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ABSTRACT Introduction: Internal carotid artery (ICA) stenosis causes about 15% of ischemic strokes. Duplex ultrasonography (DUS) is the first line of investigation of ICA stenosis, but its accuracy varies in the literature and it is usual to complement the study with another more accurate exam when faced with significant stenosis. There is a lack of studies that compare DUS with angiotomography (CTA) in the present literature. Methods: we performed an accuracy study, which compared DUS to CTA of patients in a tertiary hospital with a maximum interval of three months between tests. Patients were selected retrospectively, and two independent and certified vascular surgeons evaluated each image in a masked manner. When there was discordance, a third evaluator was summoned. We evaluated the diagnostic accuracy of ICA stenosis of 50-94% and 70-94%. Results: we included 45 patients and 84 arteries after inclusion and exclusion criteria applied. For the 50-94% stenosis range, DUS accuracy was 69%, sensitivity 89%, and specificity 63%. For the 70-94% stenosis range, DUS accuracy was 84%, sensitivity 61%, and specificity 93%. There was discordance between CTA evaluators with a change from clinical to surgical management in at least 37.5% of the conflicting reports. Conclusion: DUS had an accuracy of 69% for stenoses of 50-94% and 84% for stenoses of 70-94% of the ICA. The CTA analysis depended directly on the evaluator with a change in clinical conduct in more than 37% of cases.
RESUMO Introdução: a estenose da artéria carótida interna (ACI) causa cerca de 15% dos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos. A ultrassonografia duplex (USD) é a primeira linha de investigação da estenose de ACI, mas sua acurácia varia na literatura e é comum complementar o estudo com outro exame de maior acurácia diante de estenose significativa. Há uma escassez de estudos que comparem a USD com a angiotomografia computadorizada (ATC) na literatura atual. Métodos: realizamos um estudo de acurácia, que comparou a USD à ATC de pacientes de um hospital terciário com um intervalo máximo de três meses entre os exames. Os pacientes foram selecionados retrospectivamente e dois cirurgiões vasculares independentes e certificados avaliaram cada imagem de maneira mascarada. Quando houve discordância, um terceiro avaliador foi convocado. Avaliou-se a precisão diagnóstica da estenose da ACI de 50-94% e 70-94%. Resultados: foram incluídos 45 pacientes e 84 artérias após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Para a faixa de estenose de 50-94%, a acurácia da USD foi 69%, sensibilidade 89% e especificidade 63%. Para a faixa de estenose de 70-94%, a acurácia da USD foi 84%, sensibilidade 61% e especificidade 93%. Ocorreu discordância entre avaliadores da ATC com mudança de conduta clínica para cirúrgica em pelo menos 37,5% dos laudos conflitantes. Conclusão: a USD teve uma acurácia de 69% para estenoses de 50-94% e de 84% para estenoses de 70-94% da ACI. A análise das ATC dependeu diretamente do avaliador com mudança de conduta clínica em mais de 37% dos casos.
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Resumo Fatores relativos à placa aterosclerótica podem indicar instabilidade como ulcerações, hemorragias intraplaca, núcleo lipídico, capa fibrosa delgada ou irregular e inflamação. A mediana de escala de cinza (GSM, de greyscale median) da placa é um dos métodos mais difundidos de estudo da placa aterosclerótica; nesse sentido, é importante criar uma padronização da pós-processamento de forma compreensível. O pós-processamento foi realizado no software Photoshop 23.1.1. A padronização da imagem foi alcançada com o ajuste de curvas do histograma de escalas de cinza definindo o ponto mais escuro do lúmen vascular (sangue) para zero e a adventícia distal para 190. A posterização e o remapeamento de cores foram realizados. Um método que apresenta o atual estado da arte da técnica de forma acessível e ilustrativa pode contribuir para disseminação da análise de GSM. Neste artigo, esse processo é demonstrado passo a passo.
Abstract Factors related to atherosclerotic plaques may indicate instability, such as ulcerations, intraplaque hemorrhages, lipid core, thin or irregular fibrous cap, and inflammation. The grayscale median (GSM) value is one of the most widespread methods of studying atherosclerotic plaques and it is therefore important to comprehensively standardize image post-processing. Post-processing was performed using Photoshop 23.1.1.202. Images were standardized by adjusting the grayscale histogram curves, setting the darkest point of the vascular lumen (blood) to zero and the distal adventitia to 190. Posterization and color mapping were performed. A methodology that presents the current state of the art in an accessible and illustrative way should contribute to the dissemination of GSM analysis. This article describes and illustrates the process step by step.
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Abstract Background Approximately 30% of stroke cases result from carotid disease. Although several risk factors for complications after carotid endarterectomy have been identified, the existence of a biomarker that can estimate postoperative risk in these patients has not yet been proven. Objectives This study aimed to investigate correlations between the platelet-lymphocyte ratio (PLR) and the neutrophil-lymphocyte ratio (NLR) and postoperative clinical outcomes in patients undergoing carotid endarterectomy. Methods A retrospective study was conducted, including 374 patients who underwent carotid endarterectomy between 2002 and 2019 due to moderate to high extracranial internal carotid artery stenosis. Their platelet-lymphocyte ratio and neutrophil-lymphocyte ratios were obtained from the same blood samples. Results There was a statistically significant correlation between the PLR and the occurrence of restenosis (p < 0.01) and acute myocardial infarction (AMI) after endarterectomy (p = 0.03). Additionally, there was a statistically significant correlation between the PLR and the combined outcomes stroke and/or AMI and/or death (p = 0.03) and stroke and/or AMI and/or death and/or restenosis (p < 0.01). However, there were no significant correlations between NLR and these outcomes (p = 0.05, p = 0.16). Conclusions The platelet-lymphocyte ratio proved to be a useful test for predicting occurrence of strokes, acute myocardial infarctions, and deaths during the postoperative period after carotid endarterectomy. It was also associated with the risk of postoperative restenosis.
Resumo Contexto Aproximadamente 30% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) resultam de doença carotídea. Embora vários fatores de risco para complicações pós-endarterectomia carotídea tenham sido identificados, ainda não foi comprovada a existência de um biomarcador que possa estimar o risco pós-operatório nesses pacientes. Objetivos Correlacionar o índice plaqueta-linfócito (IPL) e o índice neutrófilo-linfócito (INL) com os desfechos clínicos pós-operatórios em pacientes submetidos a endarterectomia carotídea. Métodos Estudo retrospectivo que incluiu 374 pacientes submetidos a endarterectomia carotídea, entre 2009 e 2019, por estenose extracraniana da artéria carótida interna. O IPL e o INL foram calculados, tendo sido obtidos das mesmas amostras de sangue. Resultados Houve correlação estatisticamente significativa entre IPL e presença de reestenose (p<0,01) e infarto agudo do miocárdio (IAM) após endarterectomia (p=0,03). Os desfechos combinados AVC e/ou IAM e/ou óbito e AVC e/ou IAM e/ou óbito e/ou reestenose apresentaram, respectivamente, correlação estatisticamente significativa com o IPL (p=0,03; p<0,01) e não significativa com o INL (p=0,05; p=0,16). Conclusões O IPL mostrou-se um teste útil, capaz de predizer os desfechos de AVC e/ou IAM e/ou óbito em pacientes no pós-operatório de endarterectomia carotídea, relacionando-se também com risco de reestenose pós-operatória.
