RESUMEN
Este trabalho objetivou a avaliação da presença ou não da assimetria do côndilo e do ramo mandibular decorrente das adaptações funcionais, em pacientes com mordida cruzada. Esta assimetria foi mensurada em radiografias panorâmicas, sendo depois comparadas com dados obtidos em jovens com oclusão normal. A amostra constou de 61 jovens divididos em dois grupos, sendo o primeiro grupo (controle) composto por 31 jovens com oclusão normal (12 do gênero masculino e 19 do feminino, com idade variando de 12 anos e 11 meses a 18 anos e 11 meses, com idade média de 14 anos e 6 meses) e o segundo grupo (experimental), composto por 30 jovens com mordida cruzada posterior (15 pacientes com mordida cruzada posterior direita e 15 pacientes com mordida cruzada posterior esquerda, sendo 12 do gênero masculino e 18 do feminino, com idade variando de 13 anos e 11 meses a 23 anos e 2 meses, com idade média de 17 anos e 9 meses). Foram tomadas radiografias panorâmicas de todos os jovens, sendo avaliadas as assimetrias presentes ou não nos dois grupos. Os resultados indicaram a presença de assimetria do côndilo, estatisticamente significante, no grupo com mordida cruzada, embora alguns jovens com oclusão normal também a tenham demonstrado. Observou-se uma correlação significativa entre o lado da mordida cruzada e o lado maior da assimetria condilar, demonstrando um côndilo de comprimento maior no lado oposto ao lado da mordida cruzada. O ramo mandibular não contribuiu significativamente para a assimetria nos pacientes com mordida cruzada