RESUMEN
Apresentamos 6 casos de meningoencefalite aguda por sarampo, diagnosticados durante epidemia na cidade de São Paulo, em 1997. Os prontuários dos 6 pacientes foram analisados retrospectivamente. O diagnóstico de meningoencefalite baseou-se nas alterações clínicas e liquóricas, e foi confirmado por sorologia específica. Dos 467 pacientes com sarampo atendidos no Instituto de Infectologia Emílio Ribas nesse período, estes 6 evoluíram com alterações neurológicas e liquóricas durante a fase exantemática, sendo a sonolência e rigidez de nuca os achados mais frequentes. Os pacientes tinham entre 2 meses e 28 anos de idade. O exame do líquor mostrou pleocitose em todos. Não houve correlação entre a severidade do quadro clínico e liquórico com a evolução. Em 4 casos foi necessária internação na unidade de terapia intensiva; destes, 2 foram intubados. Apenas 2 pacientes apresentaram alterações na tomografia computadorizada de crânio. Todos tiveram boa evolução, sem sequelas.