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Resumo Na esteira de estudos direcionados à placa aterosclerótica e em busca de variáveis quantificáveis que adicionem informações à tomada de decisão terapêutica, a avaliação a partir de elastografia shear wave (SWE) se apresenta como alternativa reprodutível e promissora. Utilizamos um único aparelho Logiq S8 (General Electric, Boston, Massachusetts, Estados Unidos) com um transdutor linear multifrequencial 8,5-11 MHz em 10 MHz em corte longitudinal. Consideramos critérios relevantes para a aquisição de imagem: adequada insonação longitudinal, diferenciação do complexo médio-intimal, delineamento de túnicas adventícias proximal e distal, lúmen vascular, boa visualização da placa aterosclerótica, ciclo em diástole ventricular e ausência de alterações incongruentes. A SWE é um método emergente e extremamente promissor no contexto da avaliação de placas carotídeas, podendo contribuir no futuro para a tomada de decisão terapêutica baseada em características relativas à placa aterosclerótica de forma reprodutível entre aparelhos e examinadores.
Abstract In the wake of studies targeting atherosclerotic plaques and searching for quantifiable variables that contribute additional information to therapeutic decision-making, plaque assessment using Shear Wave Elastography (SWE) is emerging as a reproducible and promising alternative. We used a single Logiq S8 device (General Electric, Boston, Massachusetts, United States) with an 8.5-11MHz multifrequency linear transducer at 10MHz in longitudinal section. We considered relevant criteria for image acquisition: adequate longitudinal insonation, differentiation of the intima-media complex, delineation of proximal and distal tunica adventitia and the vascular lumen, good visualization of the atherosclerotic plaque, cardiac cycle in ventricular diastole, and absence of incongruous changes. SWE is an emerging and extremely promising method for assessment of carotid plaques that may contribute to therapeutic decision-making based on characteristics related to the atherosclerotic plaque, with inter-device and inter-examiner reproducibility.
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ABSTRACT Background: Carotid artery stenosis increases cerebral ischemic event risk through changing different cerebral hemodynamic parameters. Objective: To investigate how cerebral hemodynamics in the M1 segment of middle cerebral artery change in patients with carotid artery stenosis, after motor tasks using transcranial Doppler sonography (TCD). Methods: Thirty-two healthy subjects and 30 patients with unilateral symptomatic carotid artery stenosis were recruited. The patient population was divided into three groups according to the degree of stenosis (group 1: ≥50 to 69%, group 2: 70 to 89% and group 3: ≥90 to 99%). TCD was used to measure the pulsatility index (PI) and cerebral vasomotor reactivity (CVR). Results: In the patient group, significant differences for symptomatic side PI values (p=0.01) and mean CVR increases (p=0.05) were observed, compared with the healthy controls. However, the difference was not statistically significant for asymptomatic side PI values and mean CVR increases. The results from the intergroup comparison showed significantly higher percentages of symptomatic and asymptomatic side CVR increases in group 1, compared with groups 2 and 3 (p=0.001 and p=0.002, respectively). Conclusions: Our study showed that cerebral autoregulation and hemodynamic mechanisms are impaired in patients with carotid artery stenosis. Furthermore, the impairment of PI and CVR tends to get worse with increasing degrees of stenosis. In addition, this study demonstrated that assessment of these two hemodynamic parameters in clinical practice might be helpful for monitoring the progress of carotid artery stenosis.
RESUMO Antecedentes: A estenose da artéria carótida aumenta o risco de evento isquêmico cerebral por meio da alteração de diferentes parâmetros hemodinâmicos cerebrais. Objetivo: Investigar como a hemodinâmica cerebral no segmento M1 da artéria cerebral média se altera em pacientes com estenose da artéria carótida, após tarefas motoras com ultrassonografia Doppler transcraniana (DTC). Métodos: Foram recrutados trinta e dois indivíduos saudáveis e 30 pacientes com estenose da artéria carótida sintomática unilateral. A população de pacientes foi dividida em três grupos de acordo com o grau de estenose (grupo 1: ≥50 a 69%, grupo 2: 70 a 89% e grupo 3: ≥90 a 99%). A DTC foi usada para medir o índice de pulsatilidade (IP) e a reatividade vasomotora cerebral (RVC). Resultados: No grupo de pacientes, foram observadas diferenças significativas para os valores de IP do lado sintomático (p=0,01) e aumentos médios da RVC (p=0,05), em comparação com os controles saudáveis. No entanto, a diferença não foi estatisticamente significativa para os valores de IP laterais assintomáticos e aumentos médios de RVC. Os resultados da comparação intergrupos mostraram percentagens significativamente maiores de aumentos da RVC do lado sintomático e assintomático no grupo 1, em comparação com os grupos 2 e 3 (p=0,001 e p=0,002, respectivamente). Conclusões: Nosso estudo mostrou que a autorregulação cerebral e os mecanismos hemodinâmicos estão prejudicados em pacientes com estenose da artéria carótida. Além disso, o comprometimento do IP e da RVC tende a piorar com o aumento dos graus de estenose. Além disso, este estudo demonstrou que a avaliação desses dois parâmetros hemodinâmicos na prática clínica pode ser útil para monitorar a evolução da estenose da artéria carótida.
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Resumo Diretrizes clínicas (DCs) são recomendações estruturadas baseadas na revisão sistemática da evidência disponível, sendo ferramentas úteis na tomada de decisões clínicas. Entretanto, estudos têm levantado preocupação quanto à qualidade metodológica e científica de várias DCs, que podem afetar sua aplicação na prática clínica. O objetivo do presente estudo foi fazer uma avaliação sistemática da qualidade metodológica das DCs que abordam o tratamento da doença arterial obstrutiva carotídea, publicadas entre 2000 e 2019, utilizando a ferramenta AGREE II (Appraisal of Guidelines Research and Evaluation Instrument II). Os pesquisadores avaliaram independentemente a qualidade das DCs incluídas no estudo em cada um dos seis domínios da ferramenta AGREE II. Por meio de um sistema de pontuação, as DCs foram classificadas em alta, moderada e baixa qualidade. Um total de nove DCs foram selecionadas. Exceto pelo domínio dois (Kappa = 0,715), houve concordância excelente entre os três avaliadores (Kappa > 0,75). Considerando-se a avaliação global da qualidade metodológica das DCs, cinco foram consideradas de alta qualidade (55%), duas foram consideradas de qualidade moderada e duas foram consideradas de baixa qualidade. Concluímos que (1) foi factível a utilização da AGREE II para a avaliação de DCs sobre o tratamento da doença arterial obstrutiva carotídea com alto grau de concordância inter-avaliadores; e que (2) a maioria das DCs disponíveis sobre o tratamento da doença arterial obstrutiva carotídea tem alta qualidade metodológica.
Abstract Clinical Practice Guidelines (CPG) are structured recommendations based on systematic reviews of the available evidence and are useful tools to support clinical decision-making. However, studies have raised concerns about the methodological and scientific quality of several CPG, which can affect their application in clinical practice. The objective of this study was to perform a systematic appraisal of the methodological quality of carotid atherosclerotic disease clinical guidelines, published from 2000 to 2019, using the AGREE II instrument (Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation Instrument II). The appraisers independently assessed the quality of the CPG included in the study for each of the 6 domains of the AGREE II tool. The CPG were rated as high, moderate, or low quality using a points scale. A total of 9 CPGs were selected for appraisal. Except for domain 2 (kappa=0.715), excellent agreement was observed between the appraisers (kappa>0.75). Five of the CPGs were rated as high overall methodological quality rating, 5 were rated as moderate overall methodological quality, and 2 were rated low overall methodological quality. The authors conclude that: (1) appraisal of carotid atherosclerotic disease clinical guidelines using the AGREE II instrument is feasible, with a high degree of agreement among appraisers; and (2) that most CPGs on the management of atherosclerotic carotid disease have high methodological quality.
