RESUMEN
Os caninos impactados podem migrar da sua posição original, bem como os incisivos laterais e os segundos pré-molares. Entretanto, quando a coroa do dente ultrapassar a linha média, este fenômeno é conhecido como transmigração, fato que só acontece com os caninos retidos, tendo uma discreta predileção por mulheres, podendo este fenômeno acontecer bilateralmente. A sua incidência é maior na mandíbula, porém um caso de transmigração na maxila foi recentemente publicado. Não se sabe até o momento a causa deste fenômeno, porém duas hipóteses são mais aceitas: a primeira é que devido a um trauma na fase embrionária, o dente se deslocaria ou daria origem a algum processo patológico responsável pelo deslocamento dele e a segunda hipótese estaria relacionada a determinantes genéticos. A maioria dos pacientes é assintomática e o fenômeno da transmigração é descoberto nos exames de rotina, pela solicitação de uma radiografia panorâmica devido à ausência clínica do canino ou por documentações ortodônticas. O tratamento consiste na sua remoção, porém quando fatores contra-indicarem o procedimento cirúrgico, tais como: dificuldade de acesso, idade do paciente e doenças sistêmicas, deverá ser realizada preservação. Neste artigo, são apresentados sete casos de caninos transmigrados na mandíbula, em que os autores apresentam fotos clínicas, radiográficas e a conduta adotada para cada caso.