RESUMEN
As paralisias faciais tardias acarretam grandes alteraçöes neurofisiológicas e de fibras musculares, sendo geralmente proporcionais ao tempo de paralisia facial, trazendo, por isso, dificuldades na sua reabilitaçäo. A eletromiografia e a biopsia muscular säo os exames-chaves para determinar qual o método ideal a ser utilizado na reabilitaçäo facial, ou seja, através de reinervaçäo (enxerto autôgeno de nervo, anastomose hipoflosso-facial) ou de transposiçäo muscular. A transposiçäo muscular é indicada quando: 1. Inadequaçäo do sistema neuromuscular facial periférico; 2. Inviabilidade do coto central do nervo facial, para que se possa fazer a anastomose, ou quando o paciente se recusa a ter o nervo hipoglosso sacrificado na anastomose hipoglosso-facial; 4. Grau insatisfatório de melhora no paciente que tenha sofrido reparo no nervo, enxerto, anastomose hipoglosso-facial e/ou enxerto fásico-facial. Tratamos com a técnica de transposiçäo do músculo temporal cinco pacientes portadores de paralisia perférica unilateral,com idades variando entre 10 e 62 anos, sendo quatro do sexo masculino e um do sexo feminino. As paralisias faciais tinham tempo de duraçäo de dois a dez anos. A etiologia da paralisia facial nos cinco pacientes foram: congênita, traumática, tumoral e iatrogênica. Os resultados da transposiçäo muscular säo baseados na movimentaçäo dos esfíncteres da boca e das pálpebras (excelente, bom, razoável ou mau). O objetivo deste estudo é demonstrar a eficácia do emprego da transposiçäo do músculo temporal em cinco pacientes portadores de paralisia facial periférica unilateral tardia de etiologias variáveis