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ABSTRACT Objective: stroke etiology is ischemia in 85%, and in circa 25% of these, the source is the extracranial carotid. Recurrence is frequent and usually more severe. Carotid revascularization prevents new ischemic strokes. The sooner the treatment is undertaken, complete recovery chances are greater with less recurrences. But, historically, intervention in the acute setting was catastrophic. Objective: Identify determinants of success when carotid revascularization after a recent cerebral ischemic event is performed. Materials and Methods: A cohort of 50 subjects underwent carotid revascularization after ischemic symptoms, within a period of 71 months. The currently diagnostic tools were used, and the symptoms stratified by the Rankin scale. The extension of the cerebral lesion and the source location the source of the event was analyzed. Results: indications were based on the Rankin Scale (R0: 35.4%; R1: 45.8%; R2:18.8% and R3: zero), on the location of the source and the absence of ischemic areas greater than 15mm. An early surgical approach was adopted in all patients. Extreme care was applied to control arterial pressure. At discharge, no additional deficits were observed. Conclusions: carotid revascularization after ischemic events can be achieved without additional morbidity and no recurrences, using the most appropriate therapy in the shortest time, in patients with Rankin Scale up to 2, absence of intracranial hemorrhage and single or multiple ischemic intracerebral areas, with 15mm or less in their greater dimension.
RESUMO Introdução: isquemia é a etiologia do acidente vascular cerebral em 85% dos casos e em cerca de 25% destes, a fonte é a carótida extracraniana. Recorrência é frequente e usualmente mais grave que a inicial. A revascularização carotídea previne novos acidentes. Quanto mais cedo for realizado o tratamento, maiores as chances de recuperação e menor o risco de recorrência. Mas, historicamente, os resultados das intervenções precoces eram catastróficos. Objetivos: identificar determinantes de sucesso da revascularização carotídea após um evento isquêmico cerebral recente. Materiais e Métodos: uma coorte de 50 pacientes foi submetida à revascularização carotídea após sintomas isquêmicos, em um período de 71 meses. Foram empregados os métodos de investigação atuais e os sintomas estratificados pela Escala de Rankin. A extensão das lesões cerebrais e a fonte do evento foram estudados e analisados. Resultados: as indicações foram baseadas na escala de Rankin (R0: 35.4%; R1: 45.8%; R2: 18.8% e R3: zero), na localização da fonte e na ausência de áreas isquêmicas com menos de 15mm. Uma abordagem cirúrgica precoce foi empregada em todos os pacientes. Cuidados extremos com a pressão arterial foram aplicados. Na alta hospitalar, nenhum déficit adicional foi observado. Conclusões: a revascularização carotídea após eventos isquêmicos pode ser realizada sem morbidade adicional ou recorrências, empregando a terapêutica mais apropriada no período de tempo mais curto, em pacientes classificados como Rankin até 2, na ausência de hemorragia intracraniana e com áreas isquêmicas intracerebrais únicas ou múltiplas, com menos de 15mm em sua maior dimensão.
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This study aimed to investigate the association of vegetable and fruit consumption with carotid plaque (CP) and carotid intima-media thickness (CIMT), two predictors of carotid atherosclerosis, within urban and rural adults at high risk of developing cardiovascular diseases (CVDs) in regional China. A total of 11,392 adults at high CVD risk were identified from general population of 71,511 in this cross-sectional study, conducted between November of 2015 and May of 2016 in the Jiangsu Province. Among these 11,392 high risk participants, CP prevalence was 36.7%. The independent variables, vegetable and fruit intake frequency, were assessed by a food frequency questionnaire. The outcome variables, CIMT and CP, were measured by ultrasound examination. The ANCOVA analysis showed no association between CIMT values and vegetable and fruit intake frequencies. Multivariate logistic regression models were introduced to examine the association between vegetable and fruit intake and CP. After adjustment for potential confounders, the odds ratios (ORs) for participants who occasionally and daily consumed vegetable to experience any CP were 0.67 (95%CI: 0.58-0.78) and 0.70 (95%CI: 0.62-0.79), respectively, compared with those rarely consumed vegetable. While the adjusted ORs were 0.77 (95%CI: 0.64-0.92) and 0.80 (95%CI: 0.68-0.94), separately, for occasional and daily vegetable consumers to develop single CP relative to their counterparts who rarely consumed any vegetables. However, no significant association between fruit consumption and CP was observed. Among the Chinese population at high CVD risk, consumption of fresh vegetables was negatively associated with the risk of developing carotid plaque.
O estudo buscou investigar a associação entre consumo de frutas e verduras e placa carotídea (PC) e espessura íntima-média carotídea (EIMC), dois preditores de aterosclerose entre adultos das áreas urbana e rural com alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCVs) em uma região da China. Foram identificados 11.392 adultos com alto risco de DCV, entre 71.511 indivíduos da população geral, em um estudo transversal entre novembro de 2015 e maio de 2016 na Província de Jiangsu. Entre esses 11.392 participantes de alto risco, a prevalência de PC foi de 36,7%. As variáveis independentes, ou seja, frequências de consumo de frutas e verduras, foram avaliadas através de um questionário de frequência alimentar. As variáveis de desfecho, EIMC e PC, foram medidas por ultrassom. A análise ANCOVA não mostrou associação entre valores de EIMC e frequências de consumo de frutas e verduras. Foram introduzidos modelos de regressão logística multivariada para examinar a associação entre consumo de frutas e verduras e PC. Depois de ajustar para potenciais fatores de confusão, as ORs para participantes com consumo eventual e diário de verduras para qualquer PC foram 0,67 (IC95%: 0,58-0,78) e 0,70 (IC95%: 0,62-0,79), respectivamente, comparado com aqueles com consumo raro de verduras. Enquanto isso, as ORs ajustados foram 0,77 (IC95%: 0,64-0,92) e 0,80 (IC95%: 0,68-0,94), separadamente, para adultos com consumo eventual e diário de verduras para desenvolver uma PC única, comparado aos que relatavam consumo raro de verduras. Entretanto, não foi observada uma associação significativa entre consumo de frutas e PC. Entre a população chinesa com alto risco de DCV, o consumo de verduras frescas mostrou associação negativa com o risco de desenvolvimento de placa carotídea.
El objetivo de este estudio fue investigar la asociación del consumo de frutas y verduras con la placa carotídea (PC) y el grosor íntima-media carotídeo (GIMC), dos predictores de la aterosclerosis carotídea en adultos urbanos y rurales, con alto riesgo de desarrollar enfermedades cardiovasculares (ECV) en una región de China. Se identificaron, en este estudio transversal, a 11.392 adultos con alto riesgo de ECV dentro de una población general de 71.511, realizado entre noviembre de 2015 y mayo de 2016 en la provincia de Jiangsu. De estos 11.392 participantes en alto riesgo, la prevalencia de PC fue de un 36,7%. Las variables independientes, así como la frecuencia de consumo de verduras y fruta, se evaluaron mediante un cuestionario de frecuencia de comidas. Las variables de resultado, GIMC y PC, se midieron por un examen de ultrasonido. El análisis ANCOVA mostró que no existía asociación entre los valores GIMC y la frecuencia en el consumo de verduras y frutas. Los modelos de regresión logística multivariantes se introdujeron para examinar la asociación entre el consumo de verduras y frutas y la PC. Tras el ajuste para los factores potenciales de confusión, las ORs de haber tenido alguna PC para los participantes que ocasionalmente y diariamente consumían verduras fueron 0,67 (IC95%: 0,58-0,78) y 0,70 (IC95%: 0,62-0,79), respectivamente, comparadas con quienes raramente consumían verduras. Mientras que las ORs ajustadas fueron 0,77 (IC95%: 0,64-0,92) y 0,80 (IC95%: 0,68-0,94), separadamente, para los consumidores ocasionales y los consumidores diarios de verduras de desarrollar una única PC, en relación con sus contrapartes que raramente consumían verduras. No obstante, no se observó una asociación significativa entre el consumo de frutas y la PC. Entre la población con alto riesgo de ECV, el consumo de verdura fresca estuvo negativamente asociado con el riesgo de desarrollar PC.
