RESUMEN
Foi realizada avaliaçäo imunológica em 48 indivíduos com história pregressa de leishmaniose visceral (L.V.) e em seis pacientes durante a fase aguda da doença e após o tratamento. Títulos significativos de anticorpos determinados pela técnica de imunofluorescência e/ou ELISA foram observados em 32 (67%) dos 48 casos. A avaliaçäo da resposta imune humoral e celular nos seis pacientes durante a fase ativa da doença demonstrou títulos elevados de anticorpos (média 9536 + ou - 7169) e resposta linfoproliferativa ausente (323 + ou - 24). Após o tratamento (3 e 6 meses) os títulos de anticorpos só caíram em três dos seis pacientes, ao passo que linfócitos passaram a responder "in vitro" a antígenos de leishmânia (11909 + ou - 5637). Estes dados demonstram que os indivíduos que adquirem leishmaniose visceral näo säo geneticamente incapacitados de responder a antígeno de leishmânia e que a persistência de títulos elevados de anticorpos anos após o tratamento, sugere que o parasita permaneça no hospedeiro após a cura clínica da doença