RESUMEN
A Esclerose sistêmica é uma afecção rara de etiologia e patogênese desconhecida, caracterizada por um processo autoimune. Frequentemente atinge o sistema estomatognático. Objetivo: Comparar avaliação clínica e eletromiográfica de um sujeito com esclerose sistêmica (S1) e outro sem doença reumática (S2). Método: Estudo exploratório clínico, descritivo, composto por dois sujeitos de 26 anos de idade, do gênero feminino. A avaliação clínica foi realizada nos Laboratórios de Motricidade Orofacial e de Fisiologia da Universidade Federal de Sergipe. Utilizou-se parcialmente o Protocolo MBGR. O registro da atividade elétrica nas hemifaces por meio da eletromiografia de superfície, com enfoque na mastigação, foi realizado em repouso e na máxima intercuspidação. Resultados: A avaliação clínica revelou restrição na abertura de boca do sujeito com doença reumática de S1 (24,5mm) comparada com 49,0mm de S2. Observou-se postura habitual de lábios entreabertos, palato ósseo com profundidade aumentada, largura reduzida e ausências dentárias. Alteração na mobilidade e tonicidade dos órgãos fonoarticulatórios. O padrão mastigatório foi unilateral, velocidade diminuída e contração atípica de mentual. Deglutição com acentuada contração de mentual e presença de resíduos após a deglutição em S1. Essas alterações não foram observadas em S2. Quanto ao registro eletromiográfico evidenciou-se em S1 maior atividade elétrica para realizar a mastigação, quando comparado com S2. Conclusão: Evidenciaram-se alterações significativas na avaliação clínica e na atividade elétrica da mastigação relacionadas ao sistema estomatognático no sujeito com esclerose sistêmica.
Systemic sclerosis is a rare disease of unknown etiology and pathogenesis, characterized by an autoimmune process. It often affects the stomatognathic system. Objective: To compare clinical and electromyographic evaluation of a subject with systemic sclerosis (S1) and one without rheumatic disease (S2). Methods: Clinical, descriptive exploratory study consisted of two female subjects with 26 years old. The clinical evaluation was performed in the Orofacial Motricity and Physiology Laboratory of the Federal University of Sergipe. We partially used the MBGR protocol. The recording of the electrical activity in the hemifaces by surface electromyography, focusing on chewing, was performed at rest and at maximum intercuspation. Results: The clinical evaluation showed restraint in the subject's mouth opening with S1 rheumatic disease (24,5mm) compared to 49,0mm in S2. It was observed a normal posture of parted lips, bony palate with increased depth, reduced width and dental absence. Change in mobility and tone of the speech organs. The masticatory pattern was unilateral, with decreased speed and atypical contraction of the mentual. Swallowing with sharp contraction of the mentual and the presence of residue after swallowing in S1. These changes were not observed in S2. Regarding the electromyographic register, S1 showed a higher electrical activity to accomplish chewing when compared to S2. Conclusion: Significant alterations in the clinical evaluation and electric chewing activity related to the stomatognathic system in the subject with systemic sclerosis.
Esclerosis sistémica es una enfermedad rara de etiología y patogénesis desconocida, caracterizada por proceso autoinmune. Con frecuencia afecta el sistema estomatognático. Objetivo: Comparar evaluación clínica y electromiográfica de un sujeto con esclerosis sistémica (S1) y uno sin enfermedad reumática (S2). Metodo: Estudo de exploración clínica, descriptivo, compuesto por dos sujetos de 26 años de edad, sexo femenino. La evaluación clínica se realizó en el Laboratorio de Motricidad Orofacial y Fisiología de la Universidad Federal de Sergipe. Utilizó parcialmente protocolo MBGR. El registro de la actividad eléctrica en hemifaces por electromiografía de superficie, centrándose en la masticación, se realizó en reposo y con la máxima intercuspidación. Resultados: Mostró moderación en la apertura de la boca del sujeto con enfermedad reumática S1 (24,5mm) en comparación con 49,0mm de S2. Se observó postura normal de labios entreabiertos, paladar óseo con un aumento de la profundidad, reducción de anchura y ausencia dental. Cambio en la movilidad y el tono de los órganos del habla. El estándar masticatorio era unilateral, disminución de la velocidad y contracción atípico de mentual. La ingestión con fuerte contracción mentual y la presencia de residuo después de tragar en S1. Estos cambios no se observaron en S2. En cuanto el registro electromiográfico S1 mostró una mayor actividad eléctrica para llevar a cabo la masticación, en comparación con S2. Conclusion: Se presentaron cambios significativos en la evaluación clínica y la actividad eléctrica de masticar relacionada con el sistema estomatognático en el sujeto con esclerosis sistémica.
