RESUMEN
Os autores apresentam os resultados do estudo retrospectivo de 20 pacientes diplégicos portadores de paralisia cerebral (PC) espástica e deformidades em eqüino, tratados pela injeçäo de toxina botulínica tipo A em músculos gastrocnêmios. Treze eram do sexo masculino e sete do feminino. A idade dos pacientes variou de três anos e um mês a 13 anos e seis meses, com a média de seis anos e oito meses. Todos eram deambuladores comunitários ou domiciliares e atendiam a protocolo de fisioterapia. Foram realizadas avaliações clínicas da marcha, grau de mobilidade dos tornozelos e uso de órteses suropodálicas - pré-tratamento, dois meses após a aplicaçäo da toxina botulínica e na avaliaçäo final. A melhora funcional foi avaliada pelo grau de mobilidade dos tornozelos, análise observacional de marcha e facilitaçäo no uso de órteses suropodálicas. A análise estatística dos resultados obtidos mostrou que a injeçäo intramuscular de toxina botulínica do tipo A em músculos gastrocnêmios, seguida de tratamento fisioterápico de apoio e utilizaçäo de órteses, aumentou o grau de mobilidade, melhorou o padräo de marcha e facilitou a utilizaçäo de goteiras suropodálicas, sem a ocorrência de efeitos colaterais. Baseados nesses resultados, os autores concluem que a injeçäo de toxina botulínica do tipo A em músculos gastrocnêmios é um método eficaz no tratamento de pacientes portadores de PC do tipo diplégico espástico com deformidade em eqüino