RESUMEN
Objetivo: Analisar o comportamento do sistema cardiovascular de pacientes hemiplégicos crônicos, durante exercícios físicos em grupo, e correlacionar esse comportamento com a intensidade com que são executados.Método: Foram analisados dados de 23 hemiplégicos crônicos, freqüentadores do Projeto Hemiplegiadesenvolvido na FCT/UNESP. Para coleta dos dados as sessões deste projeto foram divididas em quatro fases: repouso, sentado, em pé e sentado1. A freqüência cardíaca foi registrada batimento a batimento durante toda a sessão por meio de um freqüencímetro Polar S810 e a pressão arterial verificada indiretamente ao final das fases da sessão. A escala de Borg e a reserva de freqüência cardíaca (RCF) foram coletadas nas fases: sentado, em pé e sentado1. A variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) foi analisada no domínio do tempo nas quatro fases da sessão. Análise de variância para medidas repetidas seguida da aplicação do teste de Tukey foi utilizada para análise dos dados (p < 0,05). Resultados: Ocorreram diferenças significativas da freqüência cardíaca entre os valores da fase de repouso em comparação com as fases sentado e em pé e da fase sentado1 com a fase em pé. O índice de VFC apresentou diferenças entre as fases sentado e sentado1.Diferenças significativas foram observadas com a pressão arterial sistólica, quando comparada às atividades realizadas na fase em pé com as fases de repouso e sentado, enquanto que a pressão arterial diastólica não apresentou diferença significativa entre as fases. Os valores médios da escala de Borg foram nas fases sentado, em pé e sentado1: 8,0; 10,5 e 9,0, respectivamente, sendo significativos entre as fases sentado e em pé e a RCF apresentou valores significativos comparando a fase em pé com as fases sentado e sentado1.Conclusão: Os resultados permitem concluir que as atividades realizadas, apesar da baixa intensidade,produzem modificações significativas do sistema cardiovascular em hemiplégicos crônicos.