RESUMEN
ABSTRACT BACKGROUND: Laparoscopic appendectomy is the gold standard surgical procedure currently performed for acute appendicitis. The conversion rate is one of the main factors used to measure laparoscopic competence, being important to avoid wasting time in a laparoscopic procedure and proceed directly to open surgery. AIMS: To identify the main preoperative parameters associated with a higher risk of conversion in order to determine the surgical method indicated for each patient. METHODS: Retrospective study of patients admitted with acute appendicitis who underwent laparoscopic appendectomy. A total of 725 patients were included, of which 121 (16.7%) were converted to laparotomy. RESULTS: The significant factors that predicted conversion, identified by univariate and multivariate analysis, were: the presence of comorbidities (OR 3.1; 95%CI; p<0.029), appendicular perforation (OR 5.1; 95%CI; p<0.003), retrocecal appendix (OR 5.0; 95%CI; p<0.004), gangrenous appendix, presence of appendicular abscess (OR 3.6; 95%CI; p<0.023) and the presence of difficult dissection (OR 9.2; 95%CI; p<0.008). CONCLUSIONS: Laparoscopic appendectomy is a safe procedure to treat acute appendicitis. It is a minimally invasive surgery and has many advantages. Preoperatively, it is possible to identify predictive factors for conversion to laparotomy, and the ability to identify these reasons can aid surgeons in selecting patients who would benefit from a primary open appendectomy.
RESUMO RACIONAL: A apendicectomia laparoscópica é o procedimento cirúrgico padrão-ouro realizado atualmente para apendicite aguda. A taxa de conversão é um dos principais fatores utilizados para medir a competência laparoscópica, e importante para evitar perda de tempo em um procedimento laparoscópico e proceder diretamente à cirurgia aberta. OBJETIVO: Identificar os principais parâmetros pré-operatórios associados ao maior risco de conversão para determinar o método cirúrgico indicado para cada paciente. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de pacientes admitidos com apendicite aguda, submetidos a apendicectomia laparoscópica. Foram incluídos 725 pacientes, sendo que destes, 121 (16,7%) foram convertidos para laparotomia. RESULTADOS: Os fatores significativos que predizem a conversão, identificados por análise univariada e multivariada, foram: presença de comorbidades (OR 3,1; IC95%; p<0,029), perfuração apendicular (OR 5,1; IC95%; p<0,003), apêndice retrocecal (OR 5,0; IC95%; p<0,004), apêndice gangrenoso, presença de abscesso apendicular (OR 3,6; IC95%; p<0,023) e a presença de dissecção difícil (OR 9,2; IC95%; p<0,008). CONCLUSÕES: A apendicectomia laparoscópica é um procedimento seguro para tratar apendicite aguda. É uma cirurgia minimamente invasiva e tem muitas vantagens. No pré-operatório, é possível identificar os fatores preditores de conversão para laparotomia, e a capacidade de identificar essas razões pode ajudar os cirurgiões na seleção de pacientes que se beneficiariam de uma apendicectomia aberta primária.
RESUMEN
ABSTRACT Objective: In Brazil, there are no studies comparing endoscopic treatment of lumbar disc herniation with the conventional open technique in SUS (Unified Health System) with regard to hospitalization time and complications occurring within one year, which is the objective of this study. Methods: A survey of 32 surgeries performed in 2019 (11 open and 21 endoscopic) to evaluate pain parameters before and after surgery (VAS), days of hospitalization, and complications. The data were submitted to statistical analysis (ANOVA) using the Kruskal-Wallis test. Results: Fourteen patients were female and eighteen were male, with a mean age of 41.35 years (p> 0.05 between sexes). The pre- and postoperative VAS for pain radiating to the lower limb were similar between the groups: 8.5 ± 0.82 with the open technique and 8.19 ± 1.15 with endoscopic technique. In both groups there was an improvement in the pain pattern with a significant reduction in the VAS (p < 0.05) and there was no statistical relevance between the groups in terms of pain improvement. There was statistical relevance between the groups in the comparison of days of hospitalization required, with the group submitted to endoscopic surgery having a lower number of days. The complications reported were compatible with those found in the literature (postoperative dysesthesia, new herniation). Conclusions: The endoscopic technique resulted in an important reduction in the number of days of hospitalization, a factor with a high impact on the costs of any surgical procedure, which can be a determining factor in the feasibility of minimally invasive techniques. Level of evidence IV; Therapeutic Study.
RESUMO Objetivos: No Brasil, não há estudos que comparem o tratamento endoscópico de hérnia de disco lombar no SUS (Sistema Único de Saúde) com a técnica aberta convencional, no que diz respeito aos resultados com relação ao tempo de internação e complicações ocorridas em um ano, o que vem a ser o objetivo deste estudo. Métodos: Levantamento de 32 cirurgias realizadas em 2019 (11 por via aberta e 21 por via endoscópica) para avaliar os parâmetros de dor antes e depois da cirurgia (EVA), dias de internação e complicações. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA) com o teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Catorze pacientes eram do sexo feminino e 18 do sexo masculino, com média de idade de 41,35 anos (p > 0,05 para os dois sexos). A EVA de dor irradiada para o membro inferior no pré e pós-operatório foi semelhante entre os grupos: 8,5 ± 0,82 com a técnica aberta e 8,19 ± 1,15 com a técnica endoscópica. Em ambos os grupos houve melhora do padrão de dor com redução significativa da EVA (p < 0,05) e não houve relevância estatística entre os grupos quanto à melhora do dor. Na comparação das diárias de internação necessárias houve relevância estatística entre os grupos, sendo que o grupo submetido à endoscopia teve número menor de diárias. As complicações relatadas são compatíveis com as encontradas na literatura (disestesia pós-operatória, nova herniação). Conclusões: A técnica endoscópica resultou em redução importante do número de dias de internação, fator com alto impacto nos custos de qualquer procedimento cirúrgico, que pode ser determinante para viabilizar técnicas minimamente invasivas. Nível de evidência IV; Estudo Terapêutico.
