RESUMEN
ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the use of the first dose of antibiotics in the health care unit in children from the 2015 Pelotas Birth Cohort at 24 months. METHODS A total of 4,014 children were monitored. We used descriptive statistics and Poisson regression to analyze the association between socioeconomic and demographic variables, participation in daycare units, in the activities of the Pastoral da Criança and in the Primeira Infância Melhor program, low birth weight, hospitalization between 12 and 24 months, place of medical appointment, prevalence of medical appointment in the last 30 days, prescription of antibiotics, and administration of the first dose in the health care unit. RESULTS A total of 1,044 children had medical appointments in the last 30 days, of which 45% were prescribed antibiotics and only 10.5% were administered the first dose of this medication in the health care unit. Children with brown, yellow or indigenous skin color were administered 2.5 times more antibiotics than white children. Children whose mothers had 12 years or more of education were administered 83.0% fewer antibiotics than those whose mothers had up to 4 years of education. Among those who were hospitalized for 12 to 24 months, the use of antibiotics was almost four times higher than among those who were not. Among the children served by the Brazilian Unified Health System (SUS), only 15.3% were administered the first dose of antibiotic in the health care unit. When compared with children served by private health care or health plan, administration of the first dose in the SUS was 76.0% higher. CONCLUSIONS Despite the efforts related to the Pastoral da Criança campaign "Antibiotic: first dose immediately," adherence to the provision of antibiotics in the health care unit is still low. Strategies are necessary and urgent so children have access to the first dose of antibiotics in the health care unit.
RESUMO OBJETIVO Estimar o uso da primeira dose do antibiótico no local de atendimento nas crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015 aos 24 meses. MÉTODOS Foram acompanhadas 4.014 crianças. A associação entre variáveis socioeconômicas e demográficas, participação em creche, nas ações da Pastoral da Criança e no programa Primeira Infância Melhor, baixo peso ao nascer, internação entre 12 e 24 meses, local da consulta, prevalência de consulta nos últimos 30 dias, prescrição de antibióticos e recebimento da primeira dose no local de atendimento foi analisada por meio de estatística descritiva e regressão de Poisson. RESULTADOS Tiveram consulta nos últimos 30 dias 1.044 crianças, das quais 45% receberam prescrição de antibiótico e apenas 10,5% receberam a primeira dose dessa medicação no local de atendimento. Crianças de cor da pele parda, amarela ou indígena tiveram um uso de antibiótico 2,5 vezes maior que o das brancas. Já as crianças cujas mães tinham 12 anos ou mais de escolaridade usaram 83,0% menos antibióticos que aquelas cujas mães tinham até quatro anos de estudo. Entre aquelas que foram internadas entre 12 e 24 meses, o uso de antibiótico foi quase quatro vezes maior do que entre as que não foram. Entre as crianças atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 15,3% receberam a primeira dose do antibiótico no local de atendimento. Quando comparado com o de crianças atendidas por financiamento particular ou convênio, o recebimento da primeira dose no SUS chegou a ser 76,0% superior. CONCLUSÕES Apesar dos esforços relacionados à campanha da Pastoral da Criança "Antibiótico: primeira dose imediata", ainda é baixa a adesão ao fornecimento de antibióticos no local de atendimento. Estratégias são necessárias e urgentes para que as crianças tenham acesso à primeira dose de antibióticos no local de atendimento.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Lactante , Preescolar , Adulto , Adulto Joven , Encuestas de Atención de la Salud/estadística & datos numéricos , Antibacterianos/administración & dosificación , Citas y Horarios , Prescripciones de Medicamentos/estadística & datos numéricos , Factores Socioeconómicos , Factores de Tiempo , Brasil/epidemiología , Salud Infantil/estadística & datos numéricos , Prevalencia , Estudios de Cohortes , Hospitalización/estadística & datos numéricos , Madres , Programas Nacionales de SaludRESUMEN
RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência de descalonamento antibiótico em pacientes com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico em hospital acadêmico, público e terciário, além da adequação antibiótica e da positividade de culturas. Métodos: Foram analisadas prevalência de descalonamento, adequação antibiótica e positividade de culturas entre portadores de sepse grave e choque séptico, entre abril e dezembro de 2013, em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário terciário. Resultados: Entre os 224 pacientes incluídos, o descalonamento era possível em 29,4% dos casos (66 pacientes), mas foi implementado em 19,6% deles (44 pacientes). Entre os pacientes que receberam descalonamento, metade foi por estreitamento de espectro antimicrobiano. A mortalidade foi de 56,3%, não havendo diferença entre pacientes com ou sem descalonamento (56,8% versus 56,1%; p = 0,999), assim como no tempo de internação. Terapia antimicrobiana empírica foi adequada em 89% dos casos. Houve isolamento de germe em 30% de todas as culturas e em 26,3% das hemoculturas. Conclusão: A taxa de adequação antibiótica empírica foi alta, refletindo ativa política institucional de monitorização do perfil epidemiológico e protocolos institucionais de uso de antimicrobianos. No entanto, o descalonamento antimicrobiano poderia ter sido maior do que o registrado. O descalonamento não impactou mortalidade.
