RESUMEN
O objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito da depleção de testoterona na cicatrização de lesão cirúrgica cutânea em diferentes faixas etárias e distintos períodos pós-operatórios. Foram utilizados 42 ratos Wistar machos, distribuídos em 2 grupos: Grupo 1 (n=21) - ratos jovens, com 30 dias de vida e peso entre 55 e 80 gramas e Grupo 2 (n=21) - ratos adultos, entre 3 e 4 meses de idade e peso entre 250 e 350 gramas. Os animais de ambos os grupos foram distribuídos em dois subgrupos: Bubgrupo 1A (n= 11) - controle jovem, não operado; Subgrupo 1B (n= 10) - ratos jovens submetidos a orquiectommia bilateral; Subgrupo 2A (n=10) - controle adulto, não operado e e Subgrupo 2B(n=11) - ratos adultos submetidos a orquiectomia bilateral. Após seis meses, realisou-se incisão linear no dorso dos animais, atingindo a pele e o subcutâneo, em direção longitudinal mediana. A resistência das cicatrizes foi medida com um tensiômetro, utilizando um fragmento de pele transversal à cicatriz, tendo a cicatriz em sua parte média. Esse procedimento foi feito no 7º e no 21º dias após a realização das incisões. A resistência da cicatriz foi maior no Subgrupo 1A do que no Subgrupo 1B após 7 dias (p<0,05); a resistência cicatricial após 21 dias foi maior do que a encontrada após 7 dias em ambos os grupos (p<0,05). Não se verificou diferença entre as resistências cicatriciais dos ratos jovens e adultos. A orquiectomia bilateral diminuiu a resistência cicatricial nos animais jovens no 7º dia pós-operatório. Nos demais grupos, não se evidenciaram alterações na resistência cicatricial da pele decorrentes da deficiência de testosterona