RESUMEN
Este artigo apresenta uma discussão sobre a fotografia enquanto estratégia de pesquisa-intervenção a partir de três considerações. A primeira analisa os contrapontos entre políticas inventivas e recognitivas e, a partir disto, faz uma análise da potencialidade da pesquisa-intervenção enquanto forma de tensionar modelos científicos baseados mais em resultados do que em processos. A segunda analisa a hibridicidade epistemológica da fotografia que sustenta uma condição icônica, indiciária e simbólica a um só tempo. A terceira aborda os processos de individuação da fotografia à luz do pensamento simondoniano, discutindo sua metaestabilidade e potencialidade de desdobramentos em campo após se individuar como uma imagem fisicamente produzida. A discussão se articula a partir de alguns relatos de um projeto de pesquisa-intervenção em um hospital psiquiátrico, no qual usuários e equipe foram convidados a fotografar e produzir uma exposição com as imagens.
This article presents a discussion about photography as research-intervention strategy based on three considerations. The first analyzes the counter points between inventive and recognitive policies and, from this, an analysis of the research-intervention capability as a form to question scientific models based more on results rather than on processes. The second analyzes the epistemological hybridity of photography-which holds an iconic status, evidentiary and symbolic at the same time that may be able to shuffle established ways of seeing and acting, introducing a "result problem", which may be of interest to the field of intervention research. The third addresses the individuation process of photography in the light of simondonian thinking, discussing its metastability and potential developments in the fieldafter it individuates as an image physically produced. The discussion is related to a research-intervention project in a psychiatric hospital, where users and staff were invited to shoot and producean exhibition with images.
En este artículo se presenta una discusión sobre fotografía como estrategia de investigación-intervención a partir de tres puntos. El primero analiza los contrapuntos entre las políticas inventivas y recognitivas y, partir de eso, hace un análisis del potencial de la investigación-intervención como una forma de tensar modelos científicos que se basan más en los resultados que en los procesos. El segundo analiza la condición de hibridez epistemológica de la fotografía. El tercero analiza el proceso de individuación de la fotografía a partir del pensamiento simondoniano, discutiendo su metaestabilidad y desarrollos potenciales en el campo después que se individualiza como una imagen producida físicamente. La discusión parte de algunos informes de un proyecto de investigación-intervención realizado en un hospital psiquiátrico, donde se invitó a los usuarios y al personal para disparar fotografías y producir una exposición con imágenes.