Recidiva da hérnia incisional após o tratamento pela transposição peritonio-aponeurótica longitudinal bilateral / Recidivation of bilateral longitudinal peritoneum-aponeurotic transposition on incisional hernioplasty

OBJETIVO: Conhecer a incidência de recidiva de hernioplastia incisional pela transposição peritônio-aponeurótica longitudinal bilateral. PROCEDIMENTOS: Foi feito um levantamento dos pacientes que foram operados de hérnia incisional pela técnica de transposição peritônio-aponeurótica longitudinal bilateral. Cento e trinta e dois pacientes (80 do Hospital Universitário de Belo Horizonte, MG e 52 da clínica particular) foram acompanhados por período médio de 4 anos e 10 meses. Muitos dos pacientes eram obesos, porém todos tinham hérnias longitudinais de médio a grande volume. Três aspectos precisam ser ressaltados: o método para se alcançar a parede abdominal interna, a incisão aponeurótica posterior e os fios utilizados. RESULTADOS: Recidiva em 7,69 por cento dos pacientes do grupo operado por um cirurgião (clínica particular) e em 18,75 por cento dos pacientes do grupo operado por cirurgiões em treinamento (Hospital Universitário).

Uso do saco herniário autólogo no erforço das hernioplastias incisional e inguinal / Use of autologous hernia sac in the reinforcment of inguinal and incisional hernia plastic surgery

A carência de recursos protéticos em nosso mei .o, sua difícil aquisição e os maiores riscos no seu uso nos levaram ao emprego de uma plástica na correção da hérnia incisíonal longitudinal e que no evoluir das idéias e das experiências foi também estendido à hemiorrafia inguínal Trata-se do aproveitamento do saco hemiárío no reforço paríetal das hérnias incísional e ínguinal como uma prótese autóloga, inócua e que não demonstrou nenhum sinal de aumento de complicações. Analisamos os prontuários de 132 pacientes (31 homens e 1O1 mulheres) operados de hérnia incisional pela técnica da transposição peritônio-aponeurótíca bilateral (Transpaib) e que foram acompanhados no pós-operatório tardio. Todas as hérnias eram longitudinais e apresentavam volumes médios e grandes, predominando em pacientes obesos e com perda de domicílio. O tempo de controle variou de 6 meses a 22 anos, com média de quatro anos e dez meses. Os tempos opera- tórios foram padronizados, sem o uso prévio de pneumoperitônio. Houve uma taxa de recidiva média de 13,22 por cento e todos os pacientes apresentaram hérnias recidivadas peque- nas e nos ângulos da cicatriz bem menores do que as originais. Comparando os nossos resultados com a literatura, a técnica em estudo tem o menor índice de recidiva. Ela oferece uma excelente alternativa aos cirurgiões, é exeqüível, sem auxílios tecnológicos, pode ser realizada em qualquer ambiente modesto, mas responsável e por cirurgiões de experiência mediana. No tocante aos conhecimentos aplicados à hérnia inguinal, avan- çamos no estudo histopatológico e observamos que o saco hemiário é constituído de peritônio, tecido fibroso, colágeno, parte de aponeurose, fibras reticulares, elásticas e de músculo liso. Por isso tudo parece-nos que o melhor reforço é obtido à custa dos tecidos do próprio saco hemiário.