RESUMEN
Objetivo: descrever a atuação de médicos e enfermeiros no atendimento de emergência ao paciente hemofílico. Metodologia: estudo exploratório e qualitativo, realizado com enfermeiros e médicos do setor de emergência de uma Unidade Hospitalar de referência e de uma Unidade de Pronto Atendimento na região Centro-Sul do Ceará. Os dados foram coletados em setembro e outubro de 2018 por meio de questionário semiestruturado composto por questões abertas e fechadas. As respostas foram submetidas à análise de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: evidenciou-se uma fragilidade no conhecimento dos profissionais acerca da hemofilia e uma insuficiência no suporte das unidades para oferta do cuidado ao hemofílico. As unidades não possuem um protocolo de atendimento para atender esses pacientes, dificultando a execução do cuidado direcionado ao hemofílico. A falta de capacitação dos profissionais, medicamentos específicos para hemofilia e de hematologista na equipe constituem dificuldades em ofertar a assistência. Conclusão: o estudo identificou a necessidade de educação permanente em saúde no atendimento aos pacientes hemofílicos, desburocratizar e tornar menos fragmentado o cuidado em redes, com vista a garantir a integralidade do cuidado.
Objective: to describe the role of doctors and nurses in emergency care for hemophiliac patients. Methodology: exploratory and qualitative research, carried out with nurses and doctors in the emergency department of a referral Hospital Unit and an Emergency Care Unit in the Center-South region of Ceará. Data collection took place from September to October 2018 using a semi-structured questionnaire composed of open and objective questions. The responses were submitted to content analysis. The study was approved by the Ethics Committee. Results: there was a weakness in the professionals' expertise about hemophilia and insufficiency in the support of units to provide care to the hemophiliac. The units do not have a flow protocol to assist these patients, making it difficult to carry out care directed to hemophiliacs. The lack of training of professionals, specific medications for hemophilia and a hematologist in the team represent difficulties in assisting. Conclusion: the research identified the need for permanent health education in the care of hemophiliac patients, reducing bureaucracy and making care in networks less fragmented, aimed at guaranteeing comprehensive care