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Asunto principal
Intervalo de año
1.
Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) ; 12(4): 103-119, out.-dez.2023.
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1523544

RESUMEN

Objetivo: compreender como a pandemia de COVID-19 afetou a vida e a saúde das mulheres, com ênfase nos aspectos da saúde sexual e reprodutiva, e refletir sobre os direitos sexuais e reprodutivos e a justiça reprodutiva no contexto da crise sanitária. Metodologia: utilizou-se questionário online com 113 perguntas objetivas e uma questão aberta para comentários. De 8.313 mulheres que responderam ao questionário, 1.838 relataram suas vivências durante a pandemia na questão aberta. Esse material passou por técnicas de análise narrativa e temática e de construção de memória. Resultados: evidenciou-se a ampliação das dificuldades de acesso a serviços de saúde, em especial de saúde sexual e reprodutiva; o aprofundamento das iniquidades na divisão sexual do trabalho, com sobrecarga de trabalho doméstico e profissional; a insegurança econômica; o tensionamentos das relações afetivo-sexuais e maior exposição à violência; e importantes repercussões na saúde psicoemocional. Todos esses aspectos afetaram as experiências de saúde e adoecimento; a vida sexual; e os planos e experiências reprodutivas nos primeiros anos de pandemia. Conclusão: no Brasil, na sobreposição da emergência sanitária com a crise democrática de direitos, fatos sociais e fatos fisiológicos se misturam e se totalizam na experiência histórica e material do corpo sexual e reprodutivo das mulheres, seguindo as linhas de força das precariedades e injustiças de gênero, de raça e de classe. Os relatos das mulheres contribuem para a construção de uma memória coletiva ­não necessariamente unívoca e linear ­da pandemia. Memórias que podem não apenas ilustrar o momento presente, como contribuir para o entendimento e enfrentamento de crises semelhantes futuras.


Objective: this study seeks to comprehend the impact of the COVID-19 pandemic on women's lives and health, with a particular focus on sexual and reproductive health, andto reflect on sexual and reproductive rights and reproductive justice within the context of the health crisis.Methods:employing an online questionnaire featuring 113 objective questions and one open-ended question for free comments, the study gathered responses from 8,313 women. Out of these, 1,838 utilized the open question to articulate their experiences during the pandemic. The collected material underwent analysis using narrative and thematic approaches, along with memory construction techniques.Results:the findings indicate heightened challenges in accessing health services, particularly for sexual and reproductive health. The pandemic deepened inequities in the sexual division of labor, leading to increased domestic and professional workloads, economic insecurity, elevated tensions in affective-sexual relationships, greater exposure to violence, and notable repercussions on psycho-emotional health. These factors collectively influenced women's health/illness experiences, sexual lives, and reproductive plans during the initial years of the pandemic. Conclusion: the intersection of the health crisis with a democratic crisis in rights has intertwined social and physiological factors into the historical and material experiences of women's sexual and reproductive bodies. These experiences follow the trajectories of gender, race, and class-based precariousness and injustices. Women's accounts contribute to the construction of a collective memory of the pandemic that is not necessarily uniform or linear. Beyond illustrating the present moment, these memories aid in understanding and addressing similar crises in the future.


Objetivo: comprender cómo la pandemia de COVID-19 afectó la vida y la salud de las mujeres, con énfasis en aspectos de salud sexual y reproductiva y reflexionar sobre los derechos sexuales y reproductivos y la justicia reproductiva, en el contexto de la crisis sanitaria. Metodología:se utilizó un cuestionario online con 113 preguntas objetivas y una pregunta abierta para comentarios libres al final. De 8.313 mujeres que respondieron el cuestionario, 1.838 relataron sus experiencias durante la pandemia, en este espacio abierto. Este material fue analizado mediante técnicas análisis de narrativa y temática y de construcción de memoria. Resultados: hubo aumento de las dificultades para acceder a los servicios de salud, especialmente de salud sexual y reproductiva, profundización de las inequidades en la división sexual del trabajo, con sobrecarga de trabajo doméstico y profesional, inseguridad económica, tensiones en las relaciones afectivo-sexuales y mayor exposición. a la violencia, e importantes repercusiones en la salud psicoemocional. Todos estos aspectos afectaron las experiencias de salud/enfermedad, la vida sexual, los planes y experiencias reproductivas, en los primeros años de la pandemia. Conclusión: en Brasil, en el solapamiento de la crisis sanitaria con la crisis democrática y de derechos, hechos sociales y hechos fisiológicos se mezclan y totalizan en la experiencia histórica y material de los cuerpos sexuales y reproductivos de las mujeres, siguiendo las líneas de fuerza de la precariedad y las injusticias. de género, raza y clase. Las narrativas de las mujeres contribuyen a la construcción de una memoria colectiva ­no necesariamente unívoca y lineal ­ de la pandemia. Memorias que no sólo pueden ilustrar el momento presente, sino que también contribuyen a comprender y afrontar crisis futuras similares.


Asunto(s)
Derecho Sanitario
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(11): 4145-4154, nov. 2022.
Artículo en Portugués | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404169

RESUMEN

Resumo Neste artigo apresentamos resultados de uma pesquisa que integra o projeto internacional "Gender and COVID-19", que contempla diversos temas relacionados aos impactos da pandemia na vida de mulheres e suas famílias, entre eles a insegurança alimentar e a fome. Foram feitas entrevistas semiestruturadas entre dezembro de 2020 e novembro de 2021 com 49 mulheres, moradoras de dois aglomerados urbanos, Cabana do Pai Tomás (Belo Horizonte, MG) e Sapopemba (São Paulo, SP), e de duas comunidades rurais quilombolas, Córrego do Rocha (Chapada do Norte, MG) e Córrego do Narciso (Araçuaí, MG). As análises foram baseadas nas seguintes categorias: sentimentos e termos relacionados à fome; redução na quantidade e qualidade de alimentos; ausência de alimento e nutrientes; dificuldades para produzir alimento, receber auxílio emergencial e/ou doação de alimentos; avaliação dos governos e redes de apoio. Os relatos das entrevistadas evidenciam os desafios vivenciados, suas formas de enfrentamento e críticas à falta de respostas dos governos. Além de apresentarem uma perspectiva de gênero, as mulheres, em especial as lideranças que atuaram na construção de redes de solidariedade, são vozes fundamentais no planejamento de ações de prevenção e mitigação dos impactos de situações emergenciais em suas comunidades.


Abstract This paper presents the results of the research nested in the international project "Gender and COVID-19", which includes several topics related to the impact of the pandemic on the lives of women and their families, including food insecurity and hunger. Semi-structured interviews were conducted from December 2020 to November 2021 with 49 women living in two urban conglomerates, Cabana do Pai Tomás (Belo Horizonte, MG) and Sapopemba (São Paulo, SP), and two rural quilombola communities, Córrego do Rocha (Chapada do Norte, MG) and Córrego do Narciso (Araçuaí, MG). The analyses were based on the following categories: hunger-related feelings and terms; reduced food amount and quality; lack of food and nutrients; difficulties producing food, receiving emergency aid or food donations; governments evaluation and support networks. The respondents' reports show the challenges they experienced, their coping methods, and criticism of the government's lack of responses. Besides presenting a gender perspective, women, especially the leaders who worked in the construction of solidarity networks, are fundamental voices in planning actions to prevent and mitigate the impacts of emergencies in their communities.

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