RESUMEN
Neste artigo discute-se, a partir da Escolas de Santiago e de Genebra, a contraditória sensaçäo de realidade em mundos virtuais. Foi proposta uma dupla aproximaçäo do sujeito ao mundo, diferenciando organismo vivente e observador, ambos encontrando-se na, e sendo ligados pela, interface sensório-motora. Esta, ao dar suporte à mente consciente-autoconsciente, acaba por instaurar uma duplicidade, quanto à produçäo de sentidos-significaçöes, cujo resultado, para a subjetividade, poderá se, em ambientes RV, uma vivência-experiência em que concreto e virtual sejam vivenciados-experienciados-refletidos como mundos, espaços e tempos, a-paralelos. Tais vivências-experiências-reflexöes, obtidas mediante contínuos deslizamentos entre esses mundos distintos, mas entrelaçados, ao coordenarem-se, poderäo criar um efeito de Real, permitindo à Educaçäo, pelo exercício da interpretaçäo, explorar novos possíveis modos de aprender-sentir-conhecer-conceituar-comunicar, e assim inaugurar formas alternativas de entendimento do Real-Social: a subjetividade, em sendo cooptada na produçäo de sentidos e significaçöes, mediada por uma corporalidade sensório-motora constituída da cogniçäo, sabe-se cooptada na produçäo de sentidos e significaçöes conceituadas mediada por um observador-conceituador.