Síndrome de Chilaiditi associada a volvo do colo transverso / Chilaiditi syndrome associated with volvulus of the transverse colon

A interposiçäo do colo entre o fígado e a cúpula diafragmática (síndrome de Chilaiditi), associada a volvo intermitente do colo transverso, é uma causa rara de obstruçäo intestinal mecânica, cujo diagnóstico é difícil. Apresentamos o caso de um paciente sintomático desde a infância, no qual o diagnóstico foi sugerido por meio de estudos radiológicos e confirmado por cirurgia, no Hospital Universitário de Taubaté. Submetido a transversectomia, evoluiu com obstruçäo intestinal pós-operatória, sendo submetido a duas reoperaçöes. Encontra-se bem até o momento, em acompanhamento ambulatorial

Influência da sutura peritoneal na formaçäo de aderências na cicatriz cirúrgica de incisöes abdominais: estudo experimental no cäo / Influence of peritoneal suturing on adhesion formation at the scar of the laparotomy wound: experimental study in dogs

Submetemos 12 cäes a laparotomias medianas anterior e posterior à cicatriz umbilical e, no fechamento das incisöes, no mesmo cäo, altenamos a sutura ou näo do peritônio, mantendo cada cäo como controle de si próprio. Após 10 dias notamos que houve fechamento peritoneal completo em todos os animais, com ou sem sutura peritoneal. em cinco cäes havia aderências somente na incisäo em que o peritônio näo havia sido suturado. A análise estatística mostrou ser significante a maior presença de aderências nos casos em que o peritônio näo havia sido suturado

Influência da hipovolemia na evoluçäo da pancreatite aguda edematosa em ratos / Influence of hypovolemic shock on the evolution of acute edematons pancreatitis in rats

A isquemia pancreática tem sido considerada por diversos autores como um fator de agravamento da pancreatite aguda edematosa. Para sua avaliaçäo, o presente trabalho estudou experimentalmente em ratos, o papel da isquemia pancreática na evoluçäo dessa doença. A pancreatite foi provocada pela ligadura do ducto bilio-pancreático dos ratos, associada ou näo à grave choque hemorrágico. Foram constituidos 4 grupos de animais: A) ligadura do ducto bílio-pancreático por quatro horas e choque por mais quatro horas; B) ligadura do ducto bílio-pancreático por oito horas; C) ligadura do ducto bílio-pancreático por oito horas e, posteriormente, choque hemorrágico por quatro horas; D) ligadura do ducto bílio-pancreático por 12 horas. Foram analisados os achados macroscópicos na cavidade peritoneal e as alteraçöes anátomo-patológicas do pâncreas. Foram realizados estudos comparativos entre os grupos A e B, e os grupos C e D. Os achados macroscópicos na cavidade peritoneal Foram analisados pela frequência de líquido ascítico e pela ocorrência de edema subcapsular pancreático, focos de hemorragia e necrose gordurosa. As alteraçöes microscópicas no tecido pancreático variam de edema interlobular e exsudato inflamatório a necrose lobular. Os resultados obtidos mostraram que o líquido ascítico ocorre principalmente às primeiras horas da doença e, com maior frequência, nos animais näo submetidos ao choque hemorrágico. Näo houve diferenças substanciais nos achados macroscópicos analisados nos grupos de animais submetidos ou näo ao choque hipovolêmico, assim como nos achados microscópicos do tecido pancreático. Comparando-se as alteraçöes macro e microscópicas, no mesmo grupo de ratos, as lesöes mais intensas localizaram-se mais frequentemente no segmento duodenal. Conclui-se que, em ratos, näo há influência do choque hemorrágico na evoluçäo da pancreatite aguda edematosa

Conduta na rotura pancreática isolada, por contusäo abdominal / Management in isolated pancreatic rupture, by abdominal blunt injury

A rotura pancreática isolada no trauma abdominal é pouco freqüente, em conseqüência, principalmente, da posiçäo retroperitoneal ocupada pelo pâncreas. Apresenta-se a casuística de três casos de rotura pancreática isolada, após contusäo abdominal. Relatam-se as dificuldades diagnósticas pré-operatórias, chamando a atençäo para a importância do traumatismo causal direto na regiäo do epigástrio/mesogástrico e para as manifestaçöes clínicas iniciais discretas. Em dois dos três casos, a rotura foi reconhecida e do tratamento resultaram fístulas pancreáticas de alto débito. No outro caso, o desconhecimento da rotura levou à formaçäo de pseudocisto traumático, que necessitou, para seu tratamento, de drenagem externa. Das três fístulas resultantes, apenas uma, a que näo tinha lesäo do ducto pancreátrico principal, fechou-se espontaneamente. As outras duas fístulas foram tratadas com pancreatectomia corpo-caudal, evoluindo os pacientes para a cura. Discutem-se a importância e o papel desempenhado, na sua casuística, pelos exames de imagem, na identificaçäo da rotura do canal pancreático principal

Cistoadenoma do pâncreas: aspectos do diagnóstico e da conduta cirúrgica adotados em três casos / Cystadenoma of the pancreas: aspects of the diagnosis and surgical management adopted in 3 cases

Säo relatados três casos de cistoadenoma do pâncreas, sendo dois do tipo seroso e um mucinoso. Para o esclarecimento diagnóstico desses casos, a tomografia computadorizada e a ultra-sonografia foram os exames que melhores subsídios trouxeram. No tratamento desses pacientes foram adotadas condutas diversas, em funçäo da localizaçäo do tumor, do tipo histológico e das condiçöes gerais. No primeiro caso, o paciente era idoso e apresentava obstruçäo biliar, em conseqüência da localizaçäo do tumor na cabeça do pâncreas. Neste paciente optou-se por uma derivaçäo bílio-digestiva apenas, para o restabelecimento do fluxo biliar. Nos outros casos, observados em pacientes mais jovens, a principal manifestaçäo era o aumento de volume do epi-mesogástrio, localizando-se o tumor no corpo e cauda do pâncreas. Nestas circunstâncias, optou-se pela pancreatectomia do corpo e esplenectomia. Embora nos cistoadenomas pancreáticos a ressecçäo seja a conduta de escolha, a variedade serosa, como em um dos casos aqui relatados, admite condutas outras, devido ao fato de näo apresentar potencial de malignizaçäo, como ocorre na variedade mucinosa