ABSTRACT Objective: To evaluate the prevalence of antibiotic de-escalation in patients diagnosed with severe sepsis or septic shock at a public academic tertiary hospital and to evaluate antibiotic adequacy and culture positivity. Methods: The prevalence of antibiotic de-escalation, the adequacy of antibiotic treatment and the rates of culture positivity were analyzed in patients with severe sepsis and septic shock between April and December 2013 at an intensive care unit in a tertiary university hospital. Results: Among the 224 patients included in the study, de-escalation was appropriate in 66 patients (29.4%) but was implemented in 44 patients (19.6%). Among the patients who underwent de-escalation, half experienced narrowing of the antimicrobial spectrum. The mortality rate was 56.3%, with no differences between the patients with or without de-escalation (56.8% versus 56.1%; p = 0.999) nor in the length of hospital stay. Empirical antibiotic therapy was appropriate in 89% of cases. Microorganisms were isolated from total cultures in 30% of cases and from blood cultures in 26.3% of cases. Conclusion: The adequacy rate of empirical antibiotic therapy was high, reflecting an active institutional policy of monitoring epidemiological profiles and institutional protocols on antimicrobial use. However, antibiotic de-escalation could have been implemented in a greater number of patients. De-escalation did not affect mortality rates.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Anciano , Choque Séptico/tratamiento farmacológico , Sepsis/tratamiento farmacológico , Antibacterianos/administración & dosificación , Choque Séptico/microbiología , Choque Séptico/mortalidad , Pruebas de Sensibilidad Microbiana , Estudios de Cohortes , Sepsis/microbiología , Sepsis/mortalidad , Hospitales Universitarios , Unidades de Cuidados Intensivos , Tiempo de Internación , Persona de Mediana Edad , Antibacterianos/farmacologíaRESUMEN
OBJECTIVE: To evaluate the improper use of antimicrobials during the postoperative period and its economic impact. METHODS: We conducted a prospective cohort study by collecting data from medical records of 237 patients operated on between 01/11/08 and 31/12/08. RESULTS: from the 237 patients with the information collected, 217 (91.56%) received antimicrobials. During the postoperative period, 125 (57.7%) patients received more than two antimicrobials. On average, 1.7 ± 0.6 antimicrobials were prescribed to patients, the most commonly prescribed antibiotic being cephalothin, in 41.5% (154) of cases. The direct cost of antimicrobial therapy accounted for 63.78% of all drug therapy, this large percentage being attributed in part to the extended antimicrobial prophylaxis. In the case of clean operations, where there was a mean duration of 5.2 days of antibiotics, antimicrobials represented 44.3% of the total therapy cost. CONCLUSION: The data illustrate the impact of overuse of antimicrobials, with questionable indications, creating situations that compromise patient safety and increasing costs in the assessed hospital. .
OBJETIVO: avaliar o emprego de antimicrobianos relacionado ao seu uso inadequado e impacto econômico durante o período pós-operatório. MÉTODOS: foi desenvolvido um estudo de coorte prospectivo por meio da coleta de dados de 237 prontuários de pacientes operados entre 01/11/08 e 31/12/08. RESULTADOS: dos 237 pacientes com informações coletadas no estudo 217 (91,56%) fizeram uso de antimicrobianos. Durante o pós-operatório, 125 (57,7%) pacientes utilizaram mais de dois antimicrobianos. Foi prescrito, em média, 1,7 ± 0,6 antimicrobianos por paciente, sendo o antimicrobiano mais prescrito a cefalotina, em 41,5% (154) dos casos. O custo direto da terapia antimicrobiana representou 63,78% de toda a terapia farmacológica, sendo esta grande porcentagem atribuída em parte ao prolongamento da profilaxia antimicrobiana. No caso das operações limpas, onde houve um tempo médio de uso de antimicrobianos de 5,2 dias, os gastos com antimicrobianos representaram 44,3% do custo total da terapia. . CONCLUSÃO: os dados exemplificam o impacto do uso excessivo de antimicrobianos, com indicações questionáveis e criando situações que comprometem a segurança dos pacientes e aumento os custos no hospital avaliado. .