RESUMEN
Resumo Paralelamente à pandemia de covid-19, a Organização Mundial da Saúde alerta para uma infodemia de fake news relacionadas à doença. Objetiva-se, neste trabalho, conhecer a dimensão do fenômeno e alguns caminhos já identificados pela ciência para enfrentá-lo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases Scopus/Elsevier e Medline/PubMed, que incluiu 23 artigos. Por meio de análise da literatura, identificou-se que fake news oferecem falso suporte social e mobilizam sentimentos capazes de torná-las mais aceitáveis do que notícias verdadeiras. Dessa forma, as redes sociais e a internet despontam como plataformas disseminadoras de informações falsas. As pesquisas sugerem que instituições governamentais e midiáticas podem utilizar os canais de comunicação como aliados, com tecnologias de monitoramento e infovigilância para alertar, esclarecer e remover conteúdo enganoso. Também deve haver investimentos em ações de alfabetização científica e digital, de forma que as pessoas tenham condições de avaliar a qualidade das informações recebidas. Propõe-se a adoção de estratégias criativas, que despertem a capacidade de raciocínio, aliadas a informações científicas traduzidas em linguagem acessível, de preferência com aprovação de autoridades sanitárias e institucionais.
Abstract Parallel to the covid-19 pandemic, the World Health Organization warns of an infodemic of fake news related to the disease. This integrative review investigates the dimension of this phenomenon and how science found ways to confront it. A bibliographic search was conducted on the Scopus/Elsevier and Medline/PubMed databases, retrieving 23 articles. Literature analysis found that fake news provide false social support and mobilize feelings which make them more acceptable than the truth. Hence, social media and the internet emerge as platforms to spread false information. Research suggests that government and media institutions can use communication channels and monitoring and infoveillance technologies as allies to alert, elucidate, and remove misleading content. We find the need of investments in scientific and digital literacy actions so people may assess the quality of the information they receive. Finally, this study proposes the adoption of creative strategies to foster reasoning skills together with scientific information translated into an accessible language, preferably approved by health and institutional authorities.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Ciencia , Medios de Comunicación Sociales , COVID-19 , DesinformaciónRESUMEN
Resumo O artigo apresenta um estudo exploratório descritivo sobre habilidades de Comunicação de Más Notícias (CMN) de internos de Medicina. Investigou-se a percepção discente sobre aprendizagem para CMN com delineamento transversal e abordagem mista. Houve aplicação de questionário, obtendo 176 participantes, e grupo focal com 12 estudantes. Os dados foram analisados pelo cálculo das médias e desvios-padrão para variáveis quantitativas e as falas do grupo focal foram submetidas à Análise de Conteúdo. Observou-se o dobro da frequência com mais habilidade para CMN no grupo que teve treinamento em comparação ao que não teve. No manejo da CMN, considerou-se mais difícil "ser honesto, sem tirar a esperança" (69%) e "lidar com a emoção do paciente" (59%). 99,4% conheciam o protocolo SPIKES, destes 41,5% consideraram a expressão de emoções sua etapa mais difícil. A comunicação e o manejo das emoções foram apontados como desafios na relação médico-paciente, com déficits no ensino de CMN. Obteve-se que a CMN não se limita à técnica, mas envolve atitudes que precisam ser abordadas com metodologias diversas, assim como requerem a implementação de políticas de educação na área médica, sobretudo diante das demandas emergentes da pandemia de Covid-19.
Abstract The article presents an exploratory, descriptive study on Bad News Communication skills (CMN) of medical interns. The student's perception was on learning for the CMN was investigated with a cross-sectional design and a mixed approach. A questionnaire was applied, 176 participants were obtained, and a focus group was held with 12 students. The data were analyzed through the calculation of means and standard deviations for quantitative variables and the focus group reports were subjected to Content Analysis. It was observed that in the group that had training, compared to the one who did not, ocurred twice frequency with more skill for CMN. In the CMN's management, it was considered harder to be "honest without taking away hope" (69%) and "to deal with the patient's emotion" (59%). 99.4% knew the SPIKES protocol, of which 41.5% considered the expression of emotions as its most difficult stage. Communication and handling of emotions were pointed out as the main difficulties in the doctor-patient relationship, with deficits in the teaching of CMN. It was found that CMN is not limited to the technical issue, but it involves attitudes that need to be addressed with different methodologies, as well as the implementation of educational policies in the medical field, especially given the demands that emerges with the covid-19 pandemic.