RESUMEN
O autor discute a necessidade de utilizar, na prática clínica, a análise a distância em circunstâncias determinadas. Comenta a bibliografia sobre análise por telefone e relata aspectos de sua experiência no uso do Skype, que conta com exíguas publicações a respeito. Vê inúmeros pontos positivos que validam sua aplicação, ainda que a sensorialidade do encontro analítico esteja diminuída. Propõe que deve ser vista como uma modalidade específica: a Skype análise.
This paper discusses the need for distance analysis in clinical practice in certain circumstances. The author comments on the bibliography of telephone analysis and describes aspects of his experience with Skype analysis, about which there are few published works. He argues that positive aspects validate its use, even though sensoriality of the analytic encounter is diminished. He suggests Skype analysis as a specific form of analysis.
El autor discute la necesidad del uso, en la práctica clínica, del análisis a distancia, en determinadas circunstancias. Comenta la bibliografía sobre el análisis por teléfono y relata aspectos de su experiencia con el uso del Skype, que cuenta con escasas publicaciones al respecto. Observa inúmeros aspectos positivos que validan su aplicación, aunque la sensorialidad del encuentro analítico esté disminuida. Propone que debe verse como una modalidad específica, la Skype análisis.
RESUMEN
Lintroduction du syntagme psychose ordinaire par J-A Miller a permis de souligner lactualité dune nouvelle clinique dite continuiste , ne renvoyant plus la psychose sur les seules formes épinglées par le discours psychiatrique. Au temps où lAutre nexiste pas, la prise en charge de ces sujets permet de prendre acte des modalités de bricolage permettant de faire tenir ensemble les catégories RSI et dengager une réflexion autour du lien entre fonction paternelle et rapport au savoir. Pour cela, partons de la distinction entre névrose et psychose à partir de la relation du sujet au savoir puis de sa rencontre avec un analyste et [de l´apparition- de la manifestation] d´un savoir déjà constitué, d´un savoir total, d´où le psychotique retire [extrait] sa certitude. Parallèlement, ce distinguo névrose-psychose nous renvoie à ce qu´il en advient de l´activité de pensée et du rapport au corps. Deux cas cliniques qui abordent la honte, nous permettent de pointer des similitudes et des dissimilitudes entre névrose et psychose ordinaire dans la relation au savoir. Et de conclure sur la position de l´analyste, comme destinataire de signes hors-sens, pour ouvrir au lien social le sujet de la psychose.
A introdução do sintagma psicose ordinária por J.-A. Miller permitiu enfatizar a atualidade de uma nova clínica dita continuista, não relegando mais a psicose somente às formas fixadas pelo discurso psiquiátrico. No tempo em que o Outro não existe, o atendimento desses sujeitos permite levar em conta as modalidades de bricolagem que fazem com que as dimensões RSI se mantenham juntas. Este artigo pretende iniciar uma reflexão em torno das ligações entre função paterna e relação ao saber. Para tanto, parte da distinção entre neurose e psicose a partir da relação do sujeito com o saber e discute o encontro do sujeito com um analista e o comparecimento de um saber já constituído, um saber total, de onde o psicótico retira sua certeza. Ao mesmo tempo, distingue na psicose o processo de pensamento e a relação com o corpo. A partir de dois casos clínicos, aborda a vergonha e a descrença e enfatiza as semelhanças e diferenças entre neurose e psicose ordinária na relação com o saber. Conclui com considerações sobre a posição do analista, de destinatário de signos sem sentido, com vistas a auxiliar uma abertura ao laço social para o sujeito da psicose.
The introduction of the syntagm ordinary psychosis by J-A miller has enabled to underline the current relevance of a new clinic called continuist, no more accepting psychosis in the forms fixed by the psychiatric discourse. In times when the Other does not exist, the treatment of these subjects allows to unveil the types of bricolage, making it possible to enlace the categories RSI. This article seeks to initiate a reflection about the links between paternal function and relation to knowledge. In order to do this, starts from the distinction between neurosis and psychosis based on the subject's relation to knowledge and discusses the subject's encounter with an analyst, as well as the presence of an already constituted knowledge, a total knowledge, from which the psychotic derives his certainty. At the same time, distinguishes the process of thought and the relation to the body in psychosis. From two clinical cases, approaches the shame and the disbelief, and emphasizes the similarities and differences between neurosis and "ordinary psychosis" in the relation to knowledge. The article concludes with considerations about the analyst's position of addressee of signs without sense, which intends to assist an opening to the social lace for the psychosis' subject.