar una relación entre marcadores clínicos de inflamación, principalmente la depuración de procalcitonina a las 72 horas y su asociación con el desarrollo de delirium en los pacientes de terapia intensiva con síndrome de respuesta inflamatoria sistémica (SIRS). Esto se refleja en los días libres de delirium o coma que el paciente cursa en la unidad de cuidados intensivos (UCI). Se trató de un estudio retrospectivo, en el cual se analizaron 126 pacientes, se observó una mortalidad hospitalaria de 23.01% y se detectó delirium por CAM-ICU en 69 (55.2%) de los pacientes. En los pacientes que presentaron delirium se encontraron mayores niveles séricos de procalcitonina al ingreso, a las 24, 48 y 72 horas frente a quienes no lo presentaron. No hubo diferencia entre los niveles de proteína C reactiva ni diferencias significativas en el porcentaje de depuración de procalcitonina entre los pacientes que presentaron delirium y aquéllos que no. Se detectó un cociente de riesgo de 0.97 (IC 0.96-0.99; p = 0.0154) por unidad de proteína C reactiva y un cociente de riesgo de 1.17 (IC 1.02-1.35; p = 0.0261) por unidad de aclaramiento de procalcitonina a las 48 horas. Se concluyó que, en pacientes con respuesta inflamatoria sistémica y delirium, algunos marcadores de inflamación están significativamente elevados y representan un factor de riesgo de tener menos días neurológicos normales.
Abstract: Delirium is a clinical entity characterized by an acute disfunction on patients' mental state, with altered cognition, inatention, and fluctuating course. Delirium has a high prevalence in critically ill patients, with important prognostic implications. Systemic inflammation plays an important role on the development of delirium and acute cerebral disfunction. The study's objective was to find a correlation between clinical markers of inflammation, specifically procalcitonin clearance, and its association with delirium on intensive care unit patients with Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS). Studied as a reflection of delirium or coma free days by CAM-ICU that the patient experienced during it's intensive care unit stay. This retrospective study enrolled 126 patients, with a hospital mortality of 23.01% and a 55.2% prevalence of delirium as detected by CAM-ICU. Patients with delirium had higher levels of procalcitonin on enrollment, as well as at 24, 48 and 72 hours compared to those who did not develop delirium during their ICU stay. There was no difference between C reactive protein or procalcitonin clearance. Higher CRP levels were associated with an decrease in delirium and coma free days (OR 0.97, CI 0.96-0.99; p = 0.0154), a higher procalcitoin clearance at 48 hours was associated with an increase in delirium and coma free days (OR 1.17, IC 1.02-1.35; p = 0.0261). In conclusion, ICU patients with inflammatory response syndrome who develop delirium have a higher risk of developing delirium if inflammatory serum biomarker are elevated, and have a lower chance of having neurologically normal days.
Resumo: O delirium é uma entidade clínica caracterizada por disfunção aguda no estado de consciência, com alterações na cognição, atenção e curso flutuante. É uma doença com alta prevalência em pacientes em estado crítico com implicações prognósticas. A inflamação sistêmica desempenha um papel importante no aparecimento de delirium e disfunção cerebral aguda. O objetivo deste estudo é buscar uma relação entre os marcadores clínicos de inflamação, principalmente a depuração de procalcitonina às 72 horas, e sua associação com o desenvolvimento de delirium em pacientes em terapia intensiva com síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). Isso é refletido pelos dias sem delirium ou coma que o paciente apresenta na unidade de terapia intensiva. Tratou-se de um estudo retrospectivo em que foram analisados 126 pacientes, encontrando-se uma mortalidade hospitalar de 23.01% e o delirium detectado pelo CAM-ICU em 69 (55.2%) dos pacientes. Nos pacientes que apresentaram delirium foram encontrados níveis séricos de procalcitonina mais altos na admissão, às 24, 48 e 72 horas em comparação com aqueles que não a apresentaram. Não houve diferença entre os níveis de proteína C-reativa, nem diferenças significativas na porcentagem de depuração de procalcitonina entre os pacientes que apresentaram delirium e aqueles que não. Foi encontrada uma fator de risco de 0.97 (IC 0.96-0.99, p = 0.0154) por unidade de proteína C reativa e uma fator de risco de 1.17 (IC 1.02-1.35; p = 0.0261) por unidade de depuração da procalcitonina às 48 horas. Concluiu-se que nos pacientes com resposta inflamatória sistêmica e delirium, alguns marcadores de inflamação são significativamente elevados e apresentam um fator de risco para apresentar um número menor de dias neurológicos normais.