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Verduras , Enfermedades de las Arterias Carótidas/etiología , Enfermedades de las Arterias Carótidas/epidemiología , Enfermedades de las Arterias Carótidas/diagnóstico por imagen , Brasil , China/epidemiología , Estudios Transversales , Dieta , Grosor Intima-Media Carotídeo , FrutasRESUMEN
ABSTRACT Purposes: To evaluate changes in ocular blood flow and subfoveal choroidal thickness in patients with symptomatic carotid artery stenosis after carotid artery stenting. Methods: We included 15 men (mean age, 63.6 ± 9.1 years) with symptomatic carotid artery stenosis and 18 healthy volunteers (all men; mean age, 63.7 ± 5.3 years). All participants underwent detailed ophthalmologic examinations including choroidal thickness measurement using enhanced depth-imaging optic coherence tomography. The patients also underwent posterior ciliary artery blood flow measurements using color Doppler ultrasonography before and after carotid artery stenting. Results: Patients lacked ocular ischemic symptoms. Their peak systolic and end-diastolic velocities increased to 10.1 ± 13.1 (p=0.005) and 3.9 ± 6.3 (p=0.064) cm/s, respectively, after the procedure. Subfoveal choroidal thicknesses were significantly thinner in patients with carotid artery stenosis than those in the healthy controls (p=0.01). But during the first week post-procedure, the subfoveal choroidal thicknesses increased significantly (p=0.04). The peak systolic velocities of the posterior ciliary arteries increased significantly after carotid artery stenting (p=0.005). We found a significant negative correlation between the mean increase in peak systolic velocity values after treatment and the mean preprocedural subfoveal choroidal thickness in the study group (p=0.025, r=-0.617). Conclusions: In patients with carotid artery stenosis, the subfoveal choroid is thinner than that in healthy controls. The subfoveal choroidal thickness increases after carotid artery stenting. Carotid artery stenting treatment increases the blood flow to the posterior ciliary artery, and the preprocedural subfoveal choroidal thickness may be a good predictor of the postprocedural peak systolic velocity of the posterior ciliary artery.
RESUMO Objetivos: Avaliar alterações no fluxo sanguíneo ocular e na espessura da coroide subfoveal em pacientes com estenose sintomática da artéria carótida, após implante de stent nessa artéria. Métodos: Foram incluídos 15 homens (idade média de 63,6 ± 9,1 anos) com estenose sintomática da artéria carótida e 18 voluntários saudáveis (todos homens; idade média de 63,7 ± 5,3 anos). Todos os participantes foram submetidos a exames oftalmológicos detalhados, incluindo d medição da espessura da coroide, usando tomografia de coerência óptica com imagem de profundidade aprimorada. Os pacientes também foram submetidos a medidas do fluxo sanguíneo das artérias ciliares posteriores, usando ultrassonografia com Doppler colorido, antes e após o implante do stent na artéria carótida. Resultados: Os pacientes não apresentaram sintomas isquêmicos oculares. O pico de velocidade sistólica e diastólica final aumentou para 10,1 ± 13,1 (p=0,005) e 3,9 ± 6,3 (p=0,064) cm/s, respectivamente, após o procedimento. As espessuras da coroide subfoveais foram significativamente mais finas nos pacientes com estenose da artéria carótida do que nos controles saudáveis (p=0,01). Porém, durante a primeira semana pós-procedimento, as espessuras das coroides subfoveais aumentaram significativamente (p=0,04). O pico de velocidade sistólica das artérias ciliares posteriores aumentou significativamente após o stent na artéria carótida (p=0,005). Encontramos uma correlação negativa significativa entre o aumento médio dos valores máximos de velocidade sistólica após o tratamento e a espessura da coroide subfoveal pré-procedimento média no grupo de estudo (p=0,025, r=-0,617). Conclusões: Em pacientes com estenose da artéria carótida, a coroide subfoveal é mais fina que a dos controles saudáveis. A espessura da coroide subfoveal aumenta após o stent na artéria carótida. O tratamento com stent na artéria carótida aumenta o fluxo sanguíneo para a artéria ciliar posterior, e a espessura coroidal subfoveal pré-procedimento pode ser um bom preditor da velocidade sistólica de pico pós-procedimento da artéria ciliar posterior.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Anciano , Arteria Oftálmica , Velocidad del Flujo Sanguíneo , Arterias Carótidas , Coroides , Flujo Sanguíneo Regional , Stents , Coroides/anatomía & histología , Coroides/diagnóstico por imagen , Estenosis Carotídea/cirugía , Estenosis Carotídea/diagnóstico por imagen , Tomografía de Coherencia ÓpticaRESUMEN
SUMMARY OBJECTIVE Monocyte count to HDL-C Ratio (MHR) and Fibrinogen to Albumin Ratio (FAR) have recently emerged as markers of inflammation in atherosclerotic diseases. Our goal was to investigate the relationships of MHR and FAR with the severity of carotid artery stenosis (CAS) in patients with asymptomatic carotid artery disease. METHODS This retrospective study consisted of 300 patients with asymptomatic CAS. Pre-angiographic MHR, FAR, and high-sensitive C-reactive protein (hsCRP) were measured. Carotid angiography was performed in patients with ≥50% stenosis on carotid ultrasonography. Patients were first split into 2 groups based on the degree of CAS and then tertiles (T) of MHR. RESULTS 96 patients had clinically insignificant CAS (<50%) (Group-1), and 204 patients had clinically significant CAS (≥50%) (Group-2). Group-2 had higher MHR, FAR, and hsCRP than group-1. Patients in T3 had higher MHR, FAR, and hsCRP than in T1 and T2. MHR, FAR, and hsCRP were correlated with each other (p<0.001, for all). MHR, FAR, and hsCRP were independent predictors of significant CAS. MHR better predicted a significant CAS than FAR and hsCRP (p<0.05). CONCLUSION Pre-angiographic MHR may be a better predictor than FAR and hsCRP in identifying a clinically significant carotid stenosis in patients with asymptomatic CAS. Patients with asymptomatic CAS and a high level of MHR should be followed-up closely to supervise risk-factor control and intensify treatment.
RESUMO OBJETIVO Recentemente, a contagem de monócitos para a proporção HDL-C (MHR) e a relação fibrinogênio para albumina (FAR) emergiram como marcadores de inflamação em doenças ateroscleróticas. Nosso objetivo é investigar a relação da MHR e FAR com a gravidade da estenose da artéria carótida (CAS) em pacientes com doença assintomática da artéria carótida. MÉTODOS Este estudo retrospectivo incluiu 300 pacientes com CAS assintomática. MHR pré-angiográfica, FAR e proteína C reativa de alta sensibilidade (hsCRP) foram medidas. A angiografia carotídea foi realizada em pacientes com estenose ≥50% na ultrassonografia carotídea. Os pacientes foram primeiramente divididos em dois grupos com base no grau de CAS e depois nos tercis (T) da MHR. RESULTADOS Noventa e seis pacientes apresentaram um CAS clinicamente insignificante (<50%) (grupo 1) e 204 pacientes apresentaram CAS clinicamente significativo (≥50%) (grupo 2). O grupo 2 apresentou MHR, FAR e hsCRP superior ao grupo 1. Pacientes em T3 apresentaram maior MHR, FAR e hsCRP do que em T1 e T2. MHR, FAR e hsCRP foram correlacionados entre si (p<0,001, para todos). MHR, FAR e hsCRP foram preditores independentes de CAS significativa. MHR predisse melhor uma CAS significativa que FAR e hsCRP (p<0,05). CONCLUSÕES A MHR pré-angiográfica pode ser um melhor preditor que a FAR e a hsCRP na identificação de estenose carotídea clinicamente significativa em pacientes com CAS assintomática. Pacientes com CAS assintomática e alto nível de MHR devem ser acompanhados de perto para supervisionar o controle dos fatores de risco e intensificar o tratamento.
