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Resumo Fundamento As mulheres, em comparação aos homens, apresentam piores resultados após a síndrome coronariana aguda (SCA). No entanto, ainda não está claro se o sexo feminino em si é um preditor independente de tais eventos adversos. Objetivo Este estudo tem como objetivo avaliar a associação entre o sexo feminino e a mortalidade hospitalar após infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Métodos Conduzimos um estudo de coorte retrospectivo, recrutando pacientes consecutivos com IAMCSST, internados em um hospital terciário de janeiro de 2018 a fevereiro de 2019. Todos os pacientes foram tratados de acordo com as recomendações das diretrizes atuais. Modelos de regressão logística multivariada foram aplicados para avaliar a mortalidade hospitalar utilizando variáveis de GRACE. A precisão do modelo foi avaliada usando o índice c. Um valor de p < 0,05 foi estatisticamente significativo. Resultados Dos 1.678 pacientes com SCA, 709 apresentaram IAMCSST. A população era composta por 36% de mulheres e a idade média era de 61 anos. As mulheres tinham maior idade (63,13 anos vs. 60,53 anos, p = 0,011); apresentavam hipertensão (75,1% vs. 62,4%, p = 0,001), diabetes (42,2% vs. 27,8%, p < 0,001) e hiperlipidemia (34,1% vs. 23,9%, p = 0,004) mais frequentemente; e apresentaram menor probabilidade de serem submetidas a intervenção coronária percutânea (ICP) por acesso radial (23,7% vs. 46,1%, p < 0,001). A taxa de mortalidade hospitalar foi significativamente maior em mulheres (13,2% vs. 5,6%, p = 0,001), e o sexo feminino permaneceu em maior risco de mortalidade hospitalar (OR 2,79, IC de 95% 1,15-6,76, p = 0,023). Um modelo multivariado incluindo idade, sexo, pressão arterial sistólica, parada cardíaca e classe de Killip atingiu 94,1% de precisão na previsão de mortalidade hospitalar, e o índice c foi de 0,85 (IC de 95% 0,77-0,93). Conclusão Após ajuste para os fatores de risco no modelo de previsão do GRACE, as mulheres continuam em maior risco de mortalidade hospitalar.
Abstract Background Women, in comparison to men, experience worse outcomes after acute coronary syndrome (ACS). However, whether the female sex per se is an independent predictor of such adverse events remains unclear. Objective This study aims to assess the association between the female sex and in-hospital mortality after ST-elevation myocardial infarction (STEMI). Methods We conducted a retrospective cohort study by enrolling consecutive STEMI patients admitted to a tertiary hospital from January 2018 to February 2019. All patients were treated per current guideline recommendations. Multivariable logistic regression models were applied to evaluate in-hospital mortality using GRACE variables. Model accuracy was evaluated using c-index. A p-value < 0.05 was statistically significant. Results Out of the 1678 ACS patients, 709 presented with STEMI. The population consisted of 36% women, and the median age was 61 years. Women were older (63.13 years vs. 60.53 years, p = 0.011); more often presented with hypertension (75.1% vs. 62.4%, p = 0.001), diabetes (42.2% vs. 27.8%, p < 0.001), and hyperlipidemia (34.1% vs. 23.9%, p = 0.004); and were less likely to undergo percutaneous coronary intervention (PCI) via radial access (23.7% vs. 46.1%, p < 0.001). In-hospital mortality rate was significantly higher in women (13.2% vs. 5.6%, p = 0.001), and the female sex remained at higher risk for in-hospital mortality (OR 2.79, 95% CI 1.15-6.76, p = 0.023). A multivariate model including age, sex, systolic blood pressure, cardiac arrest, and Killip class was 94.1% accurate in predicting in-hospital mortality, and the c-index was 0.85 (95% CI 0.77-0.93). Conclusion After adjusting for the risk factors in the GRACE prediction model, women remain at higher risk for in-hospital mortality.
