ANUGA, Colônia (Alemanha), outubro de 2007: um olhar crítico sobre a maior feira de alimentos do mundo / ANUGA, Cologne (Germany), October 2007: a critical look at the largest food fair in the world

O mercado de alimentos é altamente concorrido. O Brasil, com uma longa tradição agropecuária, tem desenvolvido o seu potencial neste setor de forma intensa nas últimas décadas, e, como 11° maior expositor da Feira ANUGA – a maior Feira de Alimentos do mundo – confirmou sua presença em nível internacional, fato este que, entre outros, se deve aos intensos esforços para a melhoria da qualidade dos produtos oferecidos, bem como à constante busca em atender às crescentes exigências dos consumidores. No presente artigo, enfocou-se diferentes aspectos ligados à produção e exportação da carne e do leite brasileiros. Atualmente, o Brasil exporta em torno de 9 milhões de toneladas/ano de carne bovina, 600 mil toneladas/ano de carne suína e 3 milhões de toneladas/ano de carne de frango. No setor de lácteos, o Brasil concentra-se na exportação de leite em pó (61,8 mil ton/ano), com tendência crescente para a exportação de queijos, que atualmente é de 11 mil ton/ano. Apesar de oferecer produtos de excelente qualidade e com uma das melhores relações custo-benefício do mundo, o Brasil ainda se depara com diversas barreiras de ordem sanitária (febre aftosa) e econômica (subsídios, taxas de importação muito altas, etc), que dificultam o acesso mais amplo ao mercado mundial.(...) Considerando-se todos estes aspectos, conclui-se que os resultados dos esforços conjuntos das autoridades e das empresas brasileiras mostraram ser eficientes, pelo enorme sucesso das empresas que estiveram representadas na Feira. Outrossim, deve-se ficar atento aos constantes desafios num mercado altamente concorrido, onde o marketing representa fator preponderante.

Estudo comparativo entre a NAGase no leite, no sangue e na urina de bovinos leiteiros sadios no decorrer da lactação: I. Influência de fatores fisiológicos / Comparative study among NAGase in milk, blood and urine of lactating cows in the stage of lactation

Avaliou-se os efeitos de fração de leite, posição do quarto mamário, estágio da lactação, número de lactações, indivíduo e rebanho sobre a enzima lisosomal NAGase no leite, sangue e urina de vacas leiteiras ao longo da lactação. Realizou-se a coleta do material em animais provenientes de dois rebanhos, com manejo distinto em cada um deles. Coletou-se o leite de quartos individuais. As amostras de sangue e de urina foram coletadas logo após a ordenha. Nas amostras de leite, além da NAGase, realizou-se o exame citobacteriológico. No leite tiveram efeito significativo sobre a NAGase a fração de leite, o estágio da lactação e o rebanho. Observou-se ainda níveis individuais distintos nestes animais. A fração inicial do quarto teve níveis significativamente mais baixos de NAGase quando comparada à fração total do quarto e à amostra total dos quatro quartos (P<0,05). Constatou-se uma nítida queda da NAGase no início da lactação. Tanto a NAGase quanto a contagem de células somáticas diferiram significativamente entre os dois rebanhos (P<0,05 a P<0,001). No sangue constatou-se níveis em média sete vezes superiores aos encontrados no leite. Observou-se níveis distintos entre os dois rebanhos, bem como uma grande variação da NAGase sangüínea entre os animais, o que se tornou ainda mais evidente quando comparado o quociente sangue/leite da NAGase destes animais. A fase da lactação não evidenciou influência sobre a NAGase sangüínea. Na urina obteve-se níveis de atividade enzimática muito baixos, quando comparados ao leite e ao sangue. Variações acentuadas entre os animais e para o mesmo animal ao longo da lactação, bem como a interferência de diversos fatores na coleta do material observados no estudo são indicadores de fatores a serem considerados em experimentos futuros no estudo da NAGase na urina de bovinos.