RESUMEN
A macrossomia fetal tem crescente incidência, sendo relacionada ao sobrepeso materno, ganho de peso excessivo na gravidez e diabetes mellitus gestacional (DMG). A morbimortalidade materna e fetal elevada envolve fatores como hiperglicemia, hiperinsulinemia, presença de co-morbidades e complicações agudas e crônicas próprias do diabetes mellitus. A macrossomia tem repercussões fetais importantes, como o aumento do risco de óbito fetal e complicações como tocotraumatismo, distócias, hipoglicemia neonatal, miocardiopatia hipertrófica, malformações e trombose vascular. As conseqüências maternas observadas são: elevada taxa de cesárea, laceração perineal extensa, hemorragia pós-parto e tempo prolongado de hospitalização. Controle metabólico durante o pré-natal, dieta, exercícios físicos, uso de insulina e interrupção da gravidez com 38 semanas são estratégias utilizadas com o intuito de prevenir esta morbidade. O conhecimento dos fatores de risco possibilita o rastreio e diagnóstico precoce do diabetes gestacional para que, estabelecida uma terapêutica eficaz e individualizada, a grávida seja mantida em euglicemia, prevenindo assim, a ocorrência da macrossomia e suas implicações
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Diabetes Gestacional , Macrosomía Fetal , Hiperglucemia , Obesidad , Factores de Riesgo , Aumento de Peso , Mortalidad Infantil , Mortalidad MaternaRESUMEN
O crescimento fetal excessivo ou macrossomia tem etiologia multifatorial e pode ser o responsável por várias intercorrências no decurso da gestação, como: asfixia e hipoglicemia neonatal, abortamento e distocia de ombro. Estas são muito nocivas tanto para mãe como para o feto, além de aumentarem o risco para o recém nascido desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 na adolescência. Uma das principais causas de macrossomia é a resistência periférica à insulina, devido ao diabetes gestacional. Os fetos macrossômicos que nascem de gravidez com diabetes, freqüentemente apresentam assimetria; entretanto, ainda são avaliados apenas em termos de peso ao nascer e não por características antropométricas que possam sugerir desproporção. O reconhecimento desta intercorrência clínica na gravidez tem especial importância na prevenção de complicações maternas e fetais. Os autores discutem a sensibilidade e a reprodutibilidade dos principais exames utilizados no diagnóstico precoce desta entidade.