Asunto(s)
Humanos , Enfermedades de las Arterias Carótidas , Proteína C-Reactiva , Monocitos , Estudios RetrospectivosRESUMEN
Resumo Contexto A espectroscopia próxima ao infravermelho (NIRS) é uma técnica não invasiva que detecta as alterações hemodinâmicas teciduais. A NIRS pode monitorar de forma contínua as informações fisiológicas vasculares intracranianas. Por ser portátil, ela pode ser utilizada à beira do leito e no centro cirúrgico. Objetivos Avaliar as possíveis alterações hemodinâmicas cerebrais durante a endarterectomia em pacientes com estenoses maiores que 70% utilizando NIRS. Métodos Foram avaliados 10 voluntários portadores de doença carotídea aterosclerótica com indicação de endarterectomia. Após a seleção dos pacientes, que responderam um questionário com dados epidemiológicos e informações referentes à presença de comorbidades, a doença foi confirmada por métodos diagnósticos. No procedimento cirúrgico, utilizou-se a NIRS para monitorização. Foram avaliadas as variáveis saturação de oxigênio (SatO2), hemoglobina total (HbT), hemoglobina reduzida (HbR) e hemoglobina oxigenada (HbO) nos três tempos cirúrgicos pré-, trans e pós-clampeamento carotídeo. Utilizou-se p < 0,05 como nível de significância. Resultados A avaliação dos resultados obtidos por meio das medidas registradas pela NIRS permite afirmar que HbR e SatO2 variam ao longo das etapas da cirurgia. Durante o clampeamento, a variável HbR mostra valores mais elevados que nas outras duas etapas da cirurgia. Por outro lado, a variável SatO2 mostra redução durante o clampeamento. Conclusões A NIRS é um método viável e aplicável de monitorização intracerebral, não invasivo e em tempo real, durante a endarterectomia carotídea, capaz de medir de forma precisa as mudanças das condições hemodinâmicas capilares intracerebrais.
Abstract Backgrounds Near-infrared spectroscopy (NIRS) is non-invasive technique that detects hemodynamic alterations in tissues. It enables continuous monitoring of intracerebral vascular physiologic information. Due to its portable nature, NIRS may be used bedside or in the operating room. Objectives To evaluate use of NIRS for intraoperative monitoring of the brain hemodynamic response, during carotid endarterectomy. Methods 10 patients with atherosclerotic carotid disease scheduled for endarterectomy were evaluated. After patients had been selected, they answered a questionnaire on epidemiological data and information about comorbidities and then carotid disease was confirmed with diagnostic methods. NRIS monitoring was used during the surgical procedure. The variables analyzed before, during and after carotid clamping were oxygen saturation (SatO2), total hemoglobin (THb), reduced hemoglobin (RHb), and oxyhemoglobin (OHb). A p value of <0.05 was considered statistically significant. Results The results obtained from NIRS show that RHb and SatO2 vary during the different stages of surgery. RHb levels are higher during clamping, when compared with the other two surgical stages. On the other hand, SatO2 is lower during clamping. Conclusions During carotid endarterectomy, NIRS is a feasible, real-time, and non-invasive intracranial monitoring method that accurately and reliably measures the changes in intracerebral capillary hemodynamic conditions.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Anciano , Monitoreo Intraoperatorio/instrumentación , Endarterectomía Carotidea/instrumentación , Espectroscopía Infrarroja Corta/métodos , Enfermedades de las Arterias Carótidas/cirugía , Estudios Transversales , Estudios Prospectivos , Cerebro/irrigación sanguínea , Monitorización Hemodinámica/instrumentación , Periodo IntraoperatorioRESUMEN
RESUMO A doença vascular cerebral extracraniana é uma das mais importantes causas de morte e de incapacidade em todo o mundo e seu tratamento se baseia em estratégias clínica e cirúrgica, sendo que esta última pode ser feita pelas técnicas convencional ou endovascular. O manejo da estenose da bifurcação carotídea visa principalmente a prevenir o acidente vascular cerebral e tem sido objeto de extensa investigação. O papel do tratamento clínico tem sido re-enfatizado, mas a endarterectomia de carótida permanece como o tratamento de primeira linha para pacientes sintomáticos com estenose de 50% a 99% e, para pacientes assintomáticos, com estenose de 60% a 99%. A angioplastia com stent é reservada para pacientes sintomáticos, com estenose de 50% a 99% e com risco elevado para a cirurgia aberta, por motivos anatômicos ou clínicos. Atualmente, o procedimento endovascular não é recomendado para pacientes assintomáticos que tenham condições de serem submetidos ao tratamento cirúrgico convencional. O Brasil apresenta tendência semelhante à de outros países da América do Norte e Europa, observando a manutenção da endarterectomia como a principal indicação para o tratamento da estenose carotídea e reservando o procedimento endovascular para casos em que há contraindicações para a primeira intervenção. Todavia, temos de melhorar os nossos resultados, reduzindo as complicações, notadamente a taxa de mortalidade geral.
ABSTRACT Extracranial cerebrovascular disease is one of the most important causes of death and disability worldwide and its treatment is based on clinical and surgical strategies, the latter being performed by conventional or endovascular techniques. The management of stenosis of the carotid bifurcation is mainly aimed at preventing stroke and has been the subject of extensive investigation. The role of clinical treatment has been re-emphasized, but carotid endarterectomy remains the first-line treatment for symptomatic patients with 50% to 99% stenosis and for asymptomatic patients with 60% to 99% stenosis. Stent angioplasty is reserved for symptomatic patients with stenosis of 50% to 99% and at high risk for open surgery due to anatomical or clinical reasons. Currently, the endovascular procedure is not recommended for asymptomatic patients who are able to undergo conventional surgical treatment. Brazil presents a trend similar to that of other countries in North America and Europe, keeping endarterectomy as the main indication for the treatment of carotid stenosis and reserving the endovascular procedure for cases in which there are contraindications for the first intervention. However, we must improve our results by reducing complications, notably the overall mortality rate.
Asunto(s)
Humanos , Arteria Carótida Externa , Estenosis Carotídea/terapia , Medicina Basada en la EvidenciaRESUMEN
Abstract Background Carotid endarterectomy (CEA) and carotid artery stenting (CAS) have both been proposed for treatment of critical atherosclerotic stenosis located at the carotid bifurcation. Monitoring of hyperintense microembolic signals (MES) by transcranial Doppler ultrasound (TCD) is considered a method of quality control, both in CEA and in CAS. Objective To analyze temporal distribution of MES throughout both semi-eversion CEA and CAS procedures and to evaluate changes in mean velocity of blood flow through the ipsilateral middle cerebral artery (MCA). Method Thirty-three procedures (17 CEA and 16 CAS) were prospectively monitored using TCD and the data were related to three different stages of surgery (pre-cerebral protection, during cerebral protection and post-cerebral protection). Chi-square, Mann-Whitney, ANOVA and contrast tests were used for statistical analysis. Results The MES were uniformly distributed in the CEA group, but not in the CAS group (p = 0.208). The number of MES was higher in the CAS group in all stages. The average flow in the MCA was similarly lower in both groups during the protection stage. Conclusion CEA provoked a lower incidence of MES per procedure than CAS in all stages. The behavior of the averages of the mean of blood flow through the MCA was similar in both groups.
