RESUMEN
Com o objetivo de verificar os progressos na etiopatogenia e fisiopatologia da pancreatite aguda e as tendências atuais em seu tratamento, apresentamos uma revisäo de trabalhos publicados recentemente sobre esses temas. Em 60 a 80 por cento dos casos, a pancreatite aguda está associada à litíase biliar ou ao consumo de etanol. Entretanto, a cada dia novos fatores säo associados a essa doença. Os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelo seu desencadeamento näo estäo bem determinados. Várias teorias säo propostas. A mais recente associa as lesöes pancreáticas à liberaçäo de radicais livres de oxigênio provenientes do metabolismo celular. Näo há um tratamento específico para a pancreatite aguda. Nos casos leves, as primeiras medidas terapeuticas säo a suspensäo da ingesta oral, analgesia e, se necessário, hidrataçäo venosa. Nos pacientes mais graves säo necessários cuidados intensivos. O tratamento cirúrgico precoce está indicado apenas em situaçöes de urgência. Tardiamente, a decisäo para tratamento cirúrgico deve ser baseada em dados clínicos, morfológicos e bacteriológicos.