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Resumo Apesar dos avanços significativos no tratamento da doença arterial coronariana (DAC) e das reduções nas taxas de mortalidade anuais nas últimas décadas, a DAC continua sendo a principal causa de morte no mundo. Consequentemente, há uma necessidade contínua de esforços para abordar essa situação. Os algoritmos clínicos atuais para identificar pacientes em risco são particularmente imprecisos para indivíduos de risco moderado. Por esse motivo, foi sugerido que são necessários testes auxiliares, incluindo triagem genética preditiva. À medida que os estudos genéticos se expandem rapidamente e os dados genômicos se tornam mais acessíveis, diversos escores de risco genético têm sido propostos para identificar e avaliar a suscetibilidade de um indivíduo ao desenvolvimento de doenças, incluindo a DAC. De fato, o campo da genética tem contribuído substancialmente para a previsão de risco, particularmente nos casos em que as crianças têm genitores com DAC prematura, resultando em um risco aumentado de até 75%. Os escores de risco poligênico (PRSs, do inglês polygenic risk scores) surgiram como uma ferramenta potencialmente valiosa para compreender e estratificar o risco genético de um indivíduo. O PRS é calculado como uma soma ponderada de variantes de nucleotídeo único presentes em todo o genoma humano, identificáveis por meio de estudos de associação genômica ampla, e associadas a várias doenças cardiometabólicas. O uso dos PRSs é promissor, pois permite o desenvolvimento de estratégias personalizadas para prevenir ou diagnosticar patologias específicas de forma precoce. Ademais, seu uso é capaz de complementar os escores clínicos existentes, aumentando a precisão da previsão de risco individual. Consequentemente, a aplicação dos PRSs tem o potencial de impactar positivamente os custos e os desfechos adversos associados à DAC. A presente revisão narrativa oferece uma visão ampla do papel dos PRSs no contexto da DAC.
Abstract Despite significant advances in the management of coronary artery disease (CAD) and reductions in annual mortality rates in recent decades, this disease remains the leading cause of death worldwide. Consequently, there is an ongoing need for efforts to address this situation. Current clinical algorithms to identify at-risk patients are particularly inaccurate in moderate-risk individuals. For this reason, the need for ancillary tests has been suggested, including predictive genetic screening. As genetic studies rapidly expand and genomic data becomes more accessible, numerous genetic risk scores have been proposed to identify and evaluate an individual's susceptibility to developing diseases, including CAD. The field of genetics has indeed made substantial contributions to risk prediction, particularly in cases where children have parents with premature CAD, resulting in an increased risk of up to 75%. The polygenic risk scores (PRSs) have emerged as a potentially valuable tool for understanding and stratifying an individual's genetic risk. The PRS is calculated as a weighted sum of single-nucleotide variants present throughout the human genome, identifiable through genome-wide association studies, and associated with various cardiometabolic diseases. The use of PRSs holds promise, as it enables the development of personalized strategies for preventing or diagnosing specific pathologies early. Furthermore, it can complement existing clinical scores, increasing the accuracy of individual risk prediction. Consequently, the application of PRSs has the potential to impact the costs and adverse outcomes associated with CAD positively. This narrative review provides an overview of the role of PRSs in the context of CAD.
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Resumo Fundamento A avaliação do Escore de Cálcio Coronariano (ECC) pode ser realizada por tomografia computadorizada sem contraste para prever eventos cardiovasculares, mas tem menor valor na estratificação de risco em pacientes sintomáticos. Objetivo Identificar e validar preditores de obstrução coronariana significativa (OCS) em pacientes sintomáticos sem calcificação da artéria coronária. Métodos Um total de 4258 participantes foram rastreados dos estudos CORE64 e CORE 320, nos quais foram avaliados pacientes encaminhados para angiografia invasiva, e do Quanta Registry que incluiu pacientes encaminhados para angiotomografia. Modelos de regressão logística avaliaram associações entre fatores de risco cardiovascular, ECC e OCS. Um nível de significância de 5% foi usado nas análises. Resultados Dos 509 participantes do estudo CORE, 117 (23%) apresentaram um ECC igual a zero; 13 (11%) pacientes sem cálcio coronariano apresentaram OCS. A ausência de cálcio coronariano correlacionou-se com idade mais jovem, sexo feminino, índice de massa corporal mais baixo, ausência de diabetes, e ausência de dislipidemia. O fato de ser fumante atual aumentou em 3,5 vezes a probabilidade de OCS e outros fatores de risco cardiovasculares não apresentaram associação significativa. Considerando os achados clínicos, um algoritmo para estratificar os pacientes com ECC igual a zero foi proposto, e tiveram desempenho limitado na coorte de validação (AUC 58; IC95% 43, 72). Conclusão Um perfil de risco cardiovascular mais baixo está associado a um ECC igual a zero em pacientes de alto risco. Tabagismo é o preditor mais forte de OCS em pacientes com ausência de cálcio coronariano.
