RESUMEN
Himenópteros como abelhas e vespas sociais são visitantes florais regulares em ambientes de campos rupestres. Uma comunidade de abelhas e vespas sociais foi acompanhada durante visitação floral em área de campos rupestres, na Chapada Diamantina, BA, de setembro de 2001 a abril de 2002. A comunidade foi descrita quanto à diversidade, eqüitabilidade e hierarquia de dominância, considerando a abundância de indivíduos (H' = 2.14 / J' = 0.55) e biomassa (H' = 2.34/ J' = 0.60) das espécies. Foram amostradas 39 espécies de abelhas (588 indivíduos/ 15,742 g) e 11 espécies de vespas sociais (52 indivíduos/ 2,156 g), sendo este provavelmente o primeiro registro de vespas sociais para ambientes de campos rupestres no Brasil. Trigona spinipes (Fabricius), Apis mellifera L., Frieseomelitta francoi (Moure) e Bombus brevivillus Franklin foram predominantes em abundância de indivíduos. Das espécies amostradas, 48% contribuiu com um indivíduo. Houve inversão na hierarquia de dominância quando considerada a biomassa das espécies, sendo predominantes: B. brevivillus, seguida de A. mellifera, T. spinipes, e outras espécies com 15 indivíduos ou menos, como as vespas sociais Synoeca cyanea (Olivier), Polistes canadensis (L.), Myschocyttarus drewseni (Saussure) e as abelhas Eufriesea nigrohirta (Friese), Xylocopa grisescens Lepeletier e Megachile (Pseudocentron) sp.1. A utilização de biomassa nas análises de diversidade permitiu detectar diferenças na contribuição relativa de espécies na hierarquia de dominância. A comparação entre as comunidades de abelhas amostradas em diferentes áreas indica maior similaridade da fauna amostrada em Palmeiras, BA, com faunas de ecossistemas vizinhos, embora com baixos valores de similaridade.