Asunto(s)
Humanos , Diagnóstico Clínico , Masticación , Reumatología , Esclerodermia Sistémica , FonoaudiologíaRESUMEN
Esclerose Sistêmica é uma doença multissistêmica crônica que faz parte do grupo de distúrbios autoimunes sistêmicos, progressiva, rara, de etiologia desconhecida. Atinge órgãos nobres e os tecidos periorais, causando hipertonia dos órgãos fonoarticulatórios, face com aparência de máscara, dificuldade na mastigação, desordem na deglutição e limitação na abertura da boca. Objetivo: Mensurar a amplitude máxima de abertura de boca de sujeitos com Esclerose Sistêmica. Métodos: Estudo clínico exploratório, não randomizado e controlado. Participaram 20 sujeitos (10 do grupo de estudo com esclerose sistêmica e 10 do grupo controle), de ambos os gêneros, do serviço de Reumatologia de um Hospital Universitário. Para a mensuração da abertura máxima de boca foi utilizado paquímetro digital. Verificou-se a distância interincisiva máxima na visão frontal. Neste estudo, optou-se pelo índice de normalidade com valores de 45 milímetros. Aplicou-se o teste T-Independente (p de 5%). Resultados: A maioria da amostra foi composta pelo gênero feminino (90%), com idades entre 23 e 64 anos. No grupo de estudo a variação na abertura máxima de boca ocorreu entre 24,5 e 46,7mm (média: 36,7mm ± 7,17) enquanto no grupo controle a média foi de 46,5mm. Conclusão: Evidências significativas de diminuição da amplitude máxima de abertura de boca no grupo de estudo quando comparado ao controle, evidenciando a necessidade de mais estudos na área.
Systemic sclerosis is a chronic multisystemic disease that is part of the group of systemic autoimmune disorders, rare, progressive, of unknown etiology. It reaches vital organs and perioral tissues, causing hypertonia of the speech organs, face with the appearance of a mask, difficulty in chewing, swallowing disorder and limitation of mouth opening. Objective: To measure the maximum amplitude of mouth opening of subjects with systemic sclerosis. Methods: A not randomized and controlled, exploratory clinical study. 20 subjects participated (10 of the study group with Systemic Sclerosis and 10 of the control group), of both genders, from the Rheumatology Service of a University Hospital. For the measurement of maximum mouth opening, it was used a digital caliper. It was checked the maximum interincisal distance in the front view. In this study, we chose the normalized index with values of 45 mm. The T-Independent test (p of 5%) was applied. Results: Most of the sample consisted of female subjects (90%), aged between 23 and 64 years old. The variation in maximum mouth opening was between 24,5 mm and 46,7 mm (an average of 36,7 mm ± 7,17), while, in the control group, the average was 46,5 mm. Conclusion: Significant evidences about the decrease of the maximum amplitude of mouth opening in the studied group when compared with the control group, highlighting the need to more studies in the area.
Esclerosis Sistémica es una enfermedad crónica multissitemica que hace parte del grupo de trastornos autoinmunes sistémicos, progresivo, raro, de etiología desconocida. Llega a órganos vitales y a los tejidos periorales, causando hipertonia en los órganos fonoarticulatórios, (la) cara con apariencia de mascara, dificultad en la masticación, desorden en la deglución y limitación en la apertura bucal. Objetivo: Medir la amplitud máxima de la apertura bucal de sujetos con Esclerosis Sistémica. Métodos: Ensayo clínico exploratorio, no aleatorizado y controlado. Participaron 20 sujetos (10 en el grupo de estudio con esclerosis sistémica y 10 en el grupo control), de ambos sexos, del servicio de Reumatología de un Hospital Universitario. Para la medición de la apertura bucal máxima se utilizó calibrador digital. Se ha encontrado la distancia interincisal máxima en vista frontal. En este estudio, se optó por índice de normalidad con valores de 45 mm. Se aplicó a la prueba T-independiente (p de 5%). Resultados: La mayor parte de la muestra fue compuesta por mujeres (90%), con edades comprendidas entre 23 y 64 años. En el grupo de estudio, la variación en la apertura máxima boca fue entre 24,5 y 46,7mm (media: 36,7 ± 7,17mm), en el grupo control la media fue de 46,5mm. Conclusión: Evidencias significativas de la disminución de la amplitud máxima de la apertura bucal en el grupo de estudio en comparación con los controles, lo que sugiere la necesidad de más estudios en el área.