RESUMEN
Resumen: Introducción: Existe evidencia clínica de que la brecha de iones fuertes obtenida por el método de Stewart de equilibrio ácido-base es mejor predictora de mortalidad que los parámetros tradicionales en algunos pacientes críticamente enfermos. Objetivo: Evaluar la cinética de depuración de la brecha de iones fuertes en individuos con choque séptico durante las primeras 48 horas de estancia en la unidad de cuidados intensivos. Material y métodos: Se trata de un estudio retrospectivo observacional, con datos obtenidos del expediente clínico, realizado en una unidad de cuidados intensivos adultos en un hospital privado de la ciudad de Monterrey, Nuevo León. Se evaluaron variables demográficas, así como datos obtenidos de gasometrías y química sanguínea al ingreso, a las 24 y 48 horas posteriores, para calcular parámetros tradicionales del equilibrio ácido-base y los obtenidos por el método de Stewart. Se calculó también la cinética de eliminación de dichos parámetros para evaluar sus cambios a través del tiempo y su relación con la mortalidad. Resultados: Se estudiaron 91 personas con choque séptico entre junio de 2014 y junio de 2016, con una mortalidad de 28.6%. La depuración de lactato, brecha aniónica corregida y brecha de iones fuertes a 48 horas no fueron capaces de predecir mortalidad, aunque sí los niveles individuales de dichos parámetros a las 48 horas. El mejor predictor de mortalidad fue AGCOR a 48, con un área bajo la curva ROC de 0.71805, contrario a la brecha de iones fuertes (SIG por sus siglas en inglés) a 48 horas, con un área bajo la curva ROC de 0.67367. Conclusiones: Los cambios a través de las primeras 48 horas de la brecha de iones fuertes son asociados a mortalidad, pero no aportan mayor beneficio que los parámetros tradicionales en sujetos con choque séptico.
Abstract: Introduction: There is clinical evidence that the strong ion gap obtained by Stewart's acid-base approach is a better predictor of mortality than those obtained by the traditional approach in some critically ill patients. Objective: To evaluate the strong ion gap clearance kinetics in patients with septic shock during the first 48 hours in the intensive care unit. Material and methods: A retrospective, observational study obtained from a patient database in a private intensive care unit in Monterrey, Nuevo León. Patient's demographics were analyzed, along with data collected from their laboratory work at admission and at 24 and 48 hours to calculate traditional acid-base parameters and parameters obtained by the Stewart's method. Clearance at 48 hours was also calculated to track their changes over time and to evaluate their relation to patient mortality. Results: Data from 91 patients with septic shock admitted between June 2014 and June 2016 were studied, with a 28.6% mortality rate. Lactate clearance, corrected anion gap clearance and strong ion gap clearance at 48 hours were not related to patient mortality, although their individual values at 48 hours were able to predict mortality. The best predictor of mortality was AGCOR at 48, with an area under the ROC curve of 0.71805, compared with an area under the ROC curve of 0.67367 for SIG at 48 hours. Conclusions: Strong ion gap changes over the first 48 hours were associated with mortality; however, they do not offer any advantage over traditional acid-base parameters in patients with septic shock.
Resumo: Introdução: Existe evidência clínica que o hiato de íons fortes, obtido pelo método de Stewart de ácido-base, é melhor preditor de mortalidade que os parâmetros tradicionais em alguns pacientes graves. Objetivo: Avaliar a cinética de depuração do hiato de íons fortes em pacientes com choque séptico durante as primeiras 48 horas de estadia na unidade de terapia intensiva. Material e métodos: Um estudo retrospectivo, observacional com dados obtidos a partir do prontuário médico. Realizado na UTI de um hospital particular na cidade de Monterrey, em Nuevo León. Foram avaliadas as variáveis demográficas e os dados obtidos a partir da gasometria e química sanguínea na admissão, 24 horas e 48 horas posteriores para calcular os parâmetros tradicionais do equilíbrio ácido-base e os obtidos pelo método de Stewart. Calculou-se também as cinéticas de eliminação destes parâmetros e assim avaliar as alterações ao longo do tempo e a sua relação com a mortalidade. Resultados: Foram estudados 91 pacientes com choque séptico entre junho de 2014 e junho de 2016, com uma taxa de mortalidade de 28.6%. A depuração de lactato, hiato aniônico corrigido e hiato de íons fortes às 48 horas não foram capazes de prever a mortalidade, se bem que previram os níveis individuais de estes parâmetros às 48 horas. O melhor preditor de mortalidade foi AGCOR às 48 com uma área sob a curva ROC de 0.71805, contrário ao SIG às 48 horas com uma área sob a curva ROC de 0.67367. Conclusões: As alterações através das primeiras 48 horas do hiato de íons fortes está associada com a mortalidade, mas não fornecem maior benefício que os parâmetros tradicionais em pacientes com choque séptico.