Resumo Contexto A endarterectomia carotídea (EC) e a angioplastia carotídea (AC) são propostas para o tratamento de estenoses críticas localizadas na bifurcação carotídea. O monitoramento dos sinais de microembolias (SMs) pela ultrassonografia Doppler transcraniana (UDT) é considerado um método de controle de qualidade para ambas as técnicas. Objetivos Analisar a distribuição temporal dos SMs ao longo de diferentes estágios da EC por semieversão e da AC, e avaliar o significado das mudanças nas médias das velocidades médias do fluxo na artéria cerebral média ipsilateral (ACM). Método Trinta e três procedimentos (17 ECs e 16 ACs) foram monitorados com UDT, e os dados foram coletados prospectivamente para diferenciar os diferentes estágios cirúrgicos (pré, durante e pós-proteção cerebral). Para análise estatística foram usados os testes qui-quadrado, Mann-Whitney, análise de variância (ANOVA) e contraste. Resultados Em ambos os grupos, os SMs foram distribuídos uniformemente (p = 0,208). Em todos os tempos, o número de SMs foi superior no grupo AC. A média das velocidades médias do fluxo na ACM foi menor durante o tempo de proteção em ambos os grupos. Conclusão A EC teve uma menor incidência de SMs que a AC em todos os estágios. A média das velocidades médias na ACM teve comportamento similar em ambos os grupos.
Asunto(s)
Humanos , Enfermedad de la Arteria Coronaria/diagnóstico por imagen , Enfermedad de la Arteria Coronaria/epidemiología , Endarterectomía Carotidea/historia , Stents , Ultrasonografía Doppler TranscranealRESUMEN
AbstractObjective:The purpose of this study was to evaluate the risk factors for ischemic stroke in patients undergoing cardiac surgery.Methods:From January 2010 to December 2012, 519 consecutive patients undergoing cardiac surgery were analyzed prospectively. The sample was divided into two groups: patients with stroke per and postoperative were allocated in Group GS (n=22) and the other patients in the group CCONTROL (n=497). The following variables were compared between the groups: gender, age, carotid stenosis > 70%, diabetes on insulin, chronic obstructive pulmonary disease, peripheral arteriopathy, unstable angina, kidney function, left ventricular function, acute myocardial infarction, pulmonary arterial hypertension, use of cardiopulmonary bypass. Ischemic stroke was defined as symptoms lasting over 24 hours associated with changes in brain computed tomography scan. The variables were compared using Fisher’s exact test, Chi square, Student’s t-test and logistic regression.Results:Stroke occurred in 4.2% of patients and the risk factors statistically significant were: carotid stenosis of 70% or more (P=0.03; OR 5.07; IC 95%: 1.35 to 19.02), diabetes on insulin (P=0.04; OR 2.61; IC 95%: 1.10 to 6.21) and peripheral arteriopathy (P=0.03; OR 2.61; 95% CI: 1.08 to 6.28).Conclusion:Risk factors for ischemic stroke were carotid stenosis of 70% or more, diabetes on insulin and peripheral arteriopathy.
ResumoObjetivo:O objetivo do presente trabalho foi avaliar os fatores de risco para acidente vascular encefálico isquêmico em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.Métodos:Entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012, foram analisados prospectivamente 519 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca. A amostra foi dividida em dois grupos: os pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) trans e pós-operatório foram alocados no grupo GAVEi (n=22) e os demais pacientes no grupo CControle (n=497). As seguintes variáveis foram comparadas entre os grupos: sexo, idade, estenose carotídea >70%, diabetes em uso de insulina, doença pulmonar obstrutiva crônica, arteriopatia periférica, função renal, angina instável, função do ventrículo esquerdo, infarto agudo do miocárdio recente, hipertensão arterial pulmonar, uso de circulação extracorpórea. Acidente vascular encefálico isquêmico foi definido como presença de sintomas de duração maior que 24 horas associados à alteração em tomografia de crânio. As variáveis foram comparadas, por meio do teste exato de Fisher, Qui quadrado, teste t de Student e regressão logística.Resultados:Verificou-se a ocorrência de acidente vascular encefálico isquêmico em 4,2% dos pacientes e os fatores de risco estatisticamente significativos foram: estenose carotídea de 70% ou mais (P=0,03; OR 5,07; IC 95%: 1,35 a 19,02), diabetes em uso de insulina (P=0,04; OR 2,61; IC 95%: 1,10 a 6,21) e arteriopatia periférica (P=0,03; OR 2,61; IC 95%: 1,08 a 6,28).Conclusão:Foram fatores de risco para acidente vascular encefálico isquêmico: estenose carotídea de 70% ou mais, presença de diabetes em uso de insulina e presença de arteriopatia periférica.
Asunto(s)
Anciano , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Isquemia Encefálica/etiología , Procedimientos Quirúrgicos Cardíacos/efectos adversos , Periodo Perioperatorio , Accidente Cerebrovascular/etiología , Isquemia Encefálica/mortalidad , Procedimientos Quirúrgicos Cardíacos/mortalidad , Estenosis Carotídea/complicaciones , Diabetes Mellitus Tipo 1/complicaciones , Complicaciones Intraoperatorias/etiología , Modelos Logísticos , Enfermedad Arterial Periférica/complicaciones , Complicaciones Posoperatorias/etiología , Factores de Riesgo , Índice de Severidad de la Enfermedad , Accidente Cerebrovascular/mortalidad , Resultado del TratamientoRESUMEN
A hidrocortisona pode reduzir a concentração dos biomarcadores inflamatórios séricos e teciduais.ObjetivoAnalisar a atividade inflamatória da proteína C-reativa ultrassensível (PCR-US), do fator de necrose tumoral (FNT)-alfa e do fator de crescimento do endotélio vascular (FCEV) séricos e teciduais, mediante administração intraoperatória de hidrocortisona, após endarterectomia de artéria carótida (EAC).MétodoVinte e dois pacientes foram divididos em Grupo Controle (5 assintomáticos e 6 sintomáticos) não foi administrada hidrocortisona e Grupo 1 (4 assintomáticos e 7 sintomáticos) foram administrados 500 mg intravenoso de hidrocortisona. O PCR-US, o FNT-alfa e o FCEV séricos foram dosados no pré-operatório e em 1 hora, 6 horas e 24 horas após a EAC. Na placa carotídea, mensuramos os níveis de FNT-alfa e FCEV.ResultadosO grupo 1 exibiu menor concentração sérica de FNT-alfa em 1 hora (p=0,031), 6 horas (p=0,015) e 24 horas (p=0,017) após a EAC, e menor concentração de FCEV em 1 hora (p=0,006) e 6 horas (p=0,005) após a EAC, em relação ao grupo controle. Os pacientes sintomáticos do grupo 1 exibiram menor concentração de FNT-alfa em 1 hora e 6 horas após a EAC, e menor concentração de FCEV em 1 hora após a EAC, em relação ao grupo controle. Não houve diferença estatística entre as concentrações teciduais de FNT-alfa e FCEV entre o grupo controle e o grupo 1.ConclusãoA hidrocortisona reduz as concentrações séricas pós-operatórias de FNT-alfa e FCEV, em especial nos sintomáticos; porém, não reduz os níveis teciduais destes biomarcadores.
Hydrocortisone may reduce serum and tissue concentrations of inflammatory biomarkers.ObjectiveTo analyze the inflammatory activity of serum and tissue high-sensitivity C-reactive protein (hsCRP), tumor necrosis factor (TNF)-á and vascular endothelial growth factor (VEGF) after intraoperative administration of hydrocortisone, after carotid endarterectomy (CEA).MethodTwenty-two patients were allocated to a Control Group (5 asymptomatic and 6 symptomatic patients) and were not administered hydrocortisone or to Group 1 (4 asymptomatic and 7 symptomatic patients) and were administered 500 mg intravenous hydrocortisone. Serum levels of hsCRP, TNF-á and VEGF were tested for the preoperative period and at 1 hour, 6 hours and 24 hours after CEA. Levels of TNF-á and VEGF were also measured in carotid plaques.ResultsGroup 1 exhibited lower concentrations of serum TNF-á at 1 hour (p=0.031), 6 hours (p=0.015) and 24 hours (p=0.017) after CEA and lower concentrations of serum VEGF at 1 hour (p=0.006) and 6 hours (p=0.005) after CEA, relative to controls. Symptomatic patients in group 1 exhibited lower concentrations than controls for serum TNF-á at 1 hour and 6 hours after CEA and lower concentrations than controls for serum VEGF at 1 hour after CEA. There were no statistical differences in tissue concentrations of TNF-á or VEGF between the control group and group 1.ConclusionHydrocortisone reduces postoperative concentrations of serum TNF-á and VEGF, especially in symptomatic patients; but does not reduce tissue levels of these biomarkers.