Abstract Background Coronary artery calcium (CAC) scanning can be performed using non-contrast computed tomography to predict cardiovascular events, but has less value for risk stratification in symptomatic patients. Objective To identify and validate predictors of significant coronary obstruction (SCO) in symptomatic patients without coronary artery calcification. Methods A total of 4,258 participants were screened from the CORE64 and CORE320 studies that enrolled patients referred for invasive angiography, and from the Quanta Registry that included patients referred for coronary computed tomography angiography (CTA). Logistic regression models evaluated associations between cardiovascular risk factors, CAC, and SCO. An algorithm to assess the risk of SCO was proposed for patients without CAC. Significance level of 5% was used in the analyses. Results Of the 509 participants of the CORE study, 117 (23%) had zero coronary calcium score; 13 (11%) patients without CAC had SCO. Zero calcium score was related to younger age, female gender, lower body mass index, no diabetes, and no dyslipidemia. Being a current smoker increased ~3.5 fold the probability of SCO and other CV risk factors were not significantly associated. Considering the clinical findings, an algorithm to further stratify zero calcium score patients was proposed and had a limited performance in the validation cohort (AUC 58; 95%CI 43, 72). Conclusion A lower cardiovascular risk profile is associated with zero calcium score in a setting of high-risk patients. Smoking is the strongest predictor of SCO in patients without CAC.
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Resumo Fundamento A patologia subjacente da ectasia da artéria coronária (EC) isolada não foi totalmente elucidada. Objetivo Nosso objetivo foi examinar a relação entre o índice de inflamação imune sistêmica (Sıı), que corresponde à multiplicação da razão neutrófilos-linfócitos (RNL) e as contagens de plaquetas, e EC isolada. Método A população do estudo retrospectivo incluiu 200 pacientes com EC isolada, 200 consecutivos com doença arterial coronariana obstrutiva e 200 consecutivos com angiografia coronária normal. Um valor de p bicaudal <0,05 foi considerado significativo. Resultados Sıı, RNL, razão plaqueta-linfócito (RPL) e razão monócito-colesterol de lipoproteína de alta densidade (MHR) foram significativamente maiores no grupo EC em comparação com os outros grupos (todos p<0,001). Na análise multivariada, Sıı (p<0,001, OR = 1,005, IC 95% =1,004-1,005) foi considerado um preditor independente de EC isolada. Na análise da curva Receiver Operating Characteristic (ROC), Sıı teve uma área sob a curva maior em comparação com RNL, RPL e MHR. O valor de Sıı >517,35 tem 79% de sensibilidade, 76% de especificidade para a predição do EC [AUC: 0,832, (p<0,001)]. Sıı teve correlação significativa com o número de artérias coronárias ectásicas e classificação de Markis (r: 0,214 p=0,002; r:-0,195, p=0,006, respectivamente). Conclusão Até onde sabemos, este é o primeiro estudo em que Sıı foi significativamente associado à presença isolada de EC e gravidade anatômica.
Abstract Background The underlying pathology of isolated coronary artery ectasia (CE) has not been fully elucidated. Objective We aimed to examine the relationship between the systemic immune inflammation index (Sıı), which corresponds to the multiplying of the neutrophil-to-lymphocyte ratio (NLR) and the platelet counts, and isolated CE. Method The retrospective study population included 200 patients with isolated CE, 200 consecutive with obstructive coronary artery disease, and 200 consecutive with a normal coronary artery angiogram. A 2-sided p-value of <0.05 was considered significant. Results Sıı, NLR, platelet-to-lymphocyte ratio (PLR), and monocyte-to-high density lipoprotein cholesterol ratio (MHR) were significantly higher in the CE group compared with the other groups (all p<0.001). In multivariate analysis, Sıı (p<0.001, OR = 1.005, 95% CI =1.004-1.005) was found to be an independent predictor of isolated CE. In Receiver Operating Characteristic curve analysis, Sıı had a higher Area Under the Curve than NLR, PLR, and MHR. Sıı value of >517.35 has 79% sensitivity, 76% specificity for the prediction of the CE [AUC: 0.832, (p<0.001)]. Sıı had a significant correlation with the number of ectatic coronary arteries and Markis classification (r:0.214 p=0.002; r:-0.195, p=0.006, respectively). Conclusion To the best of our knowledge, this is the first study that Sıı was significantly associated with isolated CE presence and anatomical severity.
