Associaçäo etomidato-alfentanil controla alteraçöes circulatórias pós-intubaçäo traqueal em cardiopatas / Alfentanil etomidate prevents hemodynamic responses after tracheal intubation in patients with heart diseases

Foi estudado o efeito da induçäo com etomidato-alfentanil sobre as alteraçöes excitatórias cardiovasculares que acompanham a intubaçäo traqueal em 15 cardiopatas encaminhados à cirurgia cardíaca. O alfentanil foi administrado em dose única (50 micronkg-1), por via venosa, três minutos antes da intubaçäo. Com esta asssociaçäo, näo se pbservaram as elevaçöes de pressäo arterial e freqüência cardíaca que acompanham a intubaçäo traqueal

Etomidato na induçäo em paciente submetido a cirurgia cardíaca / Anesthetic induction with etomidate in cardiac surgery

Foi utilizado o etomidato na induçäo da anestesia em 30 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, com média etária 50,4 ñ 11,6 anos e média ponderal 66,2 ñ 16,5 Kg. O etomidato foi administrado por via venosa na dose inicial de 0,3 mg.Kg-1, seguida, 5-6 minutos depois de uma segunda fase de 0,15 mg.Kg-1, imediatamente antes da intubaçäo traqueal. Entre ambas as doses foram administradas fentanil e pancurônio; após a intubaçäo, a anestesia foi mantida com isoflurano em concentraçöes de 1,0-2,0%, elevadas na medida do necessário para manter a PAM abaixo de 100 mmHg. Foram monitorizados: FC, PAM, PVC, Produto FC x PAS, ECG. A induçäo com etomidato näo se acompanhou de variaçöes significativas de FC, PAM, PC+VC e Produto FC x PAS nem de novas alteraçöes eletrocardiográficas, inclusive após a intubaçäo traqueal e a incisäo torácica. Os resultados sugerem que o etomidato, combinado ao fentanil, constitui alternativa válida para a induçäo da anestesia em cardiopatas submetidos a cirurgia cardíaca

Infusäo contínua de alfentanil em técnica anestésica para cirurgias abdominais de longa duraçäo / Continuous infusion of alfentanyl in Anesthesic technique of long-lasting abdominal surgeries

Foram observadas as características da anestesia obtida com infusäo contínua de alfentanil associada ao óxido nitroso 50%, em vinte pacientes submetidos a cirurgias abdominais de longa duraçäo. A velocidade média de infusäo necessária para manter analgesia cirúrgica foi significativamente maior na primeira hora (1,39 + ou - 0,34 micron.kg**-1. min**-1) do que na segunda (0,85 + ou - 0,22 micron.kg**-1. min**-1) e na terceira (0,78 + ou - 0,19 micron.kg**-1. min**-1). A técnica proporcionou notável estabilidade cardiovascular. Ocorreu apnéia após interrupçäo da infusäo, ao final do procedimento, em 20% dos pacientes, obrigando ao uso de narcótico antagonista. Os autores chamam a atençäo para o fato de que o anestesiologista deve estar preparado para tratar eventual depressäo ventilatória no pós-operatório imediato

Controle da dor pós-operatória em cirurgia cardíaca: morfina peridural / Postoperative pain control in heart surgery: peridural morphine

Foi administrada morfina peridural a 80 pacientes adultos de ambos os sexos submetidos à cirurgia cardíaca com CEC. No grupo I 40 pacientes receberam 0,04 mg.kg**-1 e no grupo II outros 40 receberam 0,08 mg.kg**-1, após punçäo do espaço peridural a nível lombar, antes da induçäo. Utilizou-se técnica de anestesia balanceada com diazepam - fentanil - enflurano - pancurônio em todos os casos. Obteve-se analgesia pós-operatória satisfatória por 24 horas ou mais em 82,5% dos pacientes no grupo I e em 85,0% no grupo II. O intervalo de tempo entre a injeçäo de morfina e a extubaçäo traqueal na UTI foi em média 9,8 + ou - 2,0 h no grupo I e 10,1 + ou - 2,2 h no grupo II. Efeitos colaterais observados: pruridos 7,5% no grupo I e 17,5% no grupo II; vômitos 10,0% no grupo I e 22,5% no grupo II. Os autores concluem que: 1) a injeçäo de morfina peridural na dose de 0,04 mg.kg**-1 a nível lombar proporciona analgesia pós-operatória em alta porcentagem de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca; 2) aumentando-se a dose do narcótico, aumenta a incidência de efeitos colaterais sem ganho importante na freqüência e na qualidade da analgesia