Asunto(s)
Humanos , Endarterectomía Carotidea/rehabilitación , Estenosis Carotídea/diagnóstico , Estenosis Carotídea/terapia , Heparina/administración & dosificación , Hidrocortisona/administración & dosificación , Hidrocortisona , Angiografía , Factores de Riesgo , Ultrasonografía Doppler/métodosRESUMEN
AbstractObjective:Matrix metalloproteinases are inflammatory biomarkers involved in carotid plaque instability. Our objective was to analyze the inflammatory activity of plasma and carotid plaque MMP-8 and MMP-9 after intravenous administration of hydrocortisone.Methods:The study included 22 patients with stenosis ≥ 70% in the carotid artery (11 symptomatic and 11 asymptomatic) who underwent carotid endarterectomy. The patients were divided into two groups: Control Group - hydrocortisone was not administered, and Group 1 - 500 mg intravenous hydrocortisone was administered during anesthetic induction. Plasma levels of MMP-8 and MMP-9 were measured preoperatively (24 hours before carotid endarterectomy) and at 1 hour, 6 hours and 24 hours after carotid endarterectomy. In carotid plaque, tissue levels of MMP-8 and MMP-9 were measured.Results:Group 1 showed increased serum levels of MMP- 8 (994.28 pg/ml and 408.54 pg/ml, respectively; P=0.045) and MMP-9 (106,656.34 and 42,807.69 respectively; P=0.014) at 1 hour after carotid endarterectomy compared to the control group. Symptomatic patients in Group 1 exhibited lower tissue concentration of MMP-8 in comparison to the control group (143.89 pg/ml and 1317.36 respectively; P=0.003). There was a correlation between preoperative MMP-9 levels and tissue concentrations of MMP-8 (P=0.042) and MMP-9 (P=0.019) between symptomatic patients in the control group.Conclusion:Hydrocortisone reduces the concentration of MMP- 8 in carotid plaque, especially in symptomatic patients. There was an association between systemic and tissue inflammation.
ResumoObjetivo:As metaloproteinases são biomarcadores inflamatórios envolvidos na instabilidade da placa carotídea. O objetivo deste estudo foi analisar a atividade inflamatória da MMP-8 e MMP-9 plasmática e presente na placa carotídea, após administração intravenosa de hidrocortisona.Métodos:Participaram do estudo 22 pacientes portadores de estenose ≥ 70% em artéria carótida (11 sintomáticos e 11 assintomáticos), submetidos à endarterectomia de artéria carótida. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo Controle - não foi administrado hidrocortisona e Grupo 1 - foi administrado 500 mg intravenoso de hidrocortisona durante a indução anestésica. As dosagens plasmáticas de MMP-8 e MMP-9 foram efetuadas no pré-operatório (24 horas antes da endarterectomia de artéria carótida) e em 1 hora, 6 horas e 24 horas após endarterectomia de artéria carótida. Na placa carotídea foram mensurados os níveis teciduais de MMP-8 e MMP-9.Resultados:O grupo 1 exibiu elevação dos níveis séricos da MMP-8 (994,28 pg/ml e 408,54 pg/ml, respectivamente; P=0.045) e MMP-9 (106.656,34 e 42.807,69, respectivamente; P=0.014) em 1 hora após a endarterectomia de artéria carótida, em relação ao grupo controle. Os pacientes sintomáticos do grupo 1 exibiram menor concentração tecidual de MMP-8, em relação ao grupo controle (143,89 pg/ml e 1317,36, respectivamente; P=0.003). Houve correlação entre os níveis pré-operatórios de MMP-9 e as concentrações teciduais de MMP-8 (P=0.042) e MMP-9 (P=0.019) entre os pacientes sintomáticos do grupo controle.Conclusão:A hidrocortisona reduz a concentração de MMP-8 na placa carotídea, em especial nos pacientes sintomáticos. Houve associação entre a inflamação sistêmica e a tecidual.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Antiinflamatorios/farmacología , Arteria Carótida Interna/efectos de los fármacos , Estenosis Carotídea/cirugía , Hidrocortisona/farmacología , /efectos de los fármacos , Metaloproteinasa 9 de la Matriz/efectos de los fármacos , Antiinflamatorios/uso terapéutico , Biomarcadores/análisis , Arteria Carótida Interna/enzimología , Estenosis Carotídea/enzimología , Endarterectomía Carotidea , Hidrocortisona/uso terapéutico , /análisis , Metaloproteinasa 9 de la Matriz/análisis , Periodo Posoperatorio , Valores de Referencia , Estadísticas no Paramétricas , Factores de Tiempo , Resultado del TratamientoRESUMEN
Objective: To study the stenosis of the carotid arteries in patients with symptomatic peripheral arterial disease. Methods: we assessed 100 consecutive patients with symptomatic peripheral arterial disease in stages of intermittent claudication, rest pain or ulceration. Carotid stenosis was studied by echo-color-doppler, and considered significant when greater than or equal to 50%. We used univariate analysis to select potential predictors of carotid stenosis, later taken to multivariate analysis. Results: The prevalence of carotid stenosis was 84%, being significant in 40% and severe in 17%. The age range was 43-89 years (mean 69.78). Regarding gender, 61% were male and 39% female. Half of the patients had claudication and half had critical ischemia. Regarding risk factors, 86% of patients had hypertension, 66% exposure to smoke, 47% diabetes, 65% dyslipidemia, 24% coronary artery disease, 16% renal failure and 60% had family history of cardiovascular disease. In seven patients, there was a history of ischemic cerebrovascular symptoms in the carotid territory. The presence of cerebrovascular symptoms was statistically significant in influencing the degree of stenosis in the carotid arteries (p = 0.02 at overall assessment and p = 0.05 in the subgroups of significant and non-significant stenoses). Conclusion: the study of the carotid arteries by duplex scan examination is of paramount importance in the evaluation of patients with symptomatic peripheral arterial disease, and should be systematically conducted in the study of such patients. .
Objetivo: estudar estenose das artérias carótidas nos pacientes com doença arterial periférica sintomática. Métodos: avaliaram-se consecutivamente 100 portadores de doença arterial periférica sintomática, nos estágios de claudicação intermitente, dor em repouso ou lesão trófica. A estenose carotídea foi estudada pelo eco-color-doppler, sendo considerada significativa quando maior ou igual a 50%. A análise univariada foi utilizada para selecionar os potenciais preditores de estenose carotídea, levados posteriormente para análise multivariada. Resultados: a prevalência de estenose carotídea foi 84%, sendo significativa em 40% e acentuada em 17%. A idade variou de 43 a 89 anos (média de 69,78). Quanto ao sexo, 61% foram do sexo masculino e 39% do feminino. Metade dos pacientes da amostra era claudicante e metade tinha isquemia crítica. Quanto aos fatores de risco, 86% dos pacientes apresentaram hipertensão arterial sistêmica, 66% exposição ao fumo, 47% diabetes, 65% dislipidemia, 24% coronariopatia, 16% insuficiência renal e 60% história familiar positiva para doenças cardiovasculares. Em sete pacientes, havia história de alguma sintomatologia cérebro-vascular isquêmica no território carotídeo. A presença de sintomatologia cérebro-vascular mostrou-se estatisticamente significativa para influenciar o grau de estenose nas artérias carótidas (p=0,02 na avaliação global e p=0,05 nos subgrupos de estenoses significativas e não significativas). Conclusão: o estudo das artérias carótidas através do exame de duplex-scan é de suma importância na avaliação dos pacientes portadores de doença arterial periférica sintomática, devendo-se realizar o estudo de forma sistemática nos pacientes. .