RESUMEN Objetivos: En Brasil, no hay estudios que comparen el tratamiento endoscópico de hernia de disco lumbar en el SUS (Sistema Único de Salud) con la técnica abierta convencional, en lo que refiere a los resultados con relación al tiempo de internación y complicaciones ocurridas en un año, lo que viene a ser el objetivo de este estudio. Métodos: Levantamiento de 32 cirugías realizadas en 2019 (once por vía abierta y veintiuna por vía endoscópica) para evaluar los parámetros de dolor antes y después de la cirugía (EVA), días de internación y complicaciones. Los datos fueron sometidos a análisis estadístico (ANOVA) con el test de Kruskal-Wallis. Resultados: Catorce pacientes eran del sexo femenino y dieciocho del sexo masculino con promedio de edad de 41,35 años (p>0,05 para los dos sexos). La EVA de dolor irradiado para el miembro inferior en el pre y postoperatorio fue semejante entre los grupos: 8,5±0,82 con la técnica abierta y 8,19±1,15 con la técnica endoscópica. En ambos grupos hubo mejoras del patrón de dolor con reducción significativa de la EVA (p<0,05) y no hubo relevancia estadística entre los grupos cuanto a la mejora del dolor. En la comparación de los días de internación necesarios hubo relevancia estadística entre los grupos, siendo que el grupo sometido a la endoscopia tuvo número menor de días de internación. Las complicaciones relatadas son compatibles con las encontradas en la literatura (disestesia postoperatoria, nueva herniación). Conclusiones: La técnica endoscópica resultó en reducción importante del número de días de internación, factor con alto impacto en los costos de cualquier procedimiento quirúrgico, que puede ser determinante para viabilizar técnicas mínimamente invasivas. Nivel de evidencia IV; Estudio Terapéutico.
Asunto(s)
Humanos , Procedimientos Quirúrgicos Mínimamente Invasivos , Endoscopía , Conversión a Cirugía AbiertaRESUMEN
ABSTRACT We aim to alert the difference between groups while comparing studies of abdominal oncological operations performed either by minimally invasive or laparotomic approaches and potential conflicts of interest in presenting or interpreting the results. Considering the large volume of scientific articles that are published, there is a need to consider the quality of the scientific production that leads to clinical decision making. In this regards, it is important to take into account the choice of the surgical access route. Randomized, controlled clinical trials are the standard for comparing the effectiveness between these interventions. Although some studies indicate advantages in minimally invasive access, caution is needed when interpreting these findings. There is no detailed observation in each of the comparative study about the real limitations and potential indications for minimally invasive procedures, such as the indications for selected and less advanced cases, in less complex cavities, as well as its elective characteristic. Several abdominal oncological operations via laparotomy would not be plausible to be completely performed through a minimally invasive access. These cases should be carefully selected and excluded from the comparative group. The comparison should be carried out, in a balanced way, with a group that could also have undergone a minimally invasive access, avoiding bias in selecting those cases of minor complexity, placed in the minimally invasive group. It is not a question of criticizing the minimally invasive technologies, but of respecting the surgeon's clinical decision regarding the most convenient method, revalidating the well-performed traditional laparotomy route, which has been unfairly criticized or downplayed by many people.
RESUMO Objetivamos alertar a desigualdade entre grupos de pacientes, em estudos comparativos de cirurgias oncológicas abdominais por acessos minimamente invasivos ou laparotômicos, e os possíveis conflitos de interesse na demonstração ou interpretação dos resultados. Diante do grande volume de artigos científicos produzidos, há necessidade de se considerar a qualidade da produção científica de estudos para a tomada da decisão clínica quanto à eleição da via de acesso cirúrgico. Ensaios clínicos randomizados e controlados são o padrão para comparar a eficácia entre estas intervenções em situações diversas. Apesar de alguns estudos indicarem vantagens no acesso minimamente invasivo, é preciso cautela na interpretação desses achados. Não se percebe detalhada discussão que alerte, em cada estudo comparativo, sobre os reais limites e indicações possíveis de cirurgias minimamente invasivas, como indicações para casos selecionados, menos avançados, mais eletivos, e em cavidades menos complexas. Diversas cirurgias oncológicas abdominais via laparotômica não seriam plausíveis de serem, completamente, realizadas por acesso minimamente invasivo. Estas deveriam ser, criteriosamente, selecionadas e excluídas do grupo comparativo. A comparação deve ser, equilibradamente, realizada com grupo que, muito provavelmente, também poderia ter sido submetido ao acesso minimamente invasivo a contento, evitando viés de seleção da concentração de casos de complexidade menor no grupo da cirurgia minimamente invasiva. Não se trata, aqui, de desmerecer as tecnologias minimamente invasivas, mas de respeito à decisão clínica do cirurgião pelo método mais conveniente, revalidando a via laparotômica tradicional bem procedida, a qual tem sido, injustamente, criticada ou inferiorizada por muitos em nosso meio.