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Resumo Fundamento A estratificação de risco precoce com biomarcadores simples é essencial em pacientes com infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). Objetivo Este estudo tem o objetivo de avaliar a associação entre nível de big endotelina-1 plasmática (ET-1) e o escore SYNTAX (SS) em pacientes com IAMSSST. Métodos Foram recrutados 766 pacientes com IAMSSST que passaram por angiografia coronária. Os pacientes foram divididos em três grupos: SS baixo (≤22), SS intermediário (23-32), e SS alto (>32). A correlação de Spearman, o ajuste de curva suave, a regressão logística, e a análise de curva característica de operação do receptor (ROC) foram realizados para avaliar a associação entre o nível de big ET-1 plasmática e o SS. Um p-valor <0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados Foi identificada uma correlação significativa entre a big ET-1 e o SS (r=0,378, p<0,001). A curva suavizada indicou uma correlação positiva entre o nível de big ET-1 plasmática e o SS. A análise de curva ROC demonstrou que a área sob a curva foi de 0,695 (0,661-0,727) e o ponto de corte ideal do nível de big ET-1 plasmática foi de 0,35 pmol/l. A regressão logística demonstrou que a big ET-1 elevada era um preditor independente de SS intermediário a alto em pacientes com IAMSSST, seja como variável contínua [RC (IC 95%: 1,110 (1,053-1,170), p<0,001] ou como variável categórica [RC (IC 95%: 2,962 (2,073-4,233), p<0,001]. Conclusão Em pacientes com IAMSSST, o nível de big ET-1 plasmática estava significativamente correlacionado ao SS. O nível de big ET-1 plasmática elevado foi um preditor independente para SS intermediário a alto.
Abstract Background Early risk stratification with simple biomarkers is essential in patients with non-ST segment-elevation myocardial infarction (NSTEMI). Objective This study aimed to evaluate the association between plasma big endothelin-1 (ET-1) level and the SYNTAX score (SS) in patients with NSTEMI. Methods A total of 766 patients with NSTEMI undergoing coronary angiography were recruited. Patients were divided into three groups: low SS (≤22), intermediate SS (23-32), and high SS (>32). Spearman correlation, smooth curve fitting, logistic regression, and receiver operating characteristic (ROC) curve analysis were performed to evaluate the association between plasma big ET-1 level and the SS. A p-value <0.05 was considered statistically significant. Results There was a significant correlation between the big ET-1 and the SS (r=0.378, p<0.001). The smoothing curve indicated a positive correlation between the plasma big ET-1 level and the SS. The ROC curve analysis showed that the area under the curve was 0.695 (0.661-0.727) and the optimal cutoff of plasma big ET-1 level was 0.35pmol/l. Logistic regression showed that elevated big ET-1 was an independent predictor of intermediate-high SS in patients with NSTEMI, whether entered as a continuous variable [OR (95% CI): 1.110 (1.053-1.170), p<0.001] or as a categorical variable [OR (95% CI): 2.962 (2.073-4.233), p<0.001]. Conclusion In patients with NSTEMI, the plasma big ET-1 level was significantly correlated with the SS. Elevated plasma big ET-1 level was an independent predictor for intermediate-high SS.
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Resumo Fundamento A prevenção secundária é recomendada a pacientes com evidência de doença arterial coronariana (DAC) independentemente da indicação de tratamento por cirurgia de bypass da artéria coronária (CABG) ou intervenção coronária percutânea (ICP). Objetivos Este estudo avaliou se o tratamento clínico, a ICP ou o CABG teve influência na adesão à prevenção secundária farmacológica em pacientes com DAC estável. Métodos Esta coorte incluiu pacientes com idade ≥40 anos com DAC estável confirmada por angiografia coronária estável. A decisão por tratamento clínico isolado, ou combinado com ICP ou CABG foi feita por médicos assistentes. A adesão às drogas prescritas recomendadas pelas diretrizes de prevenção secundária (tratamento farmacológico ótimo), incluindo agentes antiplaquetários, drogas hipolipemianetes, betabloqueadores, e bloqueadores do sistema angiotensina aldosterona, foi avaliada no acompanhamento. Diferenças com valores de p < 0,05 foram consideradas estatisticamente significativas. Resultados Dos 928 pacientes incluídos inicialmente, 415 apresentaram DAC leve e 66 apresentaram DAC leve a moderada. O período médio de seguimento foi 5,2 ± 1,5 anos. Os pacientes submetidos ao CABG apresentaram maior probabilidade de receberem tratamento farmacológico ótimo que aqueles submetidos à ICP ou tratamento clínico (63,5% versus 39,1% versus 45,7% respectivamente, p=0,003). Fatores basais independentemente associados com maior probabilidade de prescrição de tratamento ótimo foram CABG [39% maior (6% - 83%, p=0,017)] em comparação a outros tratamentos e diabetes [25% maior (1% - 56%), p=0,042] em comparação à ausência de diabetes. Conclusões Pacientes com DAC submetidos ao CABG são mais frequentemente tratados com prevenção secundária farmacológica ótima que pacientes tratados com ICP ou exclusivamente com tratamento clínico.
