RESUMEN
Este estudo apresenta dados de cárie dentária, necessidades de tratamento e fluorose de oito municípios representativos da região de Campinas. A metodologia utilizada foi a proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1997), adaptada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. A amostra foi sistemática, sendo calculada por idade, admitindo um erro de desenho de 2 e perda amostral de 20 por cento (n=96 por idade). Foram calibrados 24 examinadores com porcentagem de concordância acima de 85 por cento para as variáveis pesquisadas. Na região de Campinas obteve-se 36,4 por cento de crianças livres de cárie aos 5 anos, e em Jundiaí e Valinhos estas porcentagens foram de 48,4 e 41 por cento, respectivamente. Aos 12 anos, o índice CPO-D da região foi de 4,1, sendo que em Jundiaí foi 2,3. Aos 18 anos, o CPO-D na região foi de 7,8 sendo que 75,5 por cento apresentavam todos dentes presentes. Nos municípios com água fluoretada, a proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos foi maior do que nos sem água fluoretada (p<0,05). Houve também uma maior proporção de necessidades aos 5 e 18 anos nos municípios sem fluoretação das águas (p<0,05). A prevalência de fluorose aos 12 anos foi de 3,9 por cento, sendo 4,8 e 2,8 nos municípios com e sem água fluoretada, respectivamente. As informações epidemiológicas produzidas permitiram avaliar a situação em relação às metas da OMS para o ano 2000, sendo que apenas alguns dados estavam próximos a estas metas, reforçando a necessidade de políticas públicas adequadas visando melhorar as condições de saúde bucal