RESUMEN
Resumen: Introducción: La enfermedad tromboembólica es una causa prevenible de mortalidad en pacientes críticamente enfermos. La estrategia de tromboprofilaxis más utilizada es el uso de heparinas de bajo peso molecular; sin embargo, no se conoce cuál es superior. La bemiparina presenta características farmacológicas favorables. Objetivo: Evaluar el perfil de seguridad de la tromboprofilaxis con bemiparina en pacientes críticos. Material y métodos: Se trata de un estudio retrospectivo y observacional. Se incluyeron pacientes hospitalizados en la Unidad de Cuidados Intensivos de Adultos entre diciembre de 2013 y junio de 2015 que recibieron bemiparina. Se evaluó la presencia de sangrado mayor, trombocitopenia y correlaciones entre la dosis administrada y la presencia de eventos adversos. Resultados: 111 pacientes críticos recibieron bemiparina como tromboprofilaxis. No hubo episodios de enfermedad tromboembólica. Seis punto tres por ciento de los pacientes presentaron sangrado mayor durante su estancia. La incidencia de trombocitopenia severa fue de 1.8%, 8.6% presentó descenso en la cuenta plaquetaria sugerente de trombocitopenia inducida por heparina; no obstante, no se documentó ningún caso. Los efectos adversos no se asociaron a mayores dosis de bemiparina. Conclusiones: La seguridad de la tromboprofilaxis con bemiparina es comparable con el resto de las heparinas de bajo peso molecular (HBPM) en pacientes críticamente enfermos.
Abstract: Introduction: Venous thromboembolism is a preventable cause of death in critically ill patients. The most common thromboprophylaxis strategy is the use of low molecular weight heparins, however it is not known which is superior. Bemiparin shows a favorable pharmacologic profile. Objective: Evaluate the safety profile of bemiparin thromboprophylaxis in the critically ill. Materials and methods: This retrospective observational trail was carried out in an adult intensive care unit. Patients hospitalized between December 2013 and June 2015 receiving bemiparin throboprophylaxis were included. The presence of major bleeding, thrombocytopenia and the correlation between dose and adverse events was noted. Results: 111 critically ill patients received bemiparin thromboprophylaxis No episodes of venous thromboembolism were recorded. 6.3% of patients had a major bleeding episode during their intensive care unit stay. The incidence of severe thrombocytopenia was 1.8%, while 8.6% of patients had a platelet count decrease typical of heparin induced thrombocytopenia, no cases were recorded. Adverse events were not associated with bemiparin dose. Conclusions: The safety of bemiparin thromboprofilaxis is similar to that of other Low Molecular Weight Heparins (LMWH) in critically ill patients.
Resumo: Antecedentes: A doença tromboembólica é uma causa evitável de morte em pacientes em estado crítico. A estratégia tromboprofiláxica mais utilizada é o uso de heparinas de baixo peso molecular, no entanto, não é conhecido qual é superior. A bemiparina apresenta características farmacológicas favoráveis. Objetivo: Avaliar o perfil de segurança da tromboprofilaxia com bemiparina em pacientes em estado crítico. Material e métodos: Estudo retrospectivo observacional na unidade de terapia intensiva de adultos. Foram incluídos pacientes hospitalizados na unidade de terapia intensiva que receberam bemiparina entre dezembro de 2013 e junho 2015. Avaliou-se a presença de hemorragia grave, trombocitopenia e correlações entre doses administrada e a presença de eventos adversos. Resultados: 111 pacientes em estado crítico receberam bemiparina como tromboprofilaxia. Não houve episódios de tromboembolismo. 6.3% dos pacientes apresentaram sangramento maior durante a sua estadia. A incidência de trombocitopenia grave foi de 1.8%, 8.6% apresentaram uma diminuição na contagem de plaquetas sugestivos de trombocitopenia induzida pela heparina, porém não se documentou nenhum caso. Os efeitos adversos não se associaram com a doses mais elevadas de bemiparina. Conclusão: A segurança de tromboprofilaxia bemiparina é comparável com o resto do Heparina de baixo peso molecular (HBPM) em pacientes em estado critico.