Abstract Background Secondary prevention is recommended for patients with evidence of coronary artery disease (CAD) regardless of the indication for treatment by coronary artery bypass graft surgery (CABG) or percutaneous coronary intervention (PCI). Objectives This study evaluated whether clinical treatment, PCI or CABG had an influence on adherence to the pharmacological secondary prevention in patients with stable CAD. Methods This cohort included patients aged ≥40 years with stable CAD confirmed by coronary angiography. The decision for medical treatment alone, or additionally with PCI or CABG, was made by the attending physicians. Adherence to the prescribed drugs recommended by the guidelines for secondary prevention (optimal pharmacological treatment), including antiplatelet agents, lipid-lowering drugs, beta-blockers, and renin-angiotensin-aldosterone system blockers, was assessed at follow-up. Differences were considered significant for p values <0.05. Results From 928 patients enrolled at baseline, 415 had mild CAD and 66 moderate to severe CAD. The average follow-up was 5.2 ± 1.5 years. Patients submitted to CABG were more likely to receive the optimal pharmacological treatment than those submitted to PCI or treated clinically (63.5% versus 39.1% versus 45.7% respectively, p=0.003). Baseline factors independently associated with greater probability of having a prescription of optimal treatment at follow-up were CABG [39% higher (6% - 83%, p=0.017) and diabetes [25% higher (1% - 56%), p=0.042] than their counterparts treated by other methods and participants without diabetes, respectively. Conclusions Patients with CAD submitted to CABG are more commonly treated with optimal pharmacological secondary prevention than patients treated by PCI or exclusively with medical therapy.
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Resumo Fundamento A doença arterial coronariana (DAC) devido à isquemia miocárdica causa perda permanente de tecido cardíaco. Objetivos Nosso objetivo foi demonstrar o possível dano ao miocárdio em nível molecular através dos mecanismos de autofagia e apoptose em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Métodos Um grupo recebeu uma solução de cardioplegia Custodiol e o outro grupo uma solução de cardioplegia sanguínea. Duas amostras miocárdicas foram coletadas de cada paciente durante a operação, imediatamente antes da parada cardíaca e após a liberação do pinçamento aórtico. Foram avaliadas as expressões de marcadores de autofagia e apoptose. O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Resultados A expressão do gene BECLIN foi significativa nos tecidos miocárdicos do grupo CS (p=0,0078). Os níveis de expressão dos genes CASPASE 3, 8 e 9 foram significativamente menores no grupo CC. Os níveis pós-operatórios de TnT foram significativamente diferentes entre os grupos (p=0,0072). As expressões dos genes CASPASE 8 e CASPASE 9 foram semelhantes antes e depois do pinçamento aórtico (p=0,8552, p=0,8891). No grupo CC, os níveis de expressão gênica de CASPASE 3, CASPASE 8 e CASPASE 9 não foram significativamente diferentes em amostras de tecido coletadas após pinçamento aórtico (p=0,7354, p=0,0758, p=0,4128, respectivamente). Conclusões Com nossos achados, acreditamos que as soluções CC e CS não apresentam diferença significativa em termos de proteção miocárdica durante as operações de by-pass.
Abstract Background Coronary artery disease (CAD) due to myocardial ischemia causes permanent loss of heart tissue. Objectives We aimed to demonstrate the possible damage to the myocardium at the molecular level through the mechanisms of autophagy and apoptosis in coronary bypass surgery patients. Methods One group was administered a Custodiol cardioplegia solution, and the other group was administered a Blood cardioplegia solution. Two myocardial samples were collected from each patient during the operation, just before cardiac arrest and after the aortic cross-clamp was released. The expressions of autophagy and apoptosis markers were evaluated. The level of statistical significance adopted was 5%. Results The expression of the BECLIN gene was significant in the myocardial tissues in the BC group (p=0.0078). CASPASE 3, 8, and 9 gene expression levels were significantly lower in the CC group. Postoperative TnT levels were significantly different between the groups (p=0.0072). CASPASE 8 and CASPASE 9 gene expressions were similar before and after aortic cross-clamping (p=0.8552, p=0.8891). In the CC group, CASPASE 3, CASPASE 8, and CASPASE 9 gene expression levels were not found to be significantly different in tissue samples taken after aortic cross-clamping (p=0.7354, p=0.0758, p=0.4128, respectively). Conclusions With our findings, we believe that CC and BC solutions do not have a significant difference in terms of myocardial protection during bypass operations.