Aspectos relacionados ao hábito alimentar e estilo de vida de idosos acima de 80 anos e de seus familiares cuidadores em Veranópolis - RS / Aspects related to alimentary habit and life style of elderly over 80 years old and their careguiver in Veranópolis -RS

Muitas alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento e que contribuem para o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas podem estar associadas ao hábito alimentar e ao estilo de vida. Estudos populacionais sobre tais fatores são importantes para o estabelimento de programas preventivos. Os objetivos eram avaliar alguns aspectos relacionados ao hábito alimentar e estilo de vida dos idosos e de seus familiares cuidadores, a fim de relacioná-los com fatores de risco cardiovascular e envelhecimento. Estudo descritivo, transversal, com base em relatos, de 26 idosos participantes do Projeto Veranópolis - RS, e de seus familiares que convivem na mesma residência na área urbana deste município. Foi aplicado questionário contendo questões para identificação, estilo de vida e inquérito alimentar (recordatório de 24 horas e frequencia alimentar). De uma forma geral, os componentes da dieta habitual foram similares em idosos e cuidadores, mostrando a homogeneidade cultural e genética desta população. Para os dois grupos, o hábito alimentar e estilo de vida foram favoráveis justificando, em parte, a baixa frequencia de mortes por DCV em idosos com idade acima de 80 anos.

Avanços, perspectivas e uso potencial da genética na longevidade e saúde: uma análise / Advances, perspectives and potencial use of the genetic of longevity on the health: a analysis

O objetivo do presente artigo foi analisar questões relevantes sobre a genética das doenças não transmissíveis e da longevidade humana, e o seu uso potencial na prática clínica. Foram realizadas compilações bibliográficas (n=50) sobre revisões publicadas em revistas indexadas no MEDLINE entre 1990 a 2001 que envolvessem os seguintes temas: genética e longevidade, genética e envelhecimento, genética e doenças crônico-degenerativas. A revisão feita sugere que a genética possui um papel fundamental na gênese de doenças crônico-degenerativas e na extensão da longevidade humana. Entretanto, sua influência é, na maioria dos casos, dependente de fatores ambientais relacionados. Neste caso, determinar e avaliar a interação gene-ambiente é uma tarefa difícil considerando-se que populações humanas vivem em meios culturais, sociais e ambientais diversos. Deste modo, faz-se necessário o desenvolvimento e ampliação de modelos matemáticos que analisem tais interações, como os propostos por autores como Ruth Ottman, que possam ser comprovados a partir de estudos de coorte e que forneçam subsídios para a sua aplicação tanto na clínica preventiva quanto na terapêutica.