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Estenosis Carotídea/etiología , Enfermedad Arterial Periférica/complicaciones , Índice de Severidad de la Enfermedad , Estudios Prospectivos , Persona de Mediana EdadRESUMEN
The concept that carotid disease may compromise cognitive function was initially proposed by Fisher in 1951, based on an autopsy case. However, some topics involving cognitive function remain controversial, such as its correlation with carotid obstructive disease. So, the authors of this review evaluate the impact of carotid revascularization on cognitive function and the repercussions of the revascularization technique (carotid stenting vs. endarterectomy) chosen. It was clear from the literature reviewed that carotid stenosis is related to a decline in cognitive function over time. However, controversy still remains over the impact of carotid revascularization on cognitive function. With elation to the technique employed (carotid stenting vs. endarterectomy), the majority of studies found no difference between the two techniques in terms of overall cognitive outcome...
A noção de que a doença carotídea pode comprometer a função cognitiva foi proposta inicialmente por Fisher, em 1951, baseado em um caso de necropsia. Porém, alguns tópicos envolvendo a função cognitiva permanecem controversos, tais como sua correlação com a doença obstrutiva da carótida. Nesse sentido, os autores desta revisão buscam avaliar o impacto da revascularização carotídea e a repercussão da técnica de revascularização empregada (endarterectomia versus angioplastia carotídea) sobre a função cognitiva. A partir da literatura levantada, ficou claro que as estenoses carotídeas estão relacionadas com o declínio cognitivo ao longo do tempo, mas ainda há controvérsia no que se refere ao impacto da revascularização carotídea sobre a função cognitiva. Quanto à técnica empregada (angioplastia versus endarterectomia carotídeas), a maioria dos estudos não demonstrou distinção entre as duas técnicas quanto ao desfecho cognitivo geral...
Asunto(s)
Humanos , Demencia Vascular/complicaciones , Endarterectomía Carotidea/rehabilitación , Estenosis Carotídea/terapia , Angioplastia , Cognición , Espectroscopía de Resonancia Magnética/métodos , Placa AteroscleróticaRESUMEN
Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência das calcificações na artéria carótida CACs em imagens digitais panorâmicas (PD) e de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) dos mesmos pacientes. A CAC é uma doença vascular que acomete os pacientes acima dos 50 anos, coincidindo com uma grande maioria de pacientes que procura reabilitação por implantes. Assim sendo, é importante que o implantodontista esteja atento à interpretação da CAC, uma vez que detectada requer encaminhamento do paciente a um cardiologista para confirmação do diagnóstico. Material e métodos: foram avaliadas 100 imagens (200 lados) de panorâmicas digitais (idade média de 48 anos) e a imagem TCFC dos mesmos pacientes. O re-exame das imagens panorâmicas foi realizado com o objetivo de identificar os CACs falso-positivos e falso-negativos em relação à TCFC. Resultados: considerando 200 lados analisadas, 3,5% (n=7/200) foram interpretadas como CACs em radiografias panorâmicas, e 2,5% (n=5/200) em imagens de TCFC. Dos sete casos CACs positivos em radiografias panorâmicas, três foram falso-positivos quando comparados à correspondente TCFC. Quanto aos cinco casos CACs positivos em TCFC, um era falso-negativo, comparado à imagem panorâmica respectiva. Conclusão: calcificações artéria carótida CACs podem ser vistas nas imagens panorâmicas e/ou TCFC, no entanto, a panorâmica tendeu a mostrar casos falso-positivos da CAC. A CAC surge como um achado incidental nos exames de panorâmica e de TCFC, mas ainda assim o dentista tem como obrigação encaminhar o paciente para um cardiologista para a confirmação do diagnóstico, uma vez detectada a sua suposta presença.
Asunto(s)
Humanos , Enfermedades de las Arterias Carótidas , Estenosis Carotídea , Tomografía Computarizada de Haz Cónico , Radiografía PanorámicaRESUMEN
FUNDAMENTO: Cerca de 30% dos AVE perioperatórios da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) são decorrentes de lesões carotídeas, sem redução de risco confirmada por intervenção perioperatória. OBJETIVOS: Avaliar o impacto da doença carotídea e a intervenção perioperatória nos pacientes submetidos à CRM. MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional, avaliando 1.169 pacientes com idade > 65 anos submetidos à CRM entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010, acompanhados, em média, por 49 meses. Todos foram submetidos à ultrassonografia de carótidas prévia à CRM. Definiu-se doença carotídea quando lesão > 50%. O desfecho primário foi composto pela incidência de AVE, acidente isquêmico transitório (AIT) e óbito por AVE. RESULTADOS: A prevalência da doença carotídea foi de 19,9% dos pacientes. A incidência do desfecho primário entre portadores e não portadores foi de 6,5% e 3,7%, respectivamente (p = 0,0018). Nos primeiros 30 dias, ocorreram 18,2% dos eventos. Relacionaram-se a doença carotídea: disfunção renal (OR 2,03, IC95% 1,34-3,07; p < 0,01), doença arterial periférica (OR 1,80, IC95% 1,22-2,65; p < 0,01) e infarto do miocárdio prévio (OR 0,47, IC95% 0,35-0,65; p < 0,01). Quanto ao desfecho primário, foram associados AIT prévio (OR 5,66, IC95% 1,67-6,35; p < 0,01) e disfunção renal (OR 3,28, IC95% 1,67-6,45; p < 0,01). Nos pacientes com lesão > 70%, a intervenção carotídea perioperatória apresentou incidência de 17% no desfecho primário contra 4,3% na conduta conservadora (p = 0,056) sem diferença entre abordagens percutânea e cirúrgica (p = 0,516). CONCLUSÃO: A doença carotídea aumenta o risco para AVE, AIT ou morte por AVE na CRM. Entretanto, a intervenção carotídea não foi relacionada à redução do desfecho primário.
BACKGROUND: Approximately 30% of perioperative CVA of myocardial revascularization surgery (MRS) are a result of carotid injuries, without reduction of risk confirmed by perioperative intervention. OBJECTIVES: Evaluate the impact of carotid disease and perioperative intervention in patients subjected to MRS. METHODS: Observational, retrospective study, evaluating 1169 patients aged > 69 years undergoing MRS from January, 2006 and December, 2010, monitored, on average, for 49 months. All patients were subjected to ultrasonography of carotids before MRS. It was defined as carotid disease when lesion > 50%. The primary outcome was composed of CVA incidence, transitory ischemic accident (TIA) and death due CVA. RESULTS: Prevalence of carotid disease was of 19.9% of patients. The incidence of primary outcome between unhealthy and healthy patients was of 6.5% and 3.7%, respectively (p = 0.0018). In the first 30 days, there were 18.2% of events. Were related to carotid disease: renal dysfunction (OR 2.03, IC95% 1.34-3.07; p < 0.01), peripheral arterial disease (OR 1.80, IC95% 1.22-2.65; p < 0.01) and previous myocardial infarction (OR 0.47, IC95% 0.35-0.65; p < 0.01). Regarding the primary outcome, were associated the previous TIA (OR 5.66, IC95% 1.67-6.35; p < 0.01) and renal dysfunction (OR 3.28, IC95% 1.67-6.45; p < 0.01). In patients with lesion >70%, perioperative carotid intervention demonstrated an incidence of 16% in primary outcome compared to 4.3% in conservatory treatment (p = 0.056) with no difference between percutaneous and surgical approaches (p = 0.516). CONCLUSION: Carotid disease increases the risk of CVA, TIA or death due to CVA in MRS. However, the carotid intervention was not related to reduction of primary outcome.