RESUMEN
RESUMO Objetivo: Identificar os fatores de base que afetam a ressuscitação com fluidos em pacientes sépticos. Métodos: Estudo de caso-controle com 181 pacientes consecutivos admitidos a uma unidade de terapia intensiva clínica entre 2012 e 2016 com diagnóstico de sepse. Analisaram-se os dados demográficos, clínicos, radiológicos e laboratoriais. Resultados: Receberam volume ≥ 30mL/kg de fluidos por via endovenosa quando da admissão 130 pacientes (72%). Nas análises univariadas, histórico pregresso de doença arterial coronária e insuficiência cardíaca se associou com menor volume de terapia com fluidos. Nas análises multivariadas, um histórico de insuficiência cardíaca (RC = 2,31; IC95% 1,04 - 5,14) permaneceu significantemente associado com o recebimento de menor volume de fluidos por via endovenosa. A fração de ejeção ventricular esquerda, a função sistólica/diastólica, hipertrofia ventricular esquerda e hipertensão pulmonar não se associaram com a quantidade de fluidos por via endovenosa. A quantidade de fluidos administrados por via endovenosa não se associou com diferenças em termos de mortalidade. Durante as primeiras 24 horas, pacientes com antecedentes de insuficiência cardíaca receberam 2.900mL de fluidos endovenosos (1.688 - 4.714mL) em comparação com 3.977mL (2.500 - 6.200mL) recebidos pelos pacientes sem histórico de insuficiência cardíaca (p = 0,02). Conclusão: Pacientes sépticos com história pregressa de insuficiência cardíaca receberam 1L de fluidos por via endovenosa a menos nas primeiras 24 horas, sem diferenças em termos de mortalidade.
ABSTRACT Objective: To identify the underlying factors that affect fluid resuscitation in septic patients. Methods: The present study was a case-control study of 181 consecutive patients admitted to a Medical Intensive Care Unit between 2012 and 2016 with a diagnosis of sepsis. Demographic, clinical, radiological and laboratory data were analyzed. Results: One hundred-thirty patients (72%) received ≥ 30mL/kg of IV fluids on admission. On univariate analyses, a past history of coronary artery disease and heart failure was associated with less fluid therapy. On multivariate analyses, a history of heart failure (OR = 2.31; 95%CI 1.04 - 5.14) remained significantly associated with receiving less IV fluids. Left ventricular ejection fraction, systolic/diastolic function, left ventricular hypertrophy and pulmonary hypertension were not associated with IV fluids. The amount of IV fluids was not associated with differences in mortality. During the first 24 hours, patients with a past history of heart failure received 2,900mLof IV fluids [1,688 - 4,714mL] versus 3,977mL [2,500 - 6,200mL] received by those without a history of heart failure, p = 0.02. Conclusion: Septic patients with a past history of heart failure received 1L less IV fluids in the first 24